O QUE NÃO TE CONTARAM SOBRE A PERDA DE PONTOS DA UNIDOS DE PADRE MIGUEL
A grande ironia é que, apesar desse apagamento institucional, algumas iniciativas de reconhecimento simbólico acontecem. Desde 2018, uma lei estadual do Rio de Janeiro reconhece o iorubá como patrimônio cultural. No entanto, esse reconhecimento não se traduz em políticas públicas eficazes para a sua inserção no currículo escolar ou acadêmico. Assim, a língua é celebrada como um legado cultural, mas continua ausente dos espaços formais de ensino.
A ausência das línguas africanas no sistema educacional reforça a ideia de que a herança africana é secundária, negando a diversidade linguística que moldou o Brasil. Isso impacta diretamente comunidades afrodescendentes, que perdem o acesso a uma parte essencial de sua ancestralidade e identidade. Além disso, enfraquece a preservação de tradições religiosas, músicas, filosofias e formas de pensamento ligadas a essas línguas.
A inclusão de línguas africanas no ensino não se trata apenas de justiça histórica, mas de reconhecer a riqueza cultural e intelectual de povos que contribuíram para a formação do país. Experiências em países como Nigéria e Benin mostram que o ensino de línguas africanas fortalece a autoestima, promove o conhecimento histórico e amplia perspectivas socioculturais. No Brasil, iniciativas como a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira (Lei 10.639/2003) representam um passo, mas ainda há um longo caminho para que as línguas africanas tenham espaço legítimo na educação formal.
A pergunta que fica é: até quando o Brasil continuará reconhecendo a cultura africana apenas de forma simbólica, sem garantir sua real valorização e preservação?
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, usou suas redes sociais para criticar a perda de pontos da Unidos de Padre Miguel (UPM) no Carnaval deste ano, devido ao “excesso de termos em Iorubá” no samba-enredo da escola.
“Isso não é só um erro de julgamento, é um desrespeito à nossa ancestralidade. O samba nasceu da resistência! Todo apoio à Unidos de Padre Miguel e a todas as escolas que levam a cultura afro-brasileira para a avenida com orgulho!”, afirmou Margareth.
Em sua postagem, a ministra afirmou que a penalização era “inaceitável” e questionou a decisão, destacando que o Iorubá é uma das línguas fundamentais da cultura brasileira, especialmente ligada ao samba e às religiões de matriz africana.
O enredo da Unidos de Padre Miguel deste ano abordava a trajetória de Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. A escola justificou a inclusão de palavras em Iorubá, afirmando que elas são essenciais para vivenciar o Axé da Casa Branca e para simbolizar a resistência do Axé de Iyá Nassô, iorubá de Oyó. Segundo a UPM, o uso do idioma é uma forma de contextualizar a vida e trajetória dessa importante figura histórica.
“O samba nasceu da resistência! Todo apoio à Unidos de Padre Miguel e a todas as escolas que levam a cultura afro-brasileira para a avenida com orgulho!”, escreveu a ministra.
A UPM, ao tomar conhecimento da nota 9,9 que recebeu, classificou a situação como “inaceitável” e apontou que a penalização escancarava o racismo religioso ainda presente no Brasil. Em suas redes sociais, a escola afirmou que a oralidade sagrada da religião afro-brasileira “não é erro, não é excesso e muito menos pode ser silenciada”.
A escola terminou o desfile em último lugar entre as 12 do Grupo Especial do Rio de Janeiro, caindo para a Série Ouro do carnaval carioca, apenas 1,1 ponto atrás da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Por FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
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