PRIMEIRO ENCONTRO DE CHEFS AFRICANOS EMITE DECLARAÇÃO QUE CELEBRA A HERANÇA CULINÁRIA E RECONHECE OPORTUNIDADES E DESAFIOS

A declaração reafirma a sacralidade e a beleza dos sistemas alimentares africanos, que há séculos nutrem corpos e fortalecem os laços comunitários. Destaca o papel dos alimentos indígenas em rituais, cerimônias e práticas de cura, os pratos tradicionais que transmitem saberes ancestrais, e os jovens empreendedores que estão reinventando o fast food africano, valorizando ingredientes locais.

No entanto, o encontro também apontou graves ameaças à continuidade dessas tradições:

A desconexão dos jovens com as práticas alimentares tradicionais

A marginalização do conhecimento africano nos sistemas educacionais culinários

A exclusão da culinária africana do cenário gastronômico global

Os impactos das mudanças climáticas

A negligência política e as narrativas coloniais ainda persistentes

Apesar disso, os participantes demonstraram otimismo ao identificar múltiplas oportunidades para revitalizar e fortalecer os sistemas alimentares africanos. Entre elas, estão:

O fortalecimento do conhecimento intergeracional, por meio de escolas e plataformas digitais

A documentação da sabedoria ancestral em livros de receitas e festivais gastronômicos

O empoderamento de mulheres e jovens como protagonistas da transformação alimentar

A defesa de políticas públicas que priorizem a produção local e fomentem pesquisas comunitárias

A declaração também expressa um firme compromisso com a soberania alimentar, a valorização da identidade cultural africana e o incentivo a colaborações regionais que ampliem o conhecimento culinário no continente. Chefs e agricultores são reconhecidos como guardiões essenciais da herança alimentar africana.

Por fim, os participantes saíram do encontro com uma visão comum: nutrir a África a partir de seu orgulho cultural e de seus saberes ancestrais. O chamado agora é transformar as palavras da declaração em ações concretas, moldando o futuro dos sistemas alimentares africanos — das cozinhas e fazendas às políticas públicas e às salas de aula. 


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