EMPREENDEDORES DA AMAZÔNIA APOSTAM NA CULINÁRIA LOCAL COMO DESTAQUE DA COP30

A cinco meses do evento, uma rede crescente de empreendedores, chefs e produtores locais já se mobiliza para transformar a biodiversidade amazônica em experiências culinárias inesquecíveis para os milhares de visitantes esperados. A proposta é que a culinária também atue como ferramenta de sensibilização sobre os modos de vida da floresta, a sustentabilidade e a economia regenerativa.

No cardápio dessa mobilização, destacam-se ingredientes emblemáticos da região, como o tucumã, a pupunha, o puxuri (uma semente aromática com notas que lembram noz-moscada), a flor de jambu (famosa pela sensação de dormência que provoca) e até a vitória-régia, símbolo da Amazônia que vem sendo explorada com criatividade por chefs locais. Esses insumos não apenas encantam pelo sabor exótico, mas também representam cadeias produtivas sustentáveis e integradas aos saberes tradicionais.


Uma das protagonistas desse movimento é Joanna Martins, diretora da Manioca, uma empresa paraense que desenvolve produtos alimentícios a partir de ingredientes amazônicos. Associada ao ASSOBIO (Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia), Joanna destaca a importância da culinária como ponte entre a bioeconomia, o turismo e a valorização cultural:

> “Por meio de reuniões, conversas e projetos, estamos incentivando que restaurantes, bares e hotéis de Belém se arrisquem mais, ousem na criatividade e incorporem os sabores que só existem aqui. Queremos proporcionar uma experiência sensorial única para todos que estiverem na cidade durante a COP30”, explica.

Fundada em 2014, a Manioca surgiu com o propósito de levar os sabores da Amazônia para outras regiões do Brasil e do mundo, democratizando o acesso a ingredientes como o tucupi preto, a farinha de Bragança, o jambu e o cupuaçu. Ao conectar saberes tradicionais, inovação e cadeia produtiva justa, a empresa se tornou referência na chamada sociobioeconomia amazônica — um modelo de desenvolvimento que alia conservação ambiental, justiça social e geração de renda.

A expectativa é que a COP30 não apenas impulsione discussões globais sobre o futuro do planeta, mas também promova negócios sustentáveis locais, valorize os modos de vida das populações tradicionais e fortaleça uma nova narrativa sobre a Amazônia: viva, criativa e protagonista de soluções climáticas e alimentares para o mundo.


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