QUEM CONHECE PETA? BISCOITO DE POLVILHO: UMA UNANIMIDADE NACIONAL

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Também conhecido como avoador, biscoito de goma, biscoito de vento, peta, xiringa ou biscoito voador, essa iguaria é um clássico da culinária brasileira. Popular, rústico e democrático, o biscoito de polvilho ganha formas diversas de acordo com a região: pode ser aro, palito, bolinha ou disco.

Em muitas versões, a massa recebe toques especiais com ingredientes como queijo, cominho, erva-cidreira, orégano ou até alho. É amplamente consumido em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, mas também está presente em São Paulo, na região Centro-Oeste e no Paraná — onde, em algumas localidades, é figurinha certa em qualquer comércio.


Neste vídeo da @helenamorimoficial, ela ensina de forma fácil a preparar Peta.

As origens exatas da receita são incertas, mas Câmara Cascudo registra que, no século XVIII, as cozinheiras das fazendas mineiras já preparavam biscoitos de polvilho para servir aos senhores.

Devemos aos povos indígenas o conhecimento e uso do polvilho e das farinhas derivadas da mandioca — um dos maiores legados à culinária brasileira.

A escritora Maria Stella Libânio, mãe de Frei Betto, em seu livro antológico Fogão à Lenha, chegou a registrar centenas de receitas baseadas nos diferentes tipos de polvilho.

A origem do nome "PETA" para o biscoito de polvilho é um pouco nebulosa — como acontece com muitos nomes populares transmitidos oralmente —, mas há algumas hipóteses interessantes:

📌 1. Origem popular e regional

"Peta" é um termo de uso regional, muito comum em Minas Gerais, Bahia, Goiás e Distrito Federal. É uma forma carinhosa e reduzida de se referir ao biscoito de polvilho assado, geralmente feito em casa ou vendido por quitandeiras.

O nome pode ter surgido da tentativa de diferenciar essa receita mais simples e aerada de outras "quitandas" (biscoitos, bolachas, broas) tradicionais da roça. Era o "biscoitinho leve", que estufava e estalava na boca, diferente das broas mais pesadas.

📌 2. Linguagem infantil ou afetiva

Algumas fontes sugerem que o termo "peta" pode ter origem na linguagem infantil ou afetiva usada em casa, como muitos nomes de comidas simples do interior, em que os filhos pequenos ou avós acabavam nomeando um prato com palavras de fácil pronúncia. Como "peta" é curto e sonoro, pode ter se consolidado assim.


📌 3. Relação com a palavra "mentira" (peta)


No português arcaico e também em alguns dialetos regionais, "peta" significa mentira ou coisa falsa. Há quem brinque que o biscoito de polvilho seria uma "peta" porque parece grande e cheio, mas ao morder… é só ar, vento e crocância! Isso é mais uma brincadeira de fundo etimológico do que uma explicação definitiva, mas aparece em algumas tradições orais.


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