🌎đŸČ NA COP30, A CULINÁRIA DO PARÁ DA LIÇÃO AO MUNDO

Por que os saberes alimentares ancestrais sĂŁo tĂŁo urgentes quanto qualquer acordo climĂĄtico, e o que a culinĂĄria tem a ver com a crise climĂĄtica?

Mais do que imaginamos. E a COP30, que acontecerå em Belém do Parå em 2025, é a prova disso. Ao escolher a AmazÎnia como palco para discutir o futuro do planeta, o mundo também se depara com outro debate urgente e, por vezes, negligenciado: a relação entre comida, território, cultura e sustentabilidade.

Em novembro de 2025, os olhos do mundo estarĂŁo voltados para BelĂ©m do ParĂĄ, sede da COP30. Mas, ao lado das discussĂ”es sobre carbono, energia limpa e metas de desmatamento zero, algo muito mais profundo — e, atĂ© entĂŁo, negligenciado — se impĂ”e: a força da culinĂĄria tradicional paraense como uma poderosa aliada na luta contra a crise climĂĄtica.

Sim, comida importa. E muito mais do que imaginamos.

Leia tambĂ©m: MAPA DA CULINÁRIA DE BELÉM SERÁ LANÇADO NESTA QUINTA-FEIRA EM BELÉM

A AmazĂŽnia nĂŁo Ă© sĂł floresta. É territĂłrio de gente, de cultura, de sabores e de uma inteligĂȘncia ecolĂłgica que vem sendo praticada hĂĄ milĂȘnios pelos povos originĂĄrios, quilombolas, ribeirinhos e comunidades tradicionais. Cada prato tĂ­pico do ParĂĄ — seja um tacacĂĄ, um pato no tucupi ou uma maniçoba — carrega um tratado informal de sustentabilidade.

Estamos falando de pråticas de manejo que garantem que a floresta permaneça em pé, de ciclos produtivos que respeitam os ritmos da natureza, de saberes transmitidos por geraçÔes que nunca precisaram de manuais de ESG para entender que destruir a base da vida é também destruir a si mesmo.

A COP30, ao escolher Belém como sede, não faz apenas um gesto político. Ela revela, mesmo que parcialmente, que talvez o caminho para enfrentar o colapso climåtico não esteja apenas na inovação tecnológica, mas na sabedoria dos povos que aprenderam a viver em equilíbrio com seus territórios.

đŸŒ± Comida como Ato ClimĂĄtico

Quando a organização da COP30 anuncia que as refeiçÔes do evento serão preparadas com ingredientes da sociobiodiversidade amazÎnica e da agricultura familiar, hå aí um recado claro (ou deveria haver): enfrentar as mudanças climåticas passa também pela mudança dos sistemas alimentares.

Não se combate o aquecimento global com comida desconectada do território, baseada em monoculturas destrutivas, ultra processados e cadeias produtivas predatórias. A mandioca, o tucupi, o açaí, o jambu e a priprioca são mais do que iguarias: são símbolos de uma economia possível, de uma relação possível, de um futuro possível.

đŸ”„ Quando a Gastronomia Ignora a CulinĂĄria Popular

HĂĄ, no entanto, uma contradição que nĂŁo pode ser ignorada. A culinĂĄria do ParĂĄ coloca em xeque um velho problema da gastronomia dita global: sua incapacidade — muitas vezes proposital — de reconhecer a culinĂĄria popular, os saberes ancestrais e os modos de fazer que nĂŁo cabem no prato decorado, no menu de degustação, nem nos padrĂ”es eurocĂȘntricos do fine dining.

Basta lembrar que durante os "Diålogos AmazÎnicos", evento preparatório para a COP30, a praça de alimentação estava tomada por fast foods e cadeias de comida industrializada, relegando a culinåria local a um papel coadjuvante, quase folclórico. Uma contradição gritante.

A pergunta que fica é: até que ponto estamos preparados para, de fato, aprender com a AmazÎnia? Porque aprender com ela significa, sim, reduzir emissÔes, mas também rever nossas relaçÔes com a comida, com a terra, com o tempo e com os saberes que sustentam a vida.

✊đŸœ Cuidar da Comida Ă© Cuidar do Mundo

Valorizar a culinĂĄria paraense na COP30 nĂŁo Ă© sobre exaltar sabores exĂłticos para turistas curiosos. É sobre reconhecer que hĂĄ tecnologias sociais, ambientais e espirituais embutidas em cada prato. Que a sustentabilidade nĂŁo Ă© uma tendĂȘncia, mas uma prĂĄtica milenar de quem aprendeu a existir sem devastar.

Cuidar da comida é cuidar do mundo. E talvez esse seja o recado mais poderoso que a AmazÎnia tem a oferecer aos líderes globais, mais até do que qualquer protocolo assinado em papel.

Que a COP30 sirva, ao menos, para entendermos que o futuro do planeta pode — e deve — ser alimentado pelas mĂŁos, pelos saberes e pelos sabores dos povos da floresta.


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ComentĂĄrios

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    Agradeço a Jimmy Philip Sacchetti por me ter contactado!
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