COMIDA MULTICULTURAL EM LONDRINA



Resgatar a culinária de Londrina, desde as primeiras missões da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), em 1924, até os dias atuais, com as influências das quase 40 etnias que chegaram à terra roxa. Esse é o grande objetivo do livro “Comida Multicultural em Londrina – Um prato cheio de história”, escrito por Bernardo Pellegrini e Maurício Arruda Mendonça. 

O livro tem o patrocínio da BO Paper e do Moinho Globo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, com apoio cultural da Hemize Projetos e realização do Instituto José Gonzaga Vieira e Ministério da Cultura. O lançamento será no próximo domingo (11), a partir das 11h, no Mercadão da Prochet, com apresentação gratuita de Derico e Orquestra de Metais de Londrina.


“A gente parte desde a primeira ideia de criar Londrina, que começou com um banquete do Lorde Lovat, de Simon Fraser, entre outros, em 1924, até chegar em Londrina em 1929, começar a cidade em 1930. A gente fez uma pesquisa bem bacana que que mostra como era a comida dos mateiros, dos indígenas, passando pelos anos 1950, do que se comia e se preparava nos sítios, a comida boêmia”, explica Maurício Arruda Mendonça. De acordo com ele, o livro resgata e registra ainda histórias de estabelecimentos que ficaram marcadas na afetividade do londrinense. O livro será distribuído gratuitamente no dia do lançamento, em troca de 3 kg de alimento não perecível que serão doados.

Bernardo Pellegrini aponta que o livro vem preencher uma lacuna histórica de Londrina. “Queremos resgatar a história da comida de gente do mundo inteiro, dos caipiras, do alemão, do japonês, do mineiro, do pernambucano. As pessoas experimentavam as comidas dos vizinhos. E hoje nós podemos tranquilamente comer um tabule, junto com uma costela e um macarrão”, ressalta. Segundo o autor, foram entrevistadas diversas pessoas, desde chefs de cozinha até donos de restaurantes, mesmo os que já não existem mais. Ao fim, os escritores concluíram que a comida londrinense é uma fusão da comida paulistana, dos tropeiros, com o que os indígenas ensinaram além das influências da gastronomia dos países de origem dos imigrantes.

Se Londrina tem um prato típico? Embora não seja essa a proposta do livro, os autores perceberam que algumas comidas fazem parte da identidade da cidade, como a galinhada da madrugada, além do bolinho de carne.

“Evidentemente, as pessoas vieram com os seus usos e costumes, com a sua culinária, o seu modo de preparo. As várias populações que nos formaram trouxeram seus modos de preparo, de sabores, e fizeram uma culinária adaptada à região, ao que se pode dispor na natureza. Então, a gente constata mesmo que Londrina tem essa vocação multicultural, múltipla de várias etnias colaborando”, ressalta Maurício Arruda Mendonça.

O livro tem edição de Marco Pelegrini, da Pelle Editorial, com projeto gráfico da Visualitá Gestão em Design Estratégico. Além de ser trocado por 3 kg de alimentos não perecíveis no dia do lançamento, a publicação também será distribuída em escolas e outros pontos importantes, como recepções de hotéis.


Da Redação

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