Ajíes peruanos: saiba por que é saudável consumir esses superalimentos com frequência
Possuem propriedades analgésicas e anticoagulantes, além de baixa ingestão calórica.
Os Ajíes são protagonistas estelares da gastronomia peruana desde a antiguidade, por proporcionar diversos sabores, aromas e cores. Eles constituem o DNA de nossa identidade cultural e são um emblema de nossa grande biodiversidade. Mas também se destacam por possuírem importantes propriedades nutricionais que os tornam autênticos superalimentos.
A qualidade nutricional dos Ajíes, em geral, é reconhecida internacionalmente, por isso o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas recomenda seu consumo frequente.
A chave é a capsaicina
Os Ajíes são alimentos cujo principal componente é a capsaicina , uma oleorresina presente na família do capsicum que lhe confere sabor picante, mas também possui propriedades analgésicas e anticoagulantes, sendo que nesta última beneficia pessoas com risco de doenças cardiovasculares.
Alivia doenças e levanta seu ânimo
Estudos científicos revelam que o consumo da pimenta malagueta ajuda a combater as dores geradas pela artrite, além de estimular o sistema nervoso, pois faz com que o corpo produza endorfinas, compostos que estão associados à satisfação e ao bem-estar.
Da mesma forma, regula os níveis de glicose no sangue, complementando o tratamento do diabetes, e gera um efeito bactericida ao eliminar as bactérias nocivas que afetam o estômago.
Seu consumo também previne doenças respiratórias e pancreáticas, hemorragias e estimula a produção do leite materno, por isso é fundamental para garantir uma boa amamentação.
Ajudam a manter um bom peso
Os Ajíes proporcionam uma ingestão calórica baixa, visto que quase 90% de sua composição é água, por isso são recomendadas em uma dieta balanceada para manter um peso adequado. Em qualquer uma de suas variedades, a pimenta malagueta possui uma grande diversidade de nutrientes.
Por exemplo, para cada 100 gramas de pimenta amarela, obtêm-se 88,9 gramas de água; 39 quilocalorias; 8,8 carboidratos; 0,9 gramas de proteína; 0,7 gramas de gordura; 2,4 gramas de fibra; 31 miligramas de cálcio; 0,9 miligramas de ferro; 445 microgramas de retinol e 60 miligramas de vitamina C .
Valorizado pelo agronegócio
A agroindústria extrai oleorresinas para produzir corantes naturais para alimentação humana e animal, para fazer inseticidas orgânicos; bem como em perfumaria, dispositivos de defesa pessoal, entre outros produtos.
Alimento ancestral.
Os ajíes estão presente na dieta alimentar dos peruanos desde os tempos antigos. Investigações arqueológicas na caverna Guitarrero, um dos mais antigos assentamentos humanos no Peru, localizado na província de Ancash de Yungay, descobriram sementes de pimenta que acompanham restos de esqueletos de mais de 8.000 anos antes de Cristo.
Da mesma forma, que estão presente em todas as civilizações pré-hispânicas, não só em sua gastronomia, mas também em sua cerâmica, joalheria, escultura e outras manifestações culturais.
No império Inca, era uma mercadoria preciosa, sendo usada como meio de troca com outros produtos.
Atualmente, já foram identificadas cerca de 300 variedades de chili no Peru, sendo as mais utilizadas o chili amarelo ou escabeche, o rocoto, a chili panca, a chili limo, a chili charapita, entre outras.
São mais de 10.000 pequenos produtores que, por meio da agricultura familiar, contribuem para a preservação da pimenta, razão pela qual são justamente chamados de “Os guardiães da pimenta peruana”.
No entanto, a preservação desses superalimentos não deve recair exclusivamente sobre os dedicados agricultores e pesquisadores que estudam essas importantes safras, mas deve ser tarefa de todos, inclusive dos consumidores.
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