Fóssil de planta de 280 milhões de anos é identificado no Brasil

As cicadáceas sobreviveram a duas extinções em massa e serviam de alimento para dinossauros. Descoberta pode ajudar a entender sua evolução até hoje.



Recentemente, uma pesquisa publicada na revista Review of Paleobotany and Palynology revelou a descoberta do fóssil de uma planta de 280 milhões de anos atrás – muito anterior aos primeiros dinossauros. Ela viveu em uma região do antigo supercontinente Gondwana onde, hoje, localiza-se a Bacia do Paraná.

A fóssil pertence a uma cicadácea (Cycadale), uma linhagem de plantas que sobreviveu até hoje e conta com cerca de 350 espécies e com folhas que remetem às samambaias. A mais famosa delas talvez seja o sagu-de-jardim (Cycas revoluta), usada em paisagismo e encontrada também em regiões da Ásia. Em certas partes do Japão, inclusive, cicadáceas também são usadas na culinária – mas é algo raro, já que, cruas, essas plantas são altamente tóxicas.

Longa história

A vida das cicadáceas não foi fácil. Elas sobreviveram a duas extinções em massa na Terra. A primeira aconteceu há 250 milhões de anos, no período Permiano-Triássico, e foi a mais letal da história: 95% das espécies marinhas e 75% das terrestres foram limadas do planeta.

Já a segunda ocorreu há 65 milhões de anos, no Cretáceo-Paleógeno. É a extinção em massa mais recente da Terra – e a que pôs fim aos dinossauros. Vale dizer, aqui, que as cicadáceas serviam de alimento para os dinos. As cicadáceas se espalharam pelo mundo todo: América, Ásia, Austrália, África… Seu apogeu aconteceu há 120 milhões de anos, mas elas nunca chegaram a dominar o reino vegetal.

Foram suplantadas por plantas capazes de produzir flores e frutos, as angiospermas – que se espalham muito mais rápido (frutos, afinal, atraem animais, que vão comê-los e depositar as sementes por aí. Dessa forma, plantas como as cicadáceas e as coníferas (que são as gminospermas) ficaram para trás.

Fonte: Superinteresante







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