"COMER QUIABO PRA NÃO PEGAR FEITIÇO"-A MANGUEIRA TRAZ PARA A AVENIDA UM TEMA QUE ATRAVESSAA ANCESTRALIDADE E A RESISTÊNCIA.
Quem conhece nossas pesquisas sabe: comida não é só sustento, é memória, é proteção, é luta.
No prato ou no terreiro, o quiabo segue firme, viscoso e necessário.
Vamos falar mais sobre isso?
#CulináriaBantu #MemóriaViva #Mangueira2025"
A Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, prestará homenagem aos povos bantus em seu desfile do Carnaval de 2025. Com o enredo intitulado "À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões", a escola destacará a influência bantu na formação cultural carioca.
Entre os diversos aspectos abordados, a Culinária de Origem Bantu será representada na ala "Comer um Quiabo pra Não Pegar Feitiço", que integra o quarto setor do desfile. O quiabo, ingrediente significativo na dieta dos povos bantus, carrega simbolismo de proteção e é utilizado em práticas religiosas afro-brasileiras até os dias atuais.
Embora a Mangueira não esteja localizada em Bangu, o bairro possui uma rica herança cultural ligada à influência bantu.
Perfeito! O GUMBÔ é uma conexão direta com a culinária bantu e a diáspora africana, reforçando a ancestralidade no post. Você pode usar uma foto do prato que fizeram no último CosmoAngola e adicionar um texto na legenda, algo como:
"Do Gumbô ao Caruru, do Kongo ao Brasil, a viscosidade do quiabo une tempos e territórios. A Mangueira canta, e a gente cozinha: Comer um quiabo pra não pegar feitiço é saber que alimento é proteção, é história, é resistência.
A palavra GUMBÔ tem origem em línguas bantas da África, especificamente do termo ki ngombo, que significa quiabo. Essa conexão linguística evidencia a herança africana presente nos hábitos culturais e culinários da diáspora.
O GUMBÔ foi o prato apresentadono CosmoAngola2025 Luvemba, um exemplo claro da nossa interculturalidade, sendo um ensopado que se popularizou nos Estados Unidos, especialmente na região da Louisiana, através da interação das culturas africana, indígena, europeia e caribenha, chegando até o Baixo Sul da Bahia no @Kilombotenonde com características próprias.
Essa palavra bantu carrega, assim, não apenas um significado culinário, mas também uma memória ancestral que conecta os povos da diáspora a suas raízes africanas.
O uso do quiabo (Abelmoschus esculentus), da bucha (Luffa aegyptiaca) para engrossar caldos e o próprio nome remetem diretamente às práticas alimentares africanas, que foram ressignificadas no contexto da diáspora forçada.
No prato, a herança viva dos povos bantu. #CulináriaBantu #MemóriaViva #Mangueira2025"
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