VOCÊ SABE O QUE É NUTRICIDIO?

O conceito se refere à imposição de dietas que não respeitam as necessidades biológicas, culturais e ancestrais desses povos, resultando no adoecimento coletivo — diabetes, hipertensão, obesidade, câncer e outras doenças crônicas.

O nutricídio não é um acaso, nem resultado de escolhas individuais, mas uma herança direta da colonização. Desde que chegaram às Américas, os colonizadores impuseram modelos alimentares, substituíram sistemas de cultivo, desvalorizaram saberes e tecnologias alimentares ancestrais. 

O que era alimento, cuidado, saúde e espiritualidade passou a ser visto como atrasado ou insuficiente. Plantas, sementes, modos de preparo e hábitos alimentares foram sistematicamente atacados, apagados ou substituídos por produtos coloniais, ultraprocessados, pobres em nutrientes e ricos em químicos.

Nas comunidades quilombolas e indígenas, os impactos desse processo são visíveis: territórios invadidos, dificuldade de acesso à terra, desmatamento, perda de biodiversidade e, consequentemente, dificuldade de manter uma alimentação tradicional baseada no que o território oferece. Isso não só adoece fisicamente, como rompe vínculos culturais, espirituais e comunitários.

Esse cenário é agravado por uma lógica que alguns estudiosos chamam de Darwinismo Alimentar, onde alimentos que garantem saúde — como sementes crioulas, frutas nativas, hortaliças, folhas tradicionais, mariscos e proteínas naturais — são vendidos a preços muito mais altos do que alimentos ultraprocessados, artificiais e prejudiciais à saúde. Comer bem se torna um privilégio. Essa lógica reproduz a mesma desigualdade racial e social imposta pela colonização, onde o acesso à alimentação saudável é negado às maiorias pretas, indígenas e periféricas, enquanto o mercado lucra com a doença.

Falar de nutricídio é, portanto, falar de racismo estrutural, de colonialismo e de como a soberania alimentar é uma pauta urgente. Resgatar os saberes ancestrais, proteger os territórios e garantir acesso à comida de verdade é também um ato de resistência, cuidado e reparação histórica.


8 frases potentes do Dr. Llaila O. Afrika, renomado naturopata, criador do conceito de Nutricidio, especialista em saúde holística e defensor da medicina africana tradicional:

“A saúde não é apenas a ausência de doença, é o equilíbrio físico, mental e espiritual.”

“Você não pode se curar enquanto continua se alimentando com aquilo que te adoece.”

“A comida é sua primeira medicina, e a cozinha é seu primeiro hospital.”

“O conhecimento da saúde foi roubado das pessoas africanas, e nosso trabalho é recuperá-lo.”

“As doenças são criadas quando você se afasta da natureza.”

“O corpo tem inteligência própria. Se você der os recursos certos, ele sabe como se curar.”

“A medicina ocidental trata sintomas, a medicina africana trata causas.”

“Para curar o corpo africano, é preciso uma dieta africana.”






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