FOMENTO RURAL TRANSFORMA A VIDA NO CAMPO COM 77% DE BENEFICIÁRIAS MULHERES
Iniciativa promove apoio técnico e financeiro para que as famílias rurais mais pobres possam desenvolver projetos produtivos
O programa tem se destacado como um instrumento para a transformação da vida de mulheres em áreas rurais, como Rosemary, promovendo autonomia econômica e desenvolvimento social. Das 340 mil famílias atendidas, 77% têm mulheres como beneficiárias diretas, seguindo a lógica do Cadastro Único, que prioriza a inclusão feminina em programas sociais.
Quando chegou ao assentamento, Rosemary viu-se diante de obstáculos que pareciam barreiras. Vendia verduras, polpas de frutas e castanhas na cidade, caminhando seis quilômetros a pé para garantir o sustento da família. Criava galinhas, mas não tinha como alimentá-las adequadamente.
A situação piorou quando sua filha, com problemas cardíacos, precisou de um ecocardiograma de R$ 300, um valor que parecia impossível de conseguir. “Eu só chorava, pensando: ‘Meu Deus, como vou sobreviver desse jeito?’”, lembrou.
O abuso doméstico do ex-companheiro agravou ainda mais sua situação. Uma medida protetiva não garantiu sua segurança, e ela foi obrigada a deixar sua parcela no assentamento, ficando desabrigada. O Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra) a realocou em outra área, mas as condições continuavam precárias: falta de água, moradia inadequada e incertezas sobre o futuro eram seus maiores desafios.
A virada veio com o Fomento Rural. Com o apoio do programa, Rosemary começou a criar galinhas. Primeiro, com R$ 2.400, depois com R$ 5 mil, ela ampliou sua produção. Hoje, vende frangos e ovos, garantindo renda para sustentar a família. “Antes, não tinha nem o que comer. Agora, não falta comida aqui”, disse, com orgulho.
A água, que antes era escassa, hoje chega até a sua casa graças aos 820 metros de mangueira instalados com recursos do programa. “Ainda não é muita água, mas é suficiente para beber e cuidar dos animais”, explicou.
A iniciativa também teve efeitos positivos na autoestima. “Eu não tinha vontade de nada. Hoje, tenho orgulho de dizer que estou vencendo”, afirmou. “Eu não conseguia fazer nem metade do que faço agora”, prosseguiu. Hoje, paga as contas em dia, compra material escolar para a neta de oito anos e até o uniforme da escola. “Minha filha nunca usou uniforme, mas minha neta usa”, relatou emocionada.
O Fomento Rural não só proporcionou a Rosemary condições materiais, mas também a força para seguir em frente. “Esse projeto é uma bênção. Eles viram o que a gente precisava, especialmente as mulheres do campo, que muitas vezes sofrem caladas”.
Escuta qualificada
A coordenadora estadual do Programa Fomento Rural na Emater de Goiás, Denise Borges de Azevedo, destaca a importância da escuta qualificada para o sucesso do programa. Segundo ela, entender a realidade, as habilidades, os sonhos e os desejos de cada família é essencial para elaborar projetos produtivos que realmente funcionem.
“Toda essa conversa exige tempo. Não podemos ter pressa em elaborar o projeto. Precisamos trabalhar junto com a família para que ela possa desenvolver o que realmente deseja. Esse é um dos grandes aspectos que geram sucesso para a atividade produtiva”, explicou Denise.
Os técnicos da Emater têm atuado com base nessa abordagem, respeitando as decisões individuais das famílias, mesmo em regiões onde há um arranjo produtivo definido. “Algumas quiseram vender roupas. Uma outra pessoa apresentou um projeto para fazer salgados. Questionamos se ela realmente sabia fazer salgados, se tinha perfil, habilidade e se gostava de cozinhar. No dia seguinte, ela já havia mudado de ideia. Não queria mais salgados, queria outra coisa”, completou a coordenadora.
Esse cuidado em ouvir e orientar as famílias, segundo Denise, é o que garante que os projetos sejam viáveis e alinhados às reais capacidades e interesses dos beneficiários. “O sucesso do Fomento Rural está justamente nessa construção conjunta, onde a família se sente parte do processo e assume o protagonismo de sua própria história”, concluiu.
Superação coletiva em quilombo em Sergipe
Outro exemplo de transformação vem do Quilombo Patioba, em Japaratuba (SE), onde 86 mulheres quilombolas transformaram suas realidades com o apoio do Programa Ater Mulher, em parceria com a Emdagro, Agência nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Desde março de 2024, o programa já beneficiou 166 mulheres rurais em Sergipe, incluindo as doceiras do Quilombo Patioba. Elas fundaram a Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai, uma cozinha comunitária equipada com infraestrutura moderna que ampliou a produção, aumentou a renda e abriu novos mercados.
“O Ater Mulher promove autoestima e independência para as mulheres quilombolas, que agora enxergam possibilidades reais de crescimento e prosperidade”, destacou o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo dos Santos.
Com ações focadas em capacitação técnica e fortalecimento da produção local, o programa já beneficiou mais de 600 mulheres em comunidades quilombolas de Sergipe, incentivando atividades como agricultura, pesca, produção de doces e bordados.
O programa
O Fomento Rural é uma iniciativa do MDS que realiza o acompanhamento social e produtivo e a transferência de recursos não reembolsáveis no valor de R$ 4,6 mil, para que as famílias rurais mais pobres desenvolvam seus projetos produtivos.
A participação dos agentes técnicos é fundamental para o desenvolvimento do Fomento Rural. São estes profissionais que identificam as famílias beneficiárias do programa, elaboram um diagnóstico de sua situação socioeconômica, levantando informações como a identificação de todos os integrantes de cada família, a alimentação no lar, descrevem as rotinas de trabalho e de comercialização dos excedentes produzidos, a forma como acessam os serviços públicos e quais são as expectativas quanto às atividades geradoras de renda. Essas informações fornecem a base para os técnicos elaborarem, conjuntamente com a família, o projeto produtivo.
Depois que os projetos são elaborados, são definidas uma ou mais atividades produtivas e as etapas necessárias para o seu desenvolvimento. Os recursos financeiros repassados à família podem ser utilizados para investimentos em atividades agrícolas, como criação de pequenos animais e horta, ou não agrícolas, como artesanato e pesca. O importante é que o projeto gere renda à família beneficiária e, se possível, amplie e diversifique sua produção de alimentos.
https://www.gov.br/mds/pt-br/noticias-e-conteudos/desenvolvimento-social/noticias-desenvolvimento-social/fomento-rural-transforma-a-vida-no-campo-com-77-de-beneficiarias-mulheres
Você acredita que o Herpes tem cura permanente? Meu nome é Antonio Jefferson Cole, estou em Salt Lake City, Utah. Tenho gasto muito dinheiro semanalmente comprando o popular Valtrex e às vezes Aciclovir, para suprimir meus surtos de Herpes, conforme prescrito para mim no hospital. Qualquer pessoa que tenha herpes pode atestar isso, com todas as dores e sintomas embaraçosos. Infelizmente, descobri que esses produtos recomendados pelo hospital frequentemente não são eficazes para cuidar do problema, mas sim fazem você gastar todo o seu dinheiro. O remédio herbal DR.WATER chegará à raiz da causa e o curará completamente, em vez de suprimir os surtos com medicamentos. E você será mais feliz, mais saudável e livre de surtos. Ele também tem remédios herbais que podem curar HIV, HPV, hepatite e assim por diante. Ele é o maior de todos os curandeiros herbais. Seu e-mail é DRWATERHIVCURECENTRE@GMAIL.COM e seu número de Whatsapp: +2349050205019. Você pode contatá-lo e obter uma cura permanente para seu herpes genital e oral ou HIV AIDS ou câncer de pulmão ou doença de Alzheimer
ResponderExcluir