Minas terá aplicativo para guardar lista do patrimônio histórico
Novo coordenador de defesa do patrimônio em Minas fala sobre tecnologia no cuidado com acervo e destaca que o setor não pode ser negligenciado.
Se a comunidade é a melhor guardiã do seu patrimônio, a tecnologia se torna aliada fundamental para evitar que os acervos culturais desapareçam e fiquem apenas na memória dos moradores, nas fotografias ou nas páginas dos livros.
A fim de preservar os bens históricos e artísticos, livrando-os da cobiça dos ladrões e do lucrativo tráfico que encontrou terreno fértil na internet, está sendo desenvolvido um aplicativo para smartphones e tablets com um completo banco de dados de obras (peças sacras, telas e objetos de arte) desaparecidas em Minas, que permitirá a participação popular na fiscalização do comércio irregular.
À frente, está o Ministério Público, via Coordenadoria Estadual das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais.
“Estima-se que mais da metade do patrimônio cultural mineiro tenha sido extraviada ao longo da nossa história. Depois do tráfico de drogas e armas, o comércio ilegal de bens culturais é o mercado ilícito mais lucrativo do mundo. A imensa maioria das vendas de peças extraviadas ocorre na internet, principalmente em sites de leilões”, afirma o promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra, empossado recentemente como titular da coordenadoria do MPMG.
Ele explica que, na primeira etapa do projeto, o aplicativo vai permitir que qualquer pessoa acesse o catálogo de peças desaparecidas e denuncie a venda ilícita aos órgãos de fiscalização.
Já na segunda, a ideia é que o banco de dados permita o uso da inteligência artificial para rastrear na internet qualquer anúncio de venda dos bens cadastrados, permitindo a imediata atuação do MP.
Em entrevista ao Estado de Minas, o novo coordenador fala dos seus planos, da importância da educação patrimonial, principalmente para crianças e adolescentes, e dos reflexos dos tempos de pandemia sobre o setor.
Mesmo com tantas dificuldades devido ao isolamento social, orienta, ninguém pode descuidar da proteção de bens existentes em igrejas, capelas, museus, bibliotecas, mosteiros e espaços públicos.
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https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2021/03/07/interna_gerais,1244081/minas-tera-aplicativo-para-guardar-lista-do-patrimonio-historico.shtml
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