📚 PESQUISA DESTACA A POTÊNCIA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA LUTA PELO RECONHECIMENTO QUILOMBOLA

Pesquisa bibliográfica analisa o percurso histórico do termo quilombo e a relação entre território, identidade e etnicidade no processo de reconhecimento dessas comunidades.

O TERREIRO E O LUGAR DENTRO DOS TERREIROS: A DOCÊNCIA E O RECONHECIMENTO DESSE PATRIMÔNIO CULTURAL

Os aspectos maléficos da escravidão e seus derivados geraram efeitos danosos às populações africanas e afrodescendentes, sendo considerado o maior crime que a colonização cometeu contra a humanidade. Apagaram do imaginário social de muitas gerações que passaram pela escola, os repertórios culturais de matriz afro e as africanidades nas suas mais diversas expressões e manifestações.

O apagamento e a negação da ancestralidade na escola foram piores às religiões de base africanas. A exemplo dessa informação, temos as casas religiosas de Umbanda e Candomblé, marcadas por preconceitos e discriminações, sofrendo na sua plena dimensão cultural, o direito de se constituírem como religião. 

Nesse entendimento, os caminhos que nos conduziram até essa escrita têm a ver, notadamente, com os efeitos coloniais da supremacia branca que funciona pela eliminação da cultura africana e dos seus descendentes na diáspora negra, atrocidades cometidas na história do racismo religioso em que os umbandistas e candomblecistas são atacados por causa das suas religiões.

Vivenciando e experimentando as dores e mazelas desses ataques racistas, procuramos, através deste artigo, não permitir que a escola incumba os mesmos erros do passado com outras gerações. 

Nesse sentido ressaltamos a importância deste artigo, para ampliar o trabalho coletivo na superação dos conflitos étnico-raciais e combater o racismo religioso dentro e fora do âmbito escolar, evidenciando principalmente a valorização das expressões e singularidades marcadas na história do povo de terreiro em toda a sua diversidade cultural, admitindo que cada escola, em especial as públicas, tem esse patrimônio cultural -ancestral fincado nos territórios escolares.

Síntese do artigo “Extensão universitária e reconhecimento quilombola: uma relação positiva”

📚 Publicado na revista Olhares & Artefatos (2021)

O artigo aborda como as ações de extensão universitária têm contribuído positivamente para o reconhecimento das comunidades quilombolas no Brasil, a partir de uma análise teórica e bibliográfica. O estudo se debruça sobre o percurso histórico do termo quilombo, destacando a evolução de sua definição — de espaços de resistência durante o período colonial a territórios de identidade e ancestralidade no presente.

Um dos pontos centrais do texto é a discussão sobre a relação entre território, identidade e etnicidade. 

📚A construção do pertencimento quilombola não está apenas atrelada à posse de terra, mas ao reconhecimento coletivo de uma história comum, de práticas culturais específicas e da luta por direitos, como o acesso à educação, à saúde e à memória ancestral.

📚A extensão universitária é apresentada como um instrumento de diálogo e valorização dos saberes tradicionais, permitindo trocas entre os conhecimentos acadêmicos e os saberes das comunidades. As universidades, ao atuarem junto às comunidades quilombolas, reforçam o protagonismo desses povos na luta por seus direitos e pela preservação de seus modos de vida.

🔍 Pontos Importantes da Pesquisa

Releitura Histórica do Termo "Quilombo"

O artigo mostra como o termo “quilombo” deixou de ser visto apenas como “foco de rebelião” no período colonial e passou a ser compreendido como território de resistência, identidade e ancestralidade negra.

Essa mudança de perspectiva é fundamental para o reconhecimento político e legal das comunidades quilombolas no Brasil contemporâneo.

Reconhecimento Étnico e Identitário

A identidade quilombola é autodeclaratória, mas baseada em vínculos históricos e culturais coletivos.

O reconhecimento vai além da posse de terra: envolve a afirmação de uma etnicidade negra, a relação com o território e a preservação de práticas culturais e espirituais.

O Papel da Extensão Universitária

A extensão universitária é apresentada como uma ferramenta estratégica e política para a valorização das comunidades quilombolas.

Projetos de extensão favorecem o diálogo entre saberes acadêmicos e tradicionais, promovendo inclusão e visibilidade para os quilombos.

A universidade pode ser agente de transformação social, atuando como parceira na luta por direitos e reconhecimento dessas comunidades.

Dimensão Política da Extensão

A atuação universitária em territórios quilombolas tem um impacto que vai além da educação: contribui para fortalecer o protagonismo comunitário e para enfrentar o racismo estrutural.

A pesquisa reforça que essa relação deve ser construída com respeito, escuta ativa e valorização da autonomia quilombola.

Conflitos e Desafios

O artigo também reconhece os desafios na relação entre universidades e comunidades, como o risco de práticas colonizadoras ou de projetos que não respeitam o tempo e os modos de vida dos quilombos.


Destaca-se a necessidade de formações antirracistas nas universidades e de uma atuação baseada na interculturalidade crítica.

Leia artigo completo em https://africaeafricanidades.com.br/documentos/olharesartefatos2021.pdf#page=87


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