Aqui é a Água Mineral!
A história de Lourdes Brazil, se confunde com a história da sua luta.
Lourdes Brazil é Diretora do Centro de Educação Ambiental Gênesis, Mestre Doutora em Ecologia Social (UFRJ), Especialista em Planejamento Ambiental, em Metodologia do Ensino Superior e Bacharel em Ciências Econômicas (UFF).
Ela tem participante ativa do Centro de Educação Ambiental Gênesis, luta em favor e na proteção da Mata Atlântica, Lourdes Brazil é um símbolo desta luta.
A instituição que tem como missão educar para a sustentabilidade, vem apresentar sua proposta de resgate da imagem do sub-bairro Água Mineral, como uma possibilidade de empoderamento comunitário e participação da população no processo de superação dos problemas socioambientais e construção da sustentabilidade local.
Além do resgate da história estamos realizando ações ambientais, sendo a mais importante a restauração da cobertura vegetal do fragmento de mata Atlântica existente no local.
A pequena parte que já foi restaurada apresenta uma biodiversidade majestosa, para um pequeno bairro: são mais de 300 pés de pau brasil, ipês de todas as cores, aroeira, palmeiras, arco de pipa e muito mais espécies.
Também há muitos pássaros. Todo esse patrimônio é desconhecido, assim como a história da Água Mineral. Ambos devem se transformar em motivo de orgulho!
Quem vive nos bairros considerados nobres sentem orgulho e exibem o endereço do local de moradia como um atestado de superioridade.
No entanto os ditos locais pobres possuem riquezas desconhecidas e quando conhecidas, são desvalorizadas.
Um exemplo é o sub-bairro Água Mineral, que já foi chamado de Águas Francesas porque possuía fontes de águas cristalinas. Cortado pelo rio Colubandê, afluente do rio Alcântara, está localizado no que restou do fragmento de Mata Atlântica, que até os anos 70 apresentava uma série de nascentes, a maior parte localizada no local que hoje é conhecido como grotão (VIEIRA et al., 2016; GOUVEIA, 2017; ERICK BERNARDES, 2019).
O sub-bairro também apresenta importância histórica, uma vez que em um dos seus pontos de formação montanhosa, os bebês indígenas, provavelmente da tribo dos tamoios que habitavam a região, eram apresentados por suas mães à lua. Também fez parte do percurso da 2ª corrida oficial de automóveis do Brasil (SAL, 2013).
Antigos moradores contam como o bairro era bonito e acolhedor, propiciando momentos de lazer, como pescaria, banhos de rio e água de qualidade das nascentes. Isso, porém foi interrompido a partir dos anos 70 com o loteamento e a instalação de empresas. Nos anos 80, a violência urbana, fez com que o local passasse a ser referência em violência no município de São Gonçalo.
O rio, as nascentes, o fragmento da mata Atlântica foram pouco a pouco destruídos. O rio se transformou em vazadouro de lixo doméstico e também de esgotos. Caminhando por suas margens é possível ver vários canos de despejo em suas águas. Na parte que corta o CEASA está praticamente morto e no centro do Colubandê recebe uma quantidade muito grande de lixo, proveniente dos serviços de ambulante e restaurantes.
Lourdes Brazil é Diretora do Centro de Educação Ambiental Gênesis, Mestre Doutora em Ecologia Social (UFRJ), Especialista em Planejamento Ambiental (UFF), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFF), Bacharel em Ciências Econômicas (UFF).
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