Pato no tucupi: deputados aprovam mais uma comida típica como patrimônio cultural do Pará



Pato no Tucupi é uma das principais iguarias do Círio de Nazaré (Marcelo Lelis / Especial para O Liberal)


Um dos ícones do almoço mais esperado do ano para os paraenses, o do Círio de Nazaré, foi aprovado na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) desta terça-feira (17), o Projeto de Lei nº 369/2021 que declara o pato no tucupi patrimônio cultural de natureza imaterial do estado. Essa é a segunda vez que os deputados aprovam uma proposição do parlamentar Wanderlan (MDB) que confere o título a um prato da culinária paraense. Na última semana, foi a vez da maniçoba. Ambas matérias seguem para sanção do governador Helder Barbalho.

Para o autor do PL, o tradicional pato no tucupi é mais “uma iguaria da inigualável culinária paraense”. “Estrela da ceia de nossa principal celebração, o Círio e Nazaré, esse prato de ingredientes tão regionais encanta pela suas cores, aromas e sabores únicos. De origem indígena, ao longo dos anos, o pato no tucupi foi ganhando influências europeias, tendo incorporado, aos poucos, técnicas do assado à moda portuguesa, já que os índios consumiam tradicionalmente o pato apenas cozido no tucupi, com farinha e pimenta”, explicou Wanderlan.

De acordo com o parlamentar, a produção em duas etapas, primeiro assando e depois cozendo a ave no molho de tucupi, bem como a incorporação das folhas do jambu, de temperos e o acréscimo de arroz são influências portuguesas. Contudo, misturadas às técnicas, sabores e culturas amazônicas, tiveram como resultado um prato singular e de forte identificação regional. “Esse processo histórico-cultural revela saberes gastronômicos que precisam ser preservados, celebrados e degustados sem moderação”, concluiu Wanderlan.

No dia 29 de abril, também foi o governador sancionou a Lei declarando a Farinha de Bragança patrimônio cultural. O título foi proposto pelo deputado estadual Alex Santiago (PP), também em maio de 2021, e aprovado pela Assembleia Legislativa no dia 5 de abril deste ano.

Fonte: O Liberal



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