CULTURA NÃO É COMMODITY: PROTEJA SUA MARCA



Não é a primeira vez que trazemos esse tema aqui na página.

Falamos sobre isso porque proteger nomes, saberes e marcas é, acima de tudo, proteger culturas, territórios e tradições.

Esse movimento de valorização não é novo. França e Itália são referência quando o assunto é proteção de produtos tradicionais. A França, por exemplo, tem mais de 360 Indicações Geográficas (IGs) registradas, incluindo queijos como Roquefort, Camembert de Normandie, além dos vinhos Champagne, Bordeaux e do famoso Cognac.

Na Itália, são mais de 300 produtos com selo de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP). Estão nessa lista queijos como Parmigiano Reggiano, Gorgonzola, Mozzarella di Bufala Campana, além de embutidos como Prosciutto di Parma e Mortadella Bologna, vinhos como Chianti e azeites como o Olio Toscano.

Quando protegemos um nome, protegemos mais do que um produto. Protegemos histórias, modos de fazer, territórios e a dignidade dos povos que mantêm essas tradições vivas.

E agora, esse debate chega com força ao Brasil.

Toda marca carrega saberes, técnicas e criações de uma cultura. É patrimônio coletivo, que deve ser protegido e valorizado.

O que vemos hoje, no entanto, é uma verdadeira selvageria: apropriações indevidas, onde nomes que pertencem a tradições são tomados como se fossem invenções próprias.

Quer ter um nome forte? Quer construir uma marca de sucesso? Então valorize a sua própria cultura. Crie a partir do seu território, da sua história, dos seus saberes.

Os impactos desse entendimento estão chegando ao Brasil. Assim como já aconteceu com o champagne, que se tornou espumante, e com o parmesão, que passará a ser de uso exclusivo do queijo Parmigiano Reggiano, da Itália, agora é a vez do gorgonzola.

O famoso queijo azul, um dos mais consumidos no Brasil, precisará ter seu nome alterado no país. A mudança é consequência do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que protege as Indicações Geográficas (IGs) de produtos tradicionais.

No caso do gorgonzola, a Denominação de Origem Protegida (DOP), registrada desde 1996, determina que só pode ser usado por queijos produzidos em determinadas cidades da Itália, seguindo técnicas e saberes específicos desse território.

Proteger os nomes é proteger as culturas. É reconhecer que cada produto carrega muito mais que sabor: carrega memória, território, trabalho e dignidade.

Quem quer NOME & MARCA, que valorize sua cultura. Crie, inove e faça sucesso com aquilo que é seu.


https://atarde.com.br/brasil/queijo-gorgonzola-tera-outro-nome-no-brasil-saiba-o-motivo-1317982



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