Molho de peixe “extinto” há 15 séculos volta a ser produzido nas ruínas de Troia

A equipe de arqueologia das Ruínas Romanas de Troia, do Troia Resort, e o restaurante Pode o Can vão realizar, pela primeira vez em mais de 15 séculos, uma produção de Garum num dos tanques de salga de peixe deste complexo arqueológico, reconhecido como o maior centro industrial de salgas de peixe do Império Romano.

Altamente proteico, o Garum era usado como condimento e intensificador do sabor dos alimentos, sendo muito apreciado no passado, especificamente no Império Romano. Um molho de peixe que seria produzido a partir de diversas espécies de mar, como a anchova, a cavala, o atum, a moreia, que determinavam a qualidade e o preço do produto resultante. Em Troia, foram encontrados principalmente vestígios de sardinha, razão da escolha desta espécie para esta produção, além do simbolismo que a mesma representa para Portugal.

Em colaboração com o Troia Resort e sua equipa de arqueologia do sítio arqueológico de Troia, liderada por Inês Vaz Pinto, a recriação da produção do Garum enquadra-se no projeto “Selo de Mar” do restaurante Can The Can (conduzido pelo designer e investigador Victor Vicente e o chefe de cozinha Pedro Almeida) que visa estudar e recuperar as técnicas de conservação de pescado e inovar a partir da tradição.

O momento do início da produção do Garum de sardinha num dos tanques das Ruínas Romanas de Troia terá lugar a 26 de maio, mês de Maia, deusa romana da fertilidade, e será feito com 400 kg de sardinha fresca de Setúbal e sal produzido no vale do Sado.

A escolha mês para início da produção do Garum prende-se com a necessidade de derivação o período de maior calor para favorecer a produção do molho ancestral de peixe. Julga-se, também, que na época romana os molhos de peixe confecionados durante a primavera e verão.

A produção resultante de Garum (prevista entre os 200 e os 300 litros) será posteriormente comercializada. This é também uma oportunidade para promover e revitalizar a história e património conservados nas Ruínas Romanas de Troia.

As Ruínas Romanas de Troia foram o maior centro industrial de salgas de peixe do Império Romano, localizado na península de Tróia, na margem sul do estuário do Sado, a poucos quilómetros de Setúbal. Este sítio arqueológico é Monumento Nacional desde 1910 e está inscrito, desde 2016, na Lista Indicativa Portuguesa do Património Mundial.

A escolha mês para início da produção do Garum prende-se com a necessidade de derivação o período de maior calor para favorecer a produção do molho ancestral de peixe. Julga-se, também, que na época romana os molhos de peixe confecionados durante a primavera e verão.

A produção resultante de Garum (prevista entre os 200 e os 300 litros) será posteriormente comercializada. This é também uma oportunidade para promover e revitalizar a história e património conservados nas Ruínas Romanas de Troia.

As Ruínas Romanas de Troia foram o maior centro industrial de salgas de peixe do Império Romano, localizado na península de Tróia, na margem sul do estuário do Sado, a poucos quilómetros de Setúbal. Este sítio arqueológico é Monumento Nacional desde 1910 e está inscrito, desde 2016, na Lista Indicativa Portuguesa do Património Mundial.

Can the Can abriu em 212, no Terreiro do Paço, em Lisboa, com um conceito único no mundo de promover a indústria conservadora nacional e associado da ANICP, uma associação nacional dos produtores de conservas de pescado.



A iniciativa de produção de Garum conta ainda com a participação das investigadoras na área alimentar Marisa Santos, Catarina Prista e Anabela Raymundo, do Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos, Ambiente e Paisagem do Instituto Superior de Agronomia, e da zooarqueóloga Sónia Gabriel e da palinóloga Patrícia Mendes, embaixadoras do Laboratório de Arqueociências da Direcção Geral do Património Cultural.




Comentários

Postagens mais visitadas