Qual o verdadeiro cuscuz? Felipe Neto provoca e crítica de gastronomia responde
O youtuber e apresentador Felipe Neto lanç a provocação nas redes sociais: qual o verdadeiro cuscuz? Primeiro, implicou com o cuscuz paulista.
Depois, fez outro postar como quatro fotos de diferentes versões do prato para o tira-teima. E, em seguida, deu seu veredicto: para ele, o verdadeiro cuscuz é o doce tradicional vendido no tabuleiro das baianas. Bastou para o assunto parar no trending topics do Twitter. Resolvemos cair de boca na polêmica e dar a nossa versão: a resposta certa vai depender principalmente de qual região do Brasil (e mesmo do mundo) você é. Simples assim.
De cara, o primeiro a sair de cena é o de grafia diferente: cuscuz. Como está escrito com todas as letras, não é um prato brasileiro. Ele é árabe, à base de um tipo de sêmola especial, que não temos por aqui. É o famoso cuscuz marroquino, que os árabes amam. O mundo também (estamos nessa).
Já cuscuz paulista, como o nome dá uma pista, é prato da pauliceia, um tipo de iguaria que, curiosamente e ao contrários das outras versões, é de pouca adesão entre os cariocas. Rita Lobo, no seu site Panelinha, dá uma boa turbinada e ensina para quem não sabe o que é: mescla farinha de milho com a de mandioca e mais camarão, cação, ovo, cebola, alho, tomate, leite de coco, salsinha, pimenta do reino e sal. Depois, enforma, decora e serve frio, para comer a qualquer hora do dia. Uma refeição.
Já nordestino que é nordestino, não vive sem um utensílio que atende pelo nome de "cuscuzeira", um tipo de panela de primeira necessidade, de beira de fogão. A parte inferior da panela é destinada para a água, que ao ferver libera o vapor para a parte de cima, onde fica disposta a farinha de milho. O vapor vai assando, a massa sem pressa, igualmente. A hora de comer é bem ao gosto do freguês: uma boa colherada de manteiga com sal, que derrete no ato, para acompanhar o café recém-passado. Também pode ser regado com leite de coco e açúcar. Se você pergunta a um paraibano, cearense ou alagoano qual o verdadeiro cuscuz brasileiro, é o amarelo, ô xente ...
Já a mesma indagação pode amarelar, ou melhor, esbranquiçar, se para dirigida a um baiano. O verdadeiro cuscuz? O branco, feito com tapioca, coco e açúcar. Os tabuleiros das baianas saíram de Salvador e ganharam o país. No Rio, fazem a alegria do carioca com um fio de leite condensado por cima.
Mas a prova mais eficiente de conferir os (muitos) tipos de cuscuz brasileiro, é dar um pulo na Feira de São Cristóvão: tem de tudo, mas amarelo enformado com camarão, tomate e ovo cozido, lá não tem disso não ..
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