Orisabá, a técnica de dobradura nas embalagens de alimentos

Baiana desenvolve técnica de dobradura, baseadas nas iguarias tradicionais como o Acaçá e o Abará, e está trabalhando com seus alunos na feitura de embalagens para doces tradicionais.

Formada e graduanda em Serviço  Social, também exerce como técnica de enfermagem, aplicando Reikie na terapêutica e no trato com seus pacientes.

A técnica se chama Orísabá, onde ela explora a relação do contato tátil das mãos com as dobradura.

A palavra “orísabá” vem da união de duas palavras em ioruba “ori” um importante conceito metafísico espiritual e mitológico para os iorubás, identificado no jogo do merindilogum pelo odu ossá e representado materialmente pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado ibá de Ori.
Sabá vem de Insabas, folhas sagradas para os povos Banto.

A prática da dobradura encanta e desperta interesse, pelo simples fato de contribuir significativamente para o desenvolvimento da atenção, coordenação visual e auditiva e psicomotora, quesitos essenciais para o desenvolvimento cognitivo no processo ensino aprendizagem. 

As folhas de Bananeira, são maravilhosos embalagens, alem de resistentes, são flexíveis facilmente abertas devido à tessitura da própria folha. Higiênicas, se prestam muito bem as embalagens de alimentos, úmidos ou oleosos, a folha é ideal para embrulhá-los por causa de sua superfície impermeável e que parece encerada, além é claro da sua bela cor. 

As folhas de bananeira são amplamente utilizados na culinária de países tropicais, em parte devido à sua fácil disponibilidade e em parte por causa do sabor sutil eles adicionam aos alimentos.

Ela conta que o trabalho está focado no reconhecimento desta técnica, como forma de despertar o sentido sustentável e ecológico, ela busca contribuir com a preservação da Doçaria Tradicional de São Francisco do Conde.

Telinha Medeiros faz parte da Rede EMUNDE.

Telinha Medeiros vai estar participando do #Setembro mês da Culinária Tradicional e das Panc na Bahia, com o tema: Folhas que Embalam: Uma abordagem sobre as embalagens Ecosustentaveis na culinária baiana.

Data: 13.09

Telinha Medeiros

Jussara Moreira

Clicia Maria de Jesus Benevides

Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel(Origami), também os Mouros, no Norte da África, que levaram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe no século VIII. 

Os Mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais, da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul.

Com as rotas comerciais marítimas, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.

As culturas asiáticas e latinas fazer uso freqüente de folhas de bananeira ao cozinhar.

O Abará é um dos pratos da culinária baiana que como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé, a preparação da massa é idêntica à do acarajé.

Antigamente a massa de feijões, era moído na pedra de Oló, uma pedra cônica, adaptada a uma outra que corria sobre esta, triturando os grão.

Quando comida ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão e quando da culinária baiana coloca-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que pode ser moído junto com o feijão e depois colocar alguns inteiros.

Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira semelhante ao processo usado para fazer o acaçá e deve ser cozido no vapor em banho-maria; é servido na própria folha.

Um ponto fundamental na preparação do Abará, é a sua embalagem nas folhas de bananeira.

Elas são passadas em fogo para abrandar a textura e em seguida, são colocadas porções de massa preparada, dando um formato piramidal à folha.

Observa-se, portanto, que durante o ritual de preparação do Abará, os apetrechos de cozinha sofreram modificações na longa duração, o que não tira a dimensão sagrada do alimento. Manter o ritual modificando apenas alguns utensílios, os quais, não são interditos para o orixá mantém a sacralidade do alimento. 

A dimensão profana pelo uso de objetos desenvolvidos pela tecnologia, como por exemplo, o liquidificador, o fogão a gás, não ultrapassam a dimensão sagrada do ritual. 

Outro requisito importante para manter a dimensão sagrada do ritual de preparação do acarajé é do Abará é a presença do pano da costa, também denominado alaká.

A dobradura de folhas requer precisão e conhecimento, possuindo diferentes significados simbólicos no Oriente.

Moi moi, é um "bolo de feijão Africano", similar ao Abará na Bahia, ele também é conhecido por diversos nomes, (Feijão Koki em Camarões), este é um prato incrivelmente trabalhoso para preparar Começando pela imersão dos feijões, descamação e moagem do Feijão Fradinho, misturando-se com especiarias (incluindo flocos de pimenta e azeite de dendê) moldar em folhas de banana, e em pacotes de cozinhar com cuidado no banho-maria. 

O resultado é um delicioso bolo, também preparado com Milho e Soja e até Feijão branco.

Poderosamente proteico e singularmente gratificante Nossos pratos apresentou os fundamentos essenciais da comida nigeriana. Embora a variedade de ingredientes mudar de um extremo do país, o Moi Moi é capturado e transferido para a boca por meio dos primeiros três dedos de sua mão direita, quebrando e formando uma espécie de concha.

Rico em carboidrato saudável fornecido pelo Koki de milho (quase exatamente como polenta, exceto um pouco mais duro), trituradas (como purê de batatas, mas com a consistência de massa simples), ou mandioca (fonte de tapioca, mas também com purê de batata.

Alem do Koki, um dos destaques da cozinha Nigeriana e Camerun.

Influencias das culturas Islâmicas na Bahia e sua culinária.

Antes do efetivo início do processo de islamização do continente africano, a África Ocidental vai conhecer um padrão de desenvolvimento bastante alto. 

Os antigos Estados de Gana, do Mali, do Songai, do Iorubá e Benin, são excelentes exemplos de pujança das civilizações pré-islâmicas.

O povo Ashanti estão concentrados nas regiões central e sul do Gana, bem como a Costa do Marfim.

O povo Hausa vivem predominantemente na Nigéria e Níger, bem como norte de Gana.

Cozinhar alimentos em um envoltório é uma técnica fundamental utilizado em todo o mundo.

Sem duvida é a folha de bananeira, ela é responsável por grande parte dos alimentos vendidos na rua, como o Abará (Bolinho feito a partir do Feijão Fradinho e Cozido no Vapor, tradicional elemento da cozinha Afro-Baiana) o Cuscus molhado (Bom lembrar que o como também alguns outros já não tao comuns de serem encontrados nas ruas, como é o caso do Acaçá, ficando quase restrito às barracas com venda especifica para rituais e aos terreiros de candomblé. 

Outra preparação que se faz com as folhas de bananeira são as Moquecas de Folha, outrora muito comuns no Recôncavo da Bahia, em especial na cidade de Cachoeira, feitas com pequenos peixes locais como a manjuba ou a sardinha.

Na maioria das vezes, cozinheiros enrole as folhas em torno de comida para cozinhá-lo em um pacote com tudo natural. Tente peixe grelhado ou cozido no vapor arroz ou tamales envoltos em folhas de bananeira para a sua próxima refeição. Ao contrário de papel alumínio, folhas de bananeira conferem sabor e umidade para os alimentos cozidos dentro.

O povo Yorubá teve durante sua evolução estética a influência da região muçulmana na África com o que é chamado de "alaká" no Brasil, e não podemos esquecer da influencia da estética africana na nossa cultura, com suas cores, formas e estampas, estética essa que até hoje é difundida pelo mundo através da alta costura, por sua qualidade incontestável.

Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. 

O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores.

Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. 

Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um motivo fundamental.

Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada.

O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká.

Pano de Cabeça das Baianas-Turbantes

A origem do turbante é quase que totalmente desconhecida; sabemos apenas que era usado no oriente muito antes do surgimento do Islamismo.

(ó-já), termo averbado nos Dicionários Yorubá – Português, como: subs. faixa, cinta, tira ou turbante, e popularmente conhecido entre o povo de santo pelo nome de “torço” tem sua característica identidade. 

Durante o período da escravidão, era comum perceber perfeitamente as diferenças entre as diversas etnias africanas trazidas ao Brasil através dos detalhes do torço. Aqui cito apenas dois exemplos: Entre as mulheres da etnia iorubá (nagô) , o òjá era amarrado com várias voltas ao redor da cabeça. Já as negras da etnia fon (jeje) usavam um lenço sobre os cabelos, dobrando o tecido em formato triangular, com a ponta para frente, com seu “bico” para baixo quando pertenciam à Vodun masculino e para cima quando feminino.

Cobrir a cabeça era tão importante para o povo antigo que, de acordo com muitos relatos, era tradição, as mulheres saírem de suas casas com a cabeça coberta por seus panos de cabeça, assim como os homens com seus chapéis. 

O torço das baianas, mais do que sua identidade étnica, tinha o intuito de manter a cabeça protegida e de ordem religiosa, ou seja, através do òjá era identificado a Ìyálòrìsà (Suma Sacerdotisa) as ègbón (as mais velhas) e as ìyáwò (noviças).

De suma importância mencionar que naquela época os homens que usavam “turbantes” pertenciam eram “muçulmanos” ou “vendedores ambulantes” dos quais carregavam em suas cabeças os seus cestos e tabuleiros.

O Abará cozido no vapor, um ponto fundamental na preparação do Abará, é a sua embalagem nas folhas de bananeira.

Elas são passadas em fogo para abrandar a textura e em seguida, são colocadas porções de massa preparada, dando um formato piramidal à folha.

Um prato incrivelmente trabalhoso para preparar Começando pela imersão dos feijões, descamação e moagem do Feijão Fradinho, misturando-se com especiarias (incluindo flocos de pimenta e azeite de dendê) moldar em folhas de banana, e em pacotes de cozinhar com cuidado no banho-maria.

O resultado é um delicioso bolo, também preparado com Milho e Soja e até Feijão branco.

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