🔬 VOCÊ CONHECE JEANNE BARET? A MULHER QUE DESAFIOU O MUNDO — E OS MARES — PELA CIÊNCIA.
👩🔬 Nascida em 1740 na França rural, Jeanne Baret foi uma botânica autodidata com vasto conhecimento em plantas medicinais. Numa época em que as mulheres eram excluídas das ciências e da navegação, ela tomou uma decisão ousada: disfarçou-se de homem e embarcou como assistente do naturalista Philibert Commerson na expedição do explorador Louis Antoine de Bougainville, a primeira volta ao mundo realizada oficialmente pela marinha francesa (1766–1769).
"Jeanne Barré, graças a um disfarce, circunavegou o globo em uma das embarcações comandadas por de Bougainville. Dedicou-se em particular a auxiliar de Commerson, médico e botânico, e compartilhou seu trabalho e seus perigos com grande coragem. Seu comportamento foi exemplar, e de Bougainville reconheceu seus inúmeros méritos... Sua Alteza teve a gentileza de conceder a esta mulher extraordinária uma pensão de 200 libras, a ser retirada do fundo de inválidos, pensão essa que será paga a partir de 1º de janeiro de 1785."
🌿 Durante a expedição, Baret coletou, catalogou e estudou centenas de espécies vegetais, incluindo a famosa Bougainvillea, batizada por Commerson em homenagem ao capitão da missão — embora muitos historiadores acreditem que Jeanne teve papel fundamental em sua descoberta.
🔬 JEANNE BARET E AS PLANTAS ALIMENTÍCIAS: UMA VIAGEM PELO SABER BOTÂNICO
👩🔬 No século XVIII, uma mulher ousou desafiar as fronteiras da ciência e do mundo: Jeanne Baret, a primeira mulher a dar a volta ao mundo, disfarçada de homem, embarcou como assistente do botânico Philibert Commerson numa expedição de três anos (1766–1769), com a missão de estudar e coletar plantas ao redor do globo.
Jeanne contribuiu ativamente para o avanço do conhecimento científico sem jamais receber qualquer reconhecimento, exceto o de ser uma serva habilidosa. Pelo menos até ser descoberta. Sua identidade, de fato, passou despercebida por todos os tripulantes durante grande parte da viagem, até ser desmascarada pelos nativos taitianos (um evento registrado no diário de bordo e graças ao qual conhecemos essa história hoje).
🌿 O que nem sempre é contado é que muitas das espécies coletadas por ela eram plantas alimentícias e medicinais. Ervas, tubérculos, frutas, folhas — Baret ajudou a reunir centenas de exemplares usados pelas populações locais para alimentar, curar e manter vivas tradições seculares.
🍠 Em lugares como o Brasil, Madagascar, Maurício e Tahiti, Jeanne teve contato com sistemas alimentares profundamente conectados com os saberes indígenas e afrodescendentes, e contribuiu para levar essas plantas até a Europa, onde seriam estudadas, renomeadas — e muitas vezes apropriadas sem o devido reconhecimento às populações de origem.
🌍 Como mulher e camponesa, Baret levava consigo um saber sensível sobre as plantas e seus usos — um conhecimento ancestral que dialogava com os saberes populares. Seu trabalho não era apenas coleta científica, mas também um ato de tradução entre mundos botânicos, culturais e alimentares.
📜 Embora por muito tempo esquecida, hoje reconhecemos Jeanne Baret como uma figura essencial na história da botânica, ponte viva entre o conhecimento das comunidades e a ciência europeia. Um símbolo potente do quanto as plantas alimentícias carregam histórias, territórios e resistências.
🏝 Em Taiti, os habitantes locais rapidamente perceberam que Jeanne era uma mulher — algo que escapou à tripulação durante meses. Mesmo após a revelação, ela continuou a bordo e manteve seu cargo, graças à competência e ao respeito que conquistou com seu trabalho árduo e seus conhecimentos botânicos. Seu feito foi considerado escandaloso para os padrões da época, mas ela voltou à França com dezenas de espécimes únicos e um legado silencioso.
📜 Jeanne Baret foi a primeira mulher a circum-navegar o globo, embora só tenha sido oficialmente reconhecida como tal muito tempo depois de sua morte, em 1807. Em 2012, o governo francês finalmente homenageou seu feito ao nomear um asteroide — Baret 22756 — em sua memória.
🌍 Em 2023, a Royal Botanic Gardens, em Kew (Inglaterra), também reconheceu sua importância histórica, listando-a entre as grandes pioneiras da ciência botânica.
✨ Mulheres como Jeanne abriram caminho em tempos de grande desigualdade. E você, conhece outras cientistas que deveriam ser mais lembradas? Compartilhe com a gente nos comentários!
✨ E você? Que outras mulheres contribuíram para preservar saberes alimentares e botânicos ao longo da história?
#CientistasEsquecidas #JeanneBaret #MulheresNaCiência #HistóriaDaCiência #NationalGeographic #Botânica #DescolonizandoACiência #ViagemAoRedorDoMundo #Pioneiras


Comentários
Postar um comentário