Akassa
@conhecer_benim propõe
Uma imersão cultural no Benim.
Iremos mergulhar na cultura africana principalmente no Benim cheio de experiências e vivências inesquecíveis.
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Akassa (ou Akkassa) é um prato tradicional do Benin, também consumido em países vizinhos como Togo e Nigéria. É uma espécie de mingau firme ou papa fermentada feita principalmente de milho ou arroz, semelhante ao banku de Gana ou ao kenkey.
Como é feito?
O milho ou arroz é moído e fermentado por algumas horas ou dias.
A massa fermentada é cozida lentamente em água quente até atingir uma textura espessa e homogênea.
Geralmente, é servida quente como acompanhamento de sopas e molhos, como molho de tomate picante, molho de gombo ou ensopados de peixe e carne.
•Sabor e Textura
Akassa tem um sabor levemente azedo devido ao processo de fermentação, e sua textura é macia, semelhante a um mingau espesso ou polenta.
Esse prato é popular porque é barato, nutritivo e fácil de preparar, sendo uma parte essencial da alimentação diária em muitas comunidades do Benin. Você já experimentou ou gostaria de uma receita detalhada?
Curiosidades sobre o Akassa do Benin
•Origem e Influência Africana
O Akassa tem raízes profundas na cultura alimentar do Benin e Togo, sendo um alimento básico da dieta tradicional.
Ele é semelhante a outros pratos fermentados da África Ocidental, como banku (Gana) e kenkey (Gana/Togo).
Processo de Fermentação Único
O milho (ou arroz) é deixado para fermentar por até 48 horas, o que dá ao Akassa seu sabor levemente azedo.
Esse processo melhora a digestibilidade e aumenta o teor de nutrientes, como vitaminas do complexo B.
Textura Versátil
Dependendo do tempo de cozimento e da quantidade de água, o Akassa pode ficar mais cremoso, como um mingau, ou mais firme, como uma polenta.
Alimento Energético e Nutritivo
Rico em carboidratos complexos, o Akassa fornece energia sustentada, sendo ideal para trabalhadores e agricultores.
A fermentação também melhora a absorção de minerais como ferro e zinco.
Acompanhamentos Tradicionais
Geralmente, é servido com molho de tomate picante, ensopado de peixe, molho de gombo (quiabo) ou sopas de carne e legumes.
Pode ser comido quente ou frio, dependendo da preferência local.
•Símbolo de Identidade Cultural
O Akassa não é apenas um alimento, mas também faz parte da identidade cultural do povo do Benin e de outras regiões da África Ocidental.
É servido em reuniões familiares, festas e cerimônias tradicionais.
Similaridade com Outras Tradições Culinárias
Algumas versões do Akassa são parecidas com o pap sul-africano ou o fufu, outro prato fermentado comum na África Ocidental.
O Akassa é um exemplo da riqueza culinária do Benin e da importância dos alimentos fermentados na tradição africana. Você gostaria de uma receita para tentar fazer em casa?
A relação entre o Benin, a culinária da Bahia, o Akassa e os africanos repatriados está enraizada na história da diáspora africana, especialmente no movimento de retorno de ex-escravizados à África no século XIX. Essa conexão se manifesta na gastronomia, nas tradições religiosas e na cultura compartilhada entre a Bahia (Brasil) e o Benin.
•O Benin e a Culinária da Bahia
O Benin (antigo Reino do Daomé) foi um dos principais pontos de origem dos africanos escravizados levados ao Brasil, especialmente para a Bahia, onde formaram uma forte comunidade.
Os povos Ewé, Fon, Nagô (iorubás) e outras etnias trouxeram técnicas culinárias que se misturaram aos ingredientes locais brasileiros.
Alimentos e preparos típicos da Bahia, como acarajé (similar ao Akara do Benin), vatapá, caruru e efó, têm influências diretas da culinária do Benin.
•O Akassa e Sua Influência na Bahia
O Akassa, prato tradicional do Benin feito de milho ou arroz fermentado, tem similaridade com o pirão, angu e mingaus brasileiros, que também foram influenciados por técnicas africanas.
O Akassa pode ser comparado ao acassá, uma comida sagrada do candomblé baiano, feita de massa de milho cozida e servida com azeite de dendê ou mel.
Na Bahia, o acassá é um alimento ritualístico oferecido a orixás como Oxalá, mantendo uma conexão espiritual com a cultura do Benin.
Africanos Repatriados e a Reconexão Cultural
No século XIX, ex-escravizados e seus descendentes brasileiros (conhecidos como “Agudás” no Benin e Togo) retornaram à África, especialmente para portos como Uidá, Porto-Novo e Lagos (Nigéria).
Esses repatriados trouxeram influências brasileiras, incluindo técnicas culinárias, arquitetura e religiões afro-brasileiras como o candomblé.
No Benin, os Agudás fundiram tradições baianas com as locais, influenciando a cozinha, a música e os costumes da região.
Conclusão
A culinária do Benin e da Bahia estão intimamente ligadas pelo tráfico transatlântico de africanos escravizados e pelo retorno de descendentes ao continente. O Akassa (ou acassá na Bahia) é um símbolo dessa troca cultural, preservando sabores, tradições e conexões espirituais entre as duas regiões.
Se quiser mais detalhes ou uma receita do Akassa, ou da proposta, se liga!
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