CIÊNCIA CONFIRMA EFICÁCIA DA KOMBUCHA
A novidade vem da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que publicou o primeiro ensaio clínico em humanos avaliando os efeitos do consumo regular de kombucha sobre a saúde intestinal.
E os resultados são fascinantes.
Durante 8 semanas, 48 adultos — com e sem obesidade — beberam 200 mililitros de kombucha por dia, sem mudar nada mais na alimentação ou na rotina. Os exames de sangue, urina e fezes realizados antes e depois do período revelaram mudanças importantes na microbiota intestinal:
Aumentaram bactérias benéficas como Akkermansia e Subdoligranulum, associadas a menor inflamação e melhor sensibilidade à insulina.
Diminuíram gêneros como Ruminococcus e Dorea, geralmente associados à obesidade e distúrbios metabólicos.
Houve melhora no equilíbrio das leveduras intestinais, com mais Saccharomyces e menos fungos como Candida e Rhodotorula.
A chave de tudo isso está nos 145 compostos fenólicos identificados na kombucha — substâncias naturais presentes no chá, frutas e vegetais, que atuam como prebióticos e criam um ambiente favorável à saúde intestinal.
Embora não tenham sido observadas mudanças significativas em marcadores como ácidos graxos de cadeia curta ou permeabilidade intestinal, os autores do estudo destacam a importância da microbiota fúngica — muitas vezes negligenciada — como elemento essencial para a saúde.
Os pesquisadores da UFV defendem que novos estudos, com mais participantes e períodos mais longos, devem ser realizados. Mas o caminho já está aberto: a kombucha se confirma como uma potente aliada da saúde intestinal.
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