A Cabaça é o simbolo escolhido para representar o #Setembro mês da Culinária Tradicional e das Panc na Bahia.

Escolhemos a Cabaça como símbolo de intersecção cultural entre os povos, a culinária e as Panc.


A  Cucurbita ou cabaça é um gênero de videira herbácea pertencente à família das cabaças, Cucurbitáceas (Cucurbitaceae)
 são uma família de plantas nativas na maior parte do Novo Mundo, muitas das quais têm grande importância etnobotânica.

As cuias são utensílios importantes no dia-a-dia dos povos indígenas: seja para carregar ou armazenar alimentos ou até mesmo fazendo as vezes da colher ou copo, ela é um objeto leve e de diversos formatos e tamanhos. As cuias, também conhecidas como Coité (termo tupi kuya e'tê, que significa "cuia verdadeira"), são o fruto seco de diferentes espécies de árvores da família Bignoniaceae.

A Cabaça para as culturas de matriz africana, remete muito a ideia de panela, comida, alimento da alma A cabaça-ìgbà é o símbolo do poder e do ventre, na cultura Iorubá, que se divide em duas partes: a metade superior representa o Orún, o plano da existência divina, e o Aìyé, na metade inferior, o plano da existência terrena.

Símbolo da fertilidade, a barriga, para as religiões de matriz africana, é entendida como tudo que diz respeito as "coisas de dentro", ou seja, relativo as entranhas.

Cabaça (do árabe kara bassasa, "abóbora lustrosa") é a designação popular dos frutos das plantas dos gêneros Lagenaria e Cucurbita.

Outros nomes incluem porongo ou poranga (do quíchua poronco, "vaso de barro com o gargalo estreito e comprido", através do espanhol rioplatense), cuia (do tupi antigo (e)kuîa), jamaru (do tupi yama'ru)

A cabaça inteira é denominada Àkèrègbè, a cortada em forma de cuia toma o nome de Ìgbá. 

A cortada em forma de prato é o Ìgbájé , ou seja, o recipiente para a comida; a cortada acima do meio, forma uma vasilha com tampa, tomando o nome de Ìgbase ou cuia do Àse, e é utilizada para colocar os símbolos do poder após a obrigação de sete anos de uma Ìyàwó.

A barriga, é confundida em muitas sociedades antigas, como a própria terra, que da origem a todos os seres, ou seja o grande ventre que "pare filhos e filhas de todos os tipos"

✊🏾 #Setembro mês da Culinária Tradicional e das Panc na Bahia.

Este ano com o tema: Alimento Cultural 

Dia 30 Aula Inaugural com o Doutor Jeferson Bacelar pesquisador do Centro Estudos Afro-Orientais, CEAO/UFBA.

O lugar da Ancestralidade na culinária, onde discutiremos temas como:

As plantas tradicional na Diáspora , Atualização Curricular Culinária Brasileira , Memória e Afeto na culinária baiana, Comensalidade e Doçaria Baiana e muitos outros temas.

O evento acontece por todo o mês de Setembro, sempre às Segundas, Quartas e Sextas, sempre às 19hs com muitos convidados.

Participe, Divulgueme saiba mais.

🗓️ Segunda-feira, dia 30/08, às 19h

🖱️O encontro será realizado pelo YouTube 

Acesse: https://youtube.com/channel/UCfgujetwwhGJniipJ_m_25w

Confira as participações:

https://sossegodaflora.blogspot.com/2021/08/setembro-mes-da-culinaria-tradicional-e.html?m=1

A Cabaça pertence à família das cucurbitáceas. 

Este vegetal vem em uma variedade de formas; elas podem ser, garrafa em forma redonda ou fino e longo. Elas geralmente têm uma pele verde claro com polpa esponjoso branca por dentro. A Cabaça podem ser fritos e pode ser usado na preparação de vários pratos e sopas. e ainda, Podem ser considerado como um alimento do verão, pois proporciona e ajudar a aliviar o calor devido ao seu elevado teor de água. Então, vamos da olhada nos benefícios nutricionais da cabaça Para Saúde.

A Cabaça são bem baixa em caloria: Elas fornecem apenas 15 calorias por 100 gramas de consumo. A Cabaça é rica em água, fibras dietéticas e de hidratos de carbono. Além disso, A Cabaça Também é uma boa fonte de complexos de vitamina B, de Vitamina C, Potássio, Cálcio, Magnésio, Ferro, Zinco e Fósforo.

Cabaça Auxilia a Digestão: A Cabaça é um alimento bem saudável para o estômago. Ela evitam dores de estômago e indigestão. As Cabaças são facilmente digeríveis como elas são ricos em água e fibras alimentares. A fibra dietética é útil contra hemorroidas e prisão de ventre. Devido à sua natureza alcalina, seu suco é frequentemente recomendada quando uma pessoa sofre de úlceras de estômago e acidez.

Cabaça Para Perda de Peso: A Cabaça podem ser consumido em forma de suco ou fervura. ela é pobre em calorias e fornece apenas 15 calorias por 100 gramas de consumo. Além disso, é rica em fibra alimentar e pode manter uma pessoa saciada.

Cabaças são Diuréticas: A Cabaça é diurética e podem ajudar a eliminar as toxinas do corpo. Sensação de ardor e dificuldade de urinar pode ser causada devido ao alto nível de ácido na urina. A Cabaça é de natureza alcalina e pode, assim, proporcionar alívio a partir dele.

Cabaça para Diabéticos: O Suco da Cabaça vem diminuindo a diabetes tipo 2. A cabaça Faz a secreção de insulina mais sensível e regula o nível de glicose no corpo. A fibra dietética também podem retardar a absorção de glucose no corpo, impedindo, assim, anormais picos no nível de açúcar.

Cabaça é Rica em Zinco: As Cabaças são uma boa fonte de zinco. O zinco é necessário para regular as atividades de genes, os níveis hormonais e promove a membrana celular saudável.



Abóbora-cheirosa (Cucurbita moschata) é uma espécie nativa do Atlântico médio e sudeste dos Estados Unidos, assim como Porto Rico. Inclui variedades de abobrinha e abóbora. Inclui variedades de Cucurbita moschata que geralmente são mais tolerantes ao clima quente e úmido do que Cucurbita maxima ou Cucurbita pepo.

Apesar de a maior parte do Brasil usar a denominação abóbora, existem algumas parte do Nordeste que se referem a esse mesmo alimento como jerimum(Cucurbita maxima)

As cinco principais espécies de abóboras domésticas são: Cucurbita pepo, Cucurbita maxima, Cucurbita moschata, Cucurbita ficifolia e Cucurbita argyrosperma.

Por serem espécies de polinização cruzada, há grande variedade de formas, cores e textura dos frutos, bem como de outras características das plantas.

A cultura da abóbora teve origem na América, onde foram domesticadas há cerca de 9.000 anos, pela civilização Olmeca e seu cultivo foi adotado pelas civilizações Maia, Asteca, Inca, entre outras. Atualmente, são cultivadas em todo mundo.

As plantas da abóbora são bastante exigentes em temperatura, em regra, são cultivadas em clima quente pois todas as espécies são sensíveis as geadas. Na nossa região, são cultivadas ao ar livre, em cultura de Primavera/Verão, não tendo especiais exigências quanto ao tipo de solos, apesar de preferirem um solo propício que seja profundo e bem drenado.

Os frutos tem dimensão significativa, são consumidos, em regra, no estado maduro, pelo homem, sendo por vezes também utilizados na alimentação animal. Em algumas regiões as suas sementes são também consumidas. Os seus frutos possuem uma grande capacidade de conservação, que pode atingir vários meses à temperatura ambiente e sem exigências especiais.

A abóbora além de ser um delicioso alimento também é fonte de vários nutrientes. Ela é rica em vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e é uma fruta de baixa caloria. É considerada uma fruta com propriedades medicinais indicada para combater inflamação das vias urinarias, infecções dos rins, inflamação do fígado e baço, além de ser vermífuga, estomáquica, anti-febril, hepática e muito usada para combater a náusea. Em pessoas que enfrentam problemas digestivos, a abóbora é muito recomendada por possuir um alto teor de fibra, o que contribui para ajudar na digestão adequada.

Seja doce ou salgado, as abóboras contribuem na cozinha com sua polpa, folhas, Flores e até sementes.

Saborosa, a Abóbora na Bahia detém vasto rceituario, que vai desde o Escondidinho, passando pelo Quibebe, faz parte também do Cozido típico, e também assado servido com Melaço é iguaria fina no café da manhã.

Na Doçaria típica encontramos o doce de Coco com Abóbora, a Ambrosia e as compotas na Cal vigem.

Delas tudo se aproveita: polpa e casca, semente, flor e folha. As abóboras fazem parte de uma grande família, as cucurbitáceas, e são americanas de raiz. Estudos mostram que já se cultivava abóbora no Peru há quase 10 mil anos. No século 16, descobridores espanhóis e portugueses botaram as abóboras na bagagem, e da Europa elas se espalharam pelo resto do globo. No Brasil há uma grande variedade delas, mas algumas acabam aparecendo mais, em razão de vantagens produtivas ou comerciais.

Na cozinha, não importa o tipo, sempre haverá inúmeras maneiras de transformá-las em pratos doces ou salgados. A semente vira petisco, as folhas podem ser refogadas e suas flores, empanadas, são uma delícia. Generosas, as abóboras adoram a companhia de especiarias e ervas aromáticas. Com elas, é difícil errar.



1. Moranga: é uma das mais vistosas. A variedade que conhecemos hoje foi melhorada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e lançada em uma exposição agrícola, em 1951. No Norte-Nordeste do Brasil, a moranga e suas parentes são conhecidas como jerimum. Entra em receitas de doces e no tradicional camarão na moranga. Também é muito apreciada cozida na água e misturada ao leite adoçado. Na versão míni, serve mais como decoração e pede recheios saborosos, por ter pouca polpa e pouco sabor.

2. Abóbora paulista: o tamanho varia, assim como a coloração da casca rajada de verde. Quando fica mais madura, o verde-claro dá lugar a um tom mais amarelado. O nome muda de acordo com a região. Em Goiás, por exemplo, é conhecida como abóbora goianinha. De polpa mais firme, fica ótima em refogados, saladas e doces. Para um acompanhamento rápido, basta cortá-la ao meio e levar ao forno com ervas.

3. Abóbora japonesa: também conhecida como cabotiá, é resultado do cruzamento entre duas espécies, Cucurbita maxima e Cucurbita moschata. A rígida casca verde-escura protege a polpa densa e macia, sem muita água. Fica bem assada com casca (que amolece e pode ser consumida) e cozida no vapor. Rende uma sopa cremosa e um purê lisinho, muito saboroso.

4. Abóbora de pescoço: impressiona pelo tamanho. As que passam dos 80 cm também são conhecidas como abóbora-canhão. As maiores são aproveitadas pela indústria de doces. Mais fibrosa, é ideal para fazer compotas com especiarias e coco. Também fica boa em preparações salgadas, como quibe, em pães e tortas.

5. Butternut: apreciada nos Estados Unidos e muito consumida na Argentina, foi introduzida no país há pouco tempo. O sabor levemente adocicado se acentura conforme ela amadurece. Rende tortas doces, bolos, sopas e pode ser assada e grelhada. Acompanha bem carnes na churrasqueira. 


Cucurbita maxima, conhecida popularmente como abóbora-menina, abóbora-gigante, abóbora-grande e cuieira, é uma planta da família das cucurbitáceas. Possui um grande fruto, cuja casca é utilizada para se fazer cuias, tigelas etc.


Cucumis anguria L, Maxixe 

O maxixe (Cucumis anguria L.) é uma espécie olerícola de origem africana, introduzida no Brasil pelos escravos e bastante cultivada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Seus frutos são pouco calóricos e fonte de sais minerais.

Maxixe é uma hortaliça super nutritiva introduzida no Brasil na época colonial. Originário da África, o maxixe chegou ao país por intermédio dos escravos. Uma vez no Brasil, não demorou a integrar a culinária nordestina, tornando-se um dos ingredientes típicos.

Seu nome, “maxixe”, se origina do Banto, uma das línguas africanas. Ele compõe a família da melancia, abóbora, melão e pepino. Sua aparência é de uma trepadeira, uma planta rasteira e natural dos climas quentes.

Nos países latinos, é consumido largamente pela culinária popular. No Brasil, sobretudo nas regiões norte e nordeste, o maxixe é um ingrediente tradicional em cozidos, moquecas e ensopados.

De modo igual, é comum encontrar maxixe recheado, inspirado principalmente na herança da culinária árabe. De acordo com a gastronomia africana, as folhas do maxixe são comestíveis e nutritivas. Se refogadas, seu sabor assemelha-se a um tradicional espinafre.

As propriedades do magnésio e cálcio presentes no vegetal e também em diversas receitas com maxixe são de grande ajuda para a saúde venosa e cardiovascular, bem como na manutenção óssea.

Cucumis anguria, conhecido popularmente como maxixe, é uma planta rasteira ou trepadeira anual e de clima quente. Seus frutos comestíveis, chamados de maxixe ou galinha-arrepiada, têm casca verde, são ovalados e possuem pequenos espinhos moles e não pontiagudos. Suas sementes são achatadas. 

O maxixe é uma hortaliça que pertence à família das Cucurbitáceas, bastante consumida no Norte e Nordeste do país e ao longo dos anos vem sendo cultivada pelos agricultores familiares de modo tradicional na forma rasteira, o que induz a depreciação comercial dos frutos devido ao contato com o solo. 

Várias técnicas tem sido implementadas para o cultivo das hortaliças fruto, sendo o tutoramento uma das mais utilizadas para promover aumento da produtividade e principalmente melhorar a qualidade dos frutos. 

Na Bahia come-se na Maxixada, no Cozido tradicional, ao Leite de Coco e até seco em Azeite.

Nomes Populares: Bucha - bucha dos pescadores, bucha dos paulistas, fruta dos paulistas, quingombô grande, esponja vegetal, esfregão, pepino bravo.

 Nome Científico: Luffa cylindrica - bucha / Luffa operculata - buchinha do norte - família das Cucurbitáceas

 Origem: Ásia, África e Nordeste do Brasil.

 Características: 

A bucha é uma trepadeira anual de verão, da família das cucurbitáceas (mesma família do pepino, melancia e abóbora), famosa por fornecer uma esponja fibrosa, oriunda de seus frutos, muito útil na higiene pessoal e limpeza geral. Seu caule é ascendente e herbáceo, com gavinhas, e suas folhas são grandes, lobadas e dentadas, recobertas por pêlos finos.

A Buchas vegetal verde são deliciosas refogadas e temperadas com cominho, temperos verdes, e tomate, ou mesmo com Azeite de Dendê e Camarão seco.Combinam muito bem com mariscos e frutos do mar.

Isso mesmo: bucha vegetal verde é um legume que pode ser refogado para complementar refeições muito saborosas! Na aparência, é semelhante a um pepino grande, de mais de 20 cm. No sabor, a bucha verde é um pouco adocicada, mas pode render um refogado salgado excelente.

A bucha comestível chegou ao Brasil pelas mãos dos imigrantes asiáticos; na China, nas Filipinas e na Tailândia, ela é bem comum nos pratos, sempre refogada com alguma carne ou com soja e também recheada com carnes e queijos, semelhante a como se faz com as abobrinhas (de quem a bucha é “parente”). Por lá também é comum colocar as sementes para torrar (no sol ou no formo) e comê-las como petiscos, a exemplo das sementes de abóbora e de girassol.

É importante destacar aqui que estamos falando da bucha lisa e da bucha de costela, maiores e mais suculentas, pois a buchinha do norte, menor e espinhosa, é tóxica e pode levar a hemorragias e até ser abortiva.

Propriedade medicinais: 

A polpa do fruto da luffa cylindrica madura é usada pelo povo como purgativa e vermífuga. Infusão com 8 gs para um copo de água fervida. Caules e folhas têm seu uso popular nas pertubações do fígado, prisão de ventre e anemia.

A polpa do fruto da luffa operculata é usada popularmente para combater a sinusite: coloque meia buchinha do norte seca, sem pele e sem sementes em um litro de água, fervendo por dois minutos. Deixe amornar tampado, coe, acrescente 1 colher sopa de sal de cozinha, mexa bem e pingue duas gotas em cada narina a cada quatro horas por no máximo quatro dias.

Lagenaria siceraria é uma espécie de Lagenaria.

É popularmente conhecida como porongo, purunga, purungo, porongueiro, porangueiro, cabaça, calabaça, abóbora-d'água,cabaceiro-amargoso, cabaça-amargosa, cabaça-de-trombeta, cabaça-purunga, cabaço-amargoso, cuietezeiro, cuietezeira, taquera, colombro e cocombro. É nativa da África e da Índia.

Seus frutos são utilizados para se fazer cuias e cabaças.

O porongo (Lagenaria siceraria) é uma planta parente da abóbora, do chuchu e a da abobrinha, que possui frutos e brotos comestíveis.

Existem dois tipos, de frutos arredondados, não se presta para fazer cuia, porque sua casca é fina e a cuia racha com facilidade.

Ele pode ser consumido ainda verde, com as sementes tenras - no mesmo ponto de colheita da abobrinha e do pepino, por exemplo. Já outras variedades de caxi, como a que dá a cuia e tantos porongos para artesanato, devem ser colhidos ainda bem jovens e tenros.


Abobrinha, jerimum-mirim, courgette, curgete, abóbora-moganga, abóbora-porqueira, abobrinha italiana, jerimum, abóbora-carneira, abóbora-de-porco ou abóbora-moranga é uma planta pertencente à família das cucurbitáceas, assim como a melancia, o melão, o pepino e a melancia.

Abóbora (Cucurbita pepo) é nativa da América Central, especialmente do México, onde tem sido cultivada há milênios. Depois que os espanhóis descobriram a América, a abóbora foi trazida para a Europa e Ásia, onde foi recebida como um vegetal barato e nutritivo. 

Abóbora ou aboboreira é o nome dado ao fruto e a planta de diferentes espécies do gênero Cucurbita. As espécies mais conhecidas são a abóbora-rasteira (C. moschata) e a abobrinha-italiana, abobrinha-de-moita ou abobrinha-de-árvore (Cucurbita pepo).

Cucurbita pepo apresenta hastes bem curtas e grossas que produzem muitas folhas verde-escuras, grandes, com recortes profundos, formando em geral 5 lobos que por sua vez são recortados. Este conjunto constitui a "moita" que confere um dos nomes populares a esta espécie.

Suas flores têm cor amarelo vistoso e são diclinas (unissexual, apresentam sexos separados). As flores masculinas, mais numerosas que as femininas, desabrocham primeiro e seus grãos de pólen são viscosos.

Os cultivares mais importantes são:

Caserta, de origem norte-americana, tem grande aceitação no Brasil. Suas plantas eretas atingem 0,80 cm de altura e apresentam folhas com lobos profundos próximos da nervura central e de cor verde escuro. Os frutos, no momento da colheita (imaturos e tenros), são compridos, cilíndricos, afinando-se um pouco na região do pedúnculo e de cor verde claro. Alcançam em média 16 cm de comprimento, 4 cm de diâmetro e 180 g de peso.

Cocozelle, de origem canadense, apresenta folhas verde-escuras fendidas com 5 lobos subdivididos formando a parte aérea da planta que alcança em média 58 cm de altura. Os frutos imaturos e tenros, próprios para consumo, apresentam coloração verde-escura com estrias de cor mais clara e, em média, comprimento de 15 cm, diâmetro de 3,5 cm 90 g de peso.

Uso popular e medicinal 

A abóbora tem sido muito utilizada como medicamento na América Central e Norte.

É um remédio suave e seguro para uma série de queixas, especialmente como um removedor de tênia (parasita) eficaz em crianças e mulheres grávidas para quem atos mais agressivos e tóxicos não são adequados.

As sementes são ligeiramente diuréticas e vermífugas. A semente junto com a casca é usada para remover tênia. Primeiro moer em uma farinha fina e depois transformar em uma emulsão com água e ingerida. É necessário tomar um purgativo em seguida, para expulsar os parasitas do corpo.

A semente é também usada para tratar a hipertrofia da próstata. Por ser alta em zinco, tem tido sucesso nos primeiros estágios dos problemas da próstata.

A ação diurética tem sido utilizada no tratamento de nefrite e outros problemas do sistema urinário.

As folhas são aplicadas externamente às queimaduras. Nesses casos são também usadas a seiva da planta e a polpa da fruta. Na forma de decocção, a polpa das frutas serve para aliviar a inflamação intestinal.

As sementes contêm quantidades consideráveis ​​de proteína (35%) e aproximadamente 50% de óleo fixo, cujo perfil de ácidos graxos é dominado pelos insaturados linoleico e oleico. Existem muitos traços de tocoferóis (0,1%) e fitoesteróis (total 0,1 a 0,5%).

A cor verde escura do óleo da semente é causada por carotenoides (15 ppm, principalmente luteína) e ainda mais por porfirinas (13 ppm, principalmente clorofila b e feofitina a).

NOME INDIGENA: CRUÁ vem de A-CARA-IBÁ originário da língua Guarani que significa “Fruta semelhante a batata do cará”. Também recebe os nomes de: Jamelão, Cassabana, Melão de cipó, Melão caboclo, Melocotão, Cruá vermelho e Cruá roxo a depender da variedade. É importante notar que a classificação das duas variedades ou espécies ainda carecem de estudos aprofundados.

Essa fruta tem origem brasileira e peruana, mas se espalhou por toda a América Tropical, tem preferência por regiões de climas quentes. A planta é rasteira ou trepadeira, com ramos quadrangulares, seu fruto é cilíndrico e pode variar de laranja avermelhado até a cor roxa em algumas espécies!

Quando madura tem polpa saborosa e fortemente aromática (por isso seu nome cientifico é Sicana odorifera Naud.), pode ser consumida crua ou usada para fazer geleias, sucos, sorvetes, compotas e purês quando ainda está verde pode ser consumida como hortaliça.

Recursos genéticos de cucurbitáceas convencionais e subutilizadas no estado da Bahia, Brasil 

José Geraldo de Aquino Assis, Daniela Correia Leite Andrade, Paulo Prates Júnior, Rita Mércia Estigarribia Borges, Rita de Cássia Dias de Souza.

A família das Cucurbitáceas é uma das mais importantes famílias de plantas utilizadas e comercializadas no mundo abrangendo o Velho e o Novo Mundo (Bisognin, 2002).

Além de servirem de alimento ao homem desde a antiguidade até os dias de hoje, os frutos de algumas espécies são utilizados também para alimentação animal e ainda como fontes de óleos, proteínas e fibras, e matéria-prima para fabricação de garrafas, cachimbos, instrumentos musicais, máscaras e esponjas utilizadas para higiene pessoal (Bisognin, 2002; Feijó, 2005). Segundo Esquinas-Alcazar e Gulick (1983) e Nuez et al. (2000), esta família apresenta um equivalente a 118 gêneros e cerca de 825 espécies, com distribuição predominantemente tropical, sendo nove gêneros e 30 espécies cultivadas. Dentre as utilizadas pelo homem, encontram-se espécies originadas e domesticadas em diferentes continentes: na África, espécies do gênero Citrullus e a espécie Cucumis anguria; na Ásia, Cucumis sativus, Momordica charantia, Luffa cylindrica e Cucurbita spp., Cucumis spp., Lagenaria siceraria, Luffa cylindrica que foram introduzidas há muitos anos e cultivadas até os dias de hoje na agricultura de sequeiro, em pequenos estabelecimentos agrícolas, tendo dado origem a inúmeras variedades tradicionais (Queiroz,1993). Estas variedades tradicionais principalmente de abóbora, melão e melancia estão sofrendo forte pressão de extinção, sejam através do processo de substituição das variedades crioulas por variedades comerciais (Barbieri, 2003) ou abandono do cultivo pelos pequenos produtores como consequência das secas prolongadas ou pelo êxodo rural (Silva et al., 2010). 

Apesar do grande avanço da agricultura moderna, a agricultura familiar, sobretudo quando conduzida em modelos tradicionais, é responsável pela manutenção de um patrimônio estratégico, que é a conservação das sementes de variedades crioulas e tradicionais de várias espécies.

A agricultura moderna, em geral, implica na substituição de cultivares primitivas por outras melhoradas que, somada a outros fatores como a inadequação de métodos de conservação de germoplasma, o aumento da população, a industrialização, as calamidades naturais e a expansão das fronteiras agrícolas, contribui para o desaparecimento de parte dos recursos fitogenéticos, causando a erosão genética (Choer et al., 2001), ameaçando tanto as espécies cultivadas quanto as espécies silvestres

L.acutangula; nas Américas, espécies dos gêneros Cucurbita, Lagenaria e Sechium e as espécies Sicana odorifera e Luffa operculata. Existem registros arqueológicos da associação entre o homem e o gênero Lagenaria no Peru desde 11.000 a 13.000 A.C., bem como algumas espécies de Cucurbita cultivadas na Américas Central e do Sul pelos Maias, Incas e Astecas (Esquinas-Alcazar e Gulick, 1983). 

As principais espécies de expressão econômica pertencem aos gêneros Citrullus (melancia), Cucumis (melão, maxixe e pepino), Cucurbita (abóbora, jerimum caboclo e abobrinha), Lagenaria (cabaça), Sechium (chuchu). 

Destas espécies, melancia, melão, pepino e abóbora, representam um total de 20% na produção deoleráceas no mundo inteiro (Almeida, 2002), sendo que a melancia é a principal cucurbitácea cultivada ao nível mundial, seguida pelo pepino e em uma menor quantidade pelos melões e abóboras. No Brasil, a região do Nordeste dispõe atualmente de inúmeras espécies de cucurbitáceas, a exemplo das espécies, Citrullus spp.,

Diagnóstico das espécies de cucurbitáceas 

encontradas no comércio no estado da Bahia: Dos 50 questionários aplicados, cerca de 70% foram em feiras livres e 30% nas centrais de abastecimento de Vitória da Conquista e Juazeiro. 

Foram registradas as seguintes espécies: Cucurbita moschata, abóbora (em 67% dos estabelecimentos), Citrullus lanatus, melancia, (50%), Cucumis melo L., melão (50%), Cucurbita maxima, jerimum (48%), Sechium edule, chuchu (48%), Cucumis sativus L., pepino (45%), Cucumis anguria L, maxixe (37%), Luffa cylindrica (L.) Roem, bucha (12%), Lagenaria siceraria (Mol.) Standl, cabaça (12%), Cucurbita pepo L., abobrinha (13%) e Sicana odorífera Naud., cruá (8%). 

Estes dados confirmam a dicotomia entre espécies convencionais (melancia, melão, jerimum, chuchu, pepino e abobrinha) e subutilizadas (maxixe, bucha, cabaça e cruá), destacando-se a frequência e expressão local razoáveis do maxixe em todas as localidades onde se fez o levantamento, sendo uma espécie consumida e apreciada, sobretudo nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil (Melo e Moreira, 2007). 

A bucha vegetal e a cabaça representaram um total de comercialização de 12% cada uma. Ainda que seja um valor baixo, estas duas espécies estão cada vez mais sendo comercializadas, uma vez que a sua utilização para desempenhar determinadas funções tem aumentado a procura e a demanda, além do fato de serem espécies que crescem espontaneamente em solos, o que não requer custos para o cultivo das mesmas. 

A caracterização morfológica buscou identificar o padrão de exigência feito pelos estabelecimentos comerciais e consumidores destas hortaliças e frutas. 

A maioria das espécies apresentou tamanhos variáveis de fruto. Observou-se também grande variação de formato em Cucurbita moschata e C. maxima. Em melancia, a predominância do formato redondo está associada a uma preferência pelo padrão da cultivar de origem americana conhecida como “Crimson Sweet” e uma consequente troca de pool gênico com genótipos tradicionais.

Os frutos de chuchu, pepino, abobrinha, bucha, cabaça e cruá são quase exclusivamente de formato alongado.

Em relação à coloração dos frutos, não existe uma ampla variação de fenótipos das espécies cultivadas. Elas obedecem a um mesmo padrão quanto às características da cor, seja na cor da casca, da polpa, ou da semente. As exceções são observadas em abóbora, jerimum, melão e o cruá com variações fenotípicas observadas na cor da casca e ainda para o melão que apresenta variação fenotípica na cor da polpa. 

Para a abóbora, dois tipos de coloração de casca são encontrados com alta frequência: a cor bege, em 90% dos estabelecimentos, e a cor da casca verde com manchas abóbora num total de 65%. Para o melão, a cor da casca predominante é a amarela com um total de 94%, seguida em menor expressão pelo melão verde (pele de sapo) e uma menor quantidade pelo melão tipo orange. Isso retrata a grande importância e expressão econômica do melão comum ou melão amarelo que, segundo Broglio et al. (2010) teve um incremento de 773% entre 1987 e 2005 no Nordeste brasileiro. Quanto ao cruá, uma espécie subutilizada de menor expressão econômica, predomina a coloração da casca no tom avermelhado (80%), sendo que a cor vinho representa apenas 20%. 

A variação na cor da casca desta espécie foi descrita por Lorenzi et al. (2006), que informaram ainda que o cruazeiro foi bastante cultivado no passado e raramente é encontrado em seu habitat natural no Sul do Brasil. 

A Sicana odorífera é nativa da América e segundo Montano et al. (2007), seu cultivo tem sido difundido através do México, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Porto Rico, Cuba, Panamá, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. No Brasil, é encontrada nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Nas feiras livres dos municípios da Chapada Diamantina (Morro do Chapéu, Piatã e Abaíra)identificou-se a comercialização de diversas espécies e/ou variedades tradicionais, além de usos pouco comuns para espécies amplamente utilizadas. 

Dentre as hortaliças identificadas ressalta-se o xobó, maxixe-do-reino, maxixe-de-europa ou quiabo-mole (Cyclanthera pedata L. Schrad.), utilizado cru em salada em  substituição ao pepino ou mesmo refogado; o caxixe ou caxia (Lagenaria sp.) e um tipo de melancia denominado localmente de caiana, utilizados em refogados devido ao mesocarpo carnoso; o maxixe, com tipos de espiculosidade e tamanho variáveis, incluindo um tipo predominantemente liso e anguloso, também utilizadoem refogados; uma hortaliça pouco difundida de nomecomum maxixão e nome comercial “kino” ou “kiwano”, Cucumis metuliferus E. Mey Ex Naud, uma espécie originada da África, cujo cultivo no Brasil tem sido recente e ainda pouco difundido (Souza et al., 2006) e, ainda, o chuchu (Sechium edule (Jacq.) Sw.) com variação em cor, tamanho e presença de espículos. 

Queiroz (2011) relatou a ocorrência rara C. metuliferus em áreas de vegetação espontânea espécie com fruto sem sabor amargo, porém, com espículos marcantes nofruto, e usados para salada quando verdes e do Cucumis dipsaceus, que ainda conserva o saber muito amargo da cucurbitacina. Além destes, foram encontrados: bucha vegetal (Luffa cilyndrica M. Roem); cabaça (Lagenaria siceraria (Mol.) Standl.); cruá (Sicana odorifera Naud.); variedades crioulas de melão (Cucumis melo L.), chamadas de melão coalhada ou melão do sertão (maracujina), produzido em pequena escala, principalmente para produção de suco; maxixe italiano, usado em saladas e buchinha (Luffa operculata Cong), de uso medicinal também observada em feiras livres de outros municípios do estado.

No Brasil, existe registro da comercialização de medicamentos à base de Luffa operculata autorizado pela ANVISA, indicado para o tratamento de rinossinusites (Salviano, 1992). 

 Diante do levantamento das espécies comercializadas em feiras livres e CEASAs, revela-se uma razoável variabilidade genética existente nas populações. Esta variabilidade é encontrada provavelmente devido a um amplo fluxo de materiais cultivados entre as diferentes regiões de cultivo destas culturas no território nacional e à manutenção de variedades tradicionais por pequenos agricultores ou pela ocorrência espontânea de algumas destas espécies.

Comentários

Postagens mais visitadas