Gin produzido em Barra Mansa é premiado no World Gin Awards 2021, o 'Oscar do Gin'

Destilaria brasileira que começou como hobby é eleita a melhor do mundo

  • O "Destillery of the Year" já é o segundo troféu do World Gin Awards que a Amázzoni, presente em mais de 10 países, ganha; plano é continuar crescendo sem perder as raízes.

Feita na Fazenda Rochinha, no distrito de Floriano, bebida faturou a categoria "Melhor Gin Old Tom Brasileiro".

Uma antiga fazendo de café do distrito de Floriano, em Barra Mansa, no Sul do Rio. É aí que é produzido o Amázzoni Gin, preamido no World Gin Awards 2021, na Inglaterra, na categoria "Melhor Gin Old Tom Brasileiro".

O prêmio projeta a bebida de Barra Mansa para o mundo, pois o World Gin Awards é considerado o "Oscar dos Gins", ou seja, a grande premiação do setor. Ele reconhece e promove as melhores bebidas do mundo para consumidores e comerciantes.

Mas essa não foi a primeira vez que o Amázzoni Gin ganhou destaque na premiação. A bebida, produzida na Fazenda Rochinha, já havia faturado troféus em 2018, quando foi eleito o Melhor London Dry Brasileiro, e em 2019, quando levou a prata como Gin de Estilo Contemporâneo.

O Amázzoni vem da destilaria de mesmo nome, que trabalha com três variedades de produto. Elas contam com ingredientes como ervas aromáticas, especiarias, coentro e casca de limão siciliano e variam no teor alcoólico, entre 38% e 51%.

O primeiro produto e surgiu em 2017 e, apesar de jovem, a destilaria já conquistou o mundo.

"Hoje, exportamos para 15 países da Europa, Ásia, Inglaterra e Estados Unidos. Até dezembro próximo, nossa meta é alcançar 10 novos países, já que temos uma capacidade produtiva de 15 mil garrafas de gin por dia. Recentemente, firmamos negócios com o Uruguai e Cingapura o que demonstra que, mesmo em tempos de pandemia, é possível alavancar as vendas", contou um dos fundadores e proprietários da destilaria, Arturo Isola, em nota divulgada pela prefeitura.

Para encontrar a alma do seu gin, os confrades convidaram o mixologista argentino Tato Giovannoni e embarcaram numa viagem à amazônia para explorar a botânica local. Se haveria um gin, a paixão estética de Isola gritava que também deveria haver uma roupagem à altura - o que levou ao desenvolvimento da garrafa que até hoje envolve o que veio a se tornar o Amazzoni.

Curioso para entender se a destilação caseira feita em um alambique elétrico de 5 litros daria certo em escala, Arturo encontrou no interior do Rio, onde mora, um alambique parado há mais de 30 anos. "Era uma relíquia de família, em uma fazenda de 300 anos, que abriram para a gente usar. Ali, realmente, brilhou o olho, e o projeto para os amigos se tornou um projeto de vida."



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