Aprendemos com a cultura ocidental a remediar problemas em vez de preveni-los, a tratar a vida com descuido e a extrair sentido apenas dos prazeres imediatos.
Destruímos matas, rios e poluímos as marés, para depois tentar consertar o quase inevitável.
Falamos sobre ecologia, organizamos debates e promovemos rodas de conversa, mas muitas vezes apenas adiamos o colapso, sem questionar a lógica destrutiva que nos trouxe até aqui.
Seguimos bovinamente, sem resistência, os passos do opressor.
Precisamos desaprender esse modelo de exploração e construir um mundo guiado por princípios de equilíbrio e respeito à terra. Se buscamos a agroecologia, não é apenas por uma comida sem agrotóxicos, mas porque queremos nutrir corpos e territórios, fortalecendo laços entre quem planta e quem come.
A culinária nos ensina a valorizar os alimentos, a reconhecer o tempo certo de plantar e colher, a respeitar os ciclos da vida.
Ela está na raiz da forma como pensamos o alimento e o prazer de comer.
A agroecologia não é apenas uma técnica: é o elo que fortalece a relação entre a terra e a mesa, entre o presente e o futuro.
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