MINGAU DE TAPIOCA 😀 SUBSTÂNCIA DE AFETO
Mingau de Tapioca 😀 Substâncias de Afeto
Veja o vídeo @duda_barbosa27
"No fogo brando da cozinha,
Dança a tapioca branquinha,
Com leite quente a se misturar,
O doce aroma começa a encantar.
É colo de mãe em colherada,
Tradição antiga, tão bem guardada.
Cada sabor é uma história contada,
Mingau de tapioca, do lar a alma é abraçada."
Poesia popular
De sabor indiscutivelmente bom, o Mingau de Tapioca, é um grande representante da culinaria Indigena em nosso pais.
A palavra mingau vem do «tupi minga'u, "comida que gruda", depois, com ditongação e deslocamento do acento, mi'ngaw" alimento pastoso orig[i]n[ariamente] de farinha de mandioca cozida em leite ou água"; p[or] ext[ensão], "papa preparada de modo semelhante ou de consistência semelhante"».
Mingau é «alimento cozido, de consistência cremosa, pastosa, feito ger[almente] de leite e açúcar, engrossado com cereais ou farinhas variadas (tapioca, aveia, maisena, fubá de milho, arroz etc.); papa, papinha».
A tapioca é um alimento tradicional e muito popular no Brasil, especialmente na região Nordeste. Sua origem remete aos povos indígenas que habitavam o território brasileiro antes da colonização portuguesa. A palavra "tapioca" vem do tupi **tipi'óka**, que significa "coágulo" ou "aglomerado", referindo-se ao processo de preparação desse alimento.
"Mingau" vem do tupi minga'u, "o que alguém empapa", através da junção de emi (partícula de objeto) e ka'u (empapar).
Originalmente, era uma pasta espessa utilizada também em rituais, muitas vezes feita com as vísceras dos prisioneiros sacrificados pelos índios tupinambás.
LEGADO INDÍGENA
O Indio nativo fazia com ela mingau grosso, ou era comida pura, comiam-na com as mãos, jogando a certa distância do rosto, tal era o manuseio, que não perdiam um só farelo.
Farinha de mandioca:
A farinha-de-pau, de manic ou manibot - hoje dita mandioca -, era feita ralando-se a raiz que cresce dentro da terra em três ou quatro meses, tornando-se tão grossa quanto a coxa de um homem e longa mais ou menos de 1 pé e meio.
Depois de arrancá-la, secavam-na ao fogo ou ralavam-na, ainda fresca, numa prancha de madeira cravejada de pedrinhas pontudas, reduzindo-a a uma farinha alva, empapada, que ia para um recipiente comprido, de palha trançada - tipiti -, para escorrer e secar. O que escorre é um veneno mortal, por culpa do ácido cianídrico, que o sol faz desaparecer em dois ou três dias, deixando a manipueira livre de perigo. O resultadp é o tucupi, ingrediente essencial de um dos mais típicos pratos da cozinha brasileira, o pato ao tucupi - embora aqui não houvesse patos,, na época da colonização.
Tipiti
Essa farinha não serve para fazer pão, mas é perfeita para a farofa, beijus, pirões, sopas e mingaus.
A gente da terra fazia com ela um mingau grosso, ou comia-a pura mesmo, pegando-a com quatro dedos na vasilha e atirando-a de longe a boca, com tal engenho e arte que não perdia um só farelo.
E os brancos, tentando imitar - confessa Jean de Lery, francês, e que veio para o Brasil com o Monsenhor de Villa Ganhão (como rezam os documentos) -, sujavam o rosto, as ventas e bochechas e barbas.
As mulheres daqui faziam também grandes bolas com a massa de aypi ( a mandioca mansa, sem veneno), que espremiam entre as mãos. O caldo cor de leite era colhido em vasilhas de barro e exposto ao sol. O calor condensava e coagulava a beberragem, como coalhada. Cozinhando no fogo, é um bom alimento.
O aipim não serve para a farinha, mas assado na brasa torna-se brilhante como a castanha assada ao borralho, e o gosto é parecido. Servido com mel silvestre (o mesmo que se fazia com a batata-doce e o cará), resultava em um prato que portuguêses e franceses reconheceram como delicioso.
O estadunidense John Casper Branner queria exportar a farofa para o mundo.
Beiju ou Biju:
Bolo feito de massa de tapioca ou de mandioca muito fina, enrolada em forma cilíndrica. Característico da alimentação indígena, o beiju foi recriado pelo portugueses, que acrescentaram açúcar e condimentos diversos à massa, e pelos negros, que o enriqueceram molhando no leite de coco.
RECEITA Mingau de Tapioca da Bahia.
Ingredientes:
Serve: 4
100 g de farinha de tapioca
3 xícaras de leite de coco
1 xícara de áçucar
1 litro de água
5 cravos-da-índia sem cabeça
3 pedaços de canela em pau
1 pitada de sal
2 colheres (chá) de canela em pó para povilhar
Modo de Fazer:
Coloque a tapioca de molho numa vasilha com o leite de coco para hidratar por 30 minutos.
Acrescente o resto dos ingredientes, exceto a canela em pó, mexendo sempre para não embolar.
Leve ao fogo médio para cozinhar por cerca de 25 minutos. Abaixe o fogo, continue mexendo e deixe cozinhar mais alguns minutos até que fique um caldo só um pouco grosso. Deixe o mingau num ponto ralo porque quando esfriar vai engrossar. Se necessário, adicione mais água.
Despeje em canecas ou pratinhos fundos, polvilhe canela em pó e sirva ainda quente.
Dica:
Deixe o mingau num ponto mais ralo do que desejado porque engrossará quando esfriar.
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