Adeus manguezais e ribeirinhos,
o oco do coco das quebradeiras
o cheiro das matas ciliares
In memorian restou restingas
e veredas,
cada dia, definham nossas matas,
secam rios, queimam florestas
em nome da exploração e do capital,
da ganância que te faz homem.
Amazônia virou quintal,
seringueiro desempregado,
virou borracheiro nas cidades,
caiapó sangrou sem terra
mata atlântica virou curral,
pra abastecer,
o bolso do estrangeiro,
e poder politico dos grileiros.
mananciais, palavra feia
pra quem só semeia
tóxicos e a dor,
a face mais perversa
do que convencionou chamar:
civilidade.
cariris, carijós, buritis,
e os caboclos ancestrais,
ferem a regra de ouro,
e o princípio à existir,
o hahú do uirapuru,
não se ouve mais,
muito menos,
a pequena centelha de luz,
à vagar.
morrem xamãs, e os espíritos das matas,
morre piatã e arabutã
que sentido faz viver?
cadê yoky o passar o azul, queimam a jaguatirica e a onça pintada,
tamandúa bandeira e
kamaiuirá chora,
resiste porque sóis a terra,
chora mais luta,... e você?
Fotoart @Renato Soares.
#elucubraçõesdoloko
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