Pesquisadores da USP ensinam como usar plantas alimentícias não convencionais na cozinha

Publicação apresenta receitas que podem ser feitas com plantas como beldroega, cambuquira, capuchinha, folha de batata-doce e taioba.

Você já ouviu falar de Panc? São plantas alimentícias não convencionais, como beldroega, cambuquira, capuchinha, coração de bananeira, feijão-guandu, folha de batata-doce, jaca verde, ora-pro-nóbis, peixinho, taioba e tupinambo. Se esses nomes soam estranhos ou então você não faz ideia de como consumi-los, o novo e-book Receitas com Panc pode ajudar.

O livro digital organizado por Ana Maria Bertolini e Gabriela Rigote, pesquisadoras da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, traz onze receitas simples com as Panc mencionadas acima. Além das receitas, o e-book também reúne informações iniciais sobre as plantas utilizadas. E, no fim, indica referências para quem deseja se aprofundar mais no assunto.

A publicação é um trabalho desenvolvido pelo Sustentarea, um núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, do qual Ana Maria e Gabriela são mentoras. De acordo com elas, o objetivo do e-book é fortalecer a criação e a manutenção de um sistema alimentar mais sustentável, nutritivo e biodiverso. O primeiro passo para isso é o modo como nos alimentamos, elas contam. “O intuito é propiciar a aproximação das Panc no cotidiano dos indivíduos por meio de receitas simples com as espécies mais tradicionais, que podem parecer novidade, mas fizeram parte da infância e da formação de hábitos alimentares de muitas pessoas.” 

Novos sabores

Pesto de capuchinha – Foto: Reprodução / Sustentarea

A capuchinha, por exemplo, pode ser usada para elaboração de molho pesto para macarrão. Na receita, as pesquisadoras indicam bater no liquidificador azeite, suco de limão e as folhas e flores de capuchinha, já lavadas. Também são incluídos castanha-de-caju, queijo parmesão e alho, além de sal e pimenta-do-reino a gosto. Ao chegar numa consistência cremosa o molho está pronto.

Outra indicação é o uso de folhas de batata-doce, que possuem um sabor suave como o espinafre cozido. Mas elas devem ser cozidas antes do consumo, pois este processo diminui os níveis de oxalato, substância que prejudica a absorção de nutrientes. Tanto os pecíolos como as folhas podem incrementar saladas, sucos, farofas e sopas.

O suco verde com folha de batata-doce pode ser feito batendo no liquidificador duas maçãs, um pedaço pequeno de gengibre, quatro folhas de batata-doce branqueadas, meio limão (só o sumo), quatro folhas de hortelã e 200 ml de água de coco.

Por dentro das Panc

Outra novidade do grupo Sustentarea é o lançamento de dois episódios com essa temática no podcast Comida que sustenta, com publicação mensal, que traz receitas, histórias e memórias de alimentos sustentáveis de todo o Brasil. Clique nos players abaixo para ouvir:


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O e-book está disponível para download na página do Sustentarea. Para acessá-lo, é preciso informar o nome e o e-mail em um formulário neste link.

Para mais informações, acesse: www.fsp.usp.br/sustentarea



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