JORNADA DA FOLHAS :MULHERES, FOLHAS E ANCESTRALIDADE
O documentário Jornada das Folhas oferece um olhar profundo sobre a cadeia produtiva das plantas sagradas utilizadas nos rituais das religiões de matriz afro-brasileira. Dirigido por Ravena Maia e Emerson Kilendo, o filme destaca o papel central das mulheres coletoras, que enfrentam desafios ambientais e econômicos para manter viva essa tradição ancestral.
Muitas dessas mulheres residem em comunidades periféricas, como a do Oiteiro, em Simões Filho, onde a estreia acontecerá. Elas enfrentam uma rotina de trabalho invisibilizada, marcada por baixos rendimentos e riscos ambientais durante as coletas nas matas.
Além da dimensão econômica, Jornada das Folhas também lança luz sobre as relações entre religiosidade, meio ambiente e ancestralidade. A narrativa se constrói a partir de depoimentos como o do avô de Emerson Kilendo, co-diretor da obra, tata kambondo da nação Angola, que compartilha sua vivência com as folhas e com o sagrado.
“O filme mostra como esse saber ancestral, passado entre gerações, é também uma atividade econômica potente e subvalorizada. As mulheres vendem as folhas por preços muito baixos em feiras como a de São Joaquim e Sete Portas, apesar de toda a complexidade envolvida”, explica a diretora Ravena Maia.
A narrativa também aborda as relações entre religiosidade, meio ambiente e ancestralidade, apresentando depoimentos como o do avô de Emerson Kilendo, tata kambondo da nação Angola, que compartilha sua vivência com as folhas e com o sagrado. Com roteiro e pesquisa de Carla Pita e produção de Tailson Souza, todos integrantes ou descendentes diretos dos povos de terreiro, o documentário integra a série Economia do Sagrado, que propõe mapear as diversas economias geradas pelos elementos essenciais à vivência religiosa afro-brasileira.
Programação das Exibições:
Simões Filho: 31 de maio (sábado), às 19h, na Associação dos Moradores do Oiteiro (AMO) – Fazenda Santa Rita, s/n. Entrada gratuita.
Salvador: 10 de junho (sábado), às 18h, na Sala Walter da Silveira – Rua General Labatut, 27, Barris. Entrada gratuita.
Além dessas sessões, o documentário será exibido em escolas públicas de Simões Filho e em terreiros de Salvador e Região Metropolitana, fortalecendo o diálogo com as comunidades e territórios onde esses saberes são cultivados diariamente .
Para mais informações sobre a produção e a programação, acesse o Portal Soteropreta: Documentário destaca a renda gerada por mulheres na coleta de folhas para rituais religiosos.
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