Acarajé é uma delícia, mas o descarte do azeite de dendê usado na fritura era um problema. Este casal decidiu criar uma solução
Dendê é sinônimo de acarajé, abará e moqueca, mas muito além da culinária, um casal vem transformando o óleo usado pelas Baianas de Acarajé em uma interessantíssima linha de sabonetes com aromas locais como barbatimão e licuri. No caso de Carol e Flávio da startup @oia.fia, a vida deu limões e eles transformaram em sabão.
https://oiafia.com.br/?srsltid=AfmBOophoev0PBylgtNOmOZFIdT9Rp4K3UvHVw1_9hD2x9DNFaHfsu9h
A ÓiaFia! Saboaria Artesanal é “filha da pandemia”: começou quando Carolina Heleno, mestre em Educação, apresentou uma alergia na pele que não saia com nenhuma medicação. Foi aí que o marido Flávio Cardoso, químico e doutor em Biotecnologia, formulou um sabonete que resolveu o problema. A isso, somou-se a preocupação com o descarte correto de resíduos.
A ideia da dupla era chegar a um produto que não remetesse, em nada, ao dendê, mostrando que é possível fazer itens mais sustentáveis e também competitivos. Além disso, queriam que as fragrâncias e as embalagens remetessem à diversidade de culturas dentro da própria Bahia.
“A produção de sabão a partir do óleo é algo ancestral. A ciência e o mercado colocaram um nome, mas é algo feito há décadas. Minha contribuição enquanto químico foi apenas de colocar técnica – e criatividade – no processo”.
Carol trabalha meio período, mas Flávio vive por conta da ÓiaFia!, fazendo cada produto manualmente. Apenas o processo de coletiva seletiva e o marketing são terceirizados.
A startup se planeja para lançar, em breve, xampu e condicionador sólidos. “Focaremos sempre em produtos em barra porque eles exigem menos consumo de água na fabricação e também evitamos o uso de embalagens plásticas”.
Os sabões e sabonetes estão à venda no site da marca.
@elcocineroloko
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