COMIDA Y COLONIALIDAD. TENSIONES ENTRE EL PROYECTO HEGEMÓNICO MODERNO Y LAS MEMORIAS DEL PALADAR
O presente artigo trata da dimensão alimentar para além do ato de ingerir alimentos na busca pela nutrição, para enfocar as implicações culturais do ato de comer.
Nesse sentido, entende-se que comer é mais do que alimentar, comer não é per se um ato de todo inocente, ou seja, privado das relações sociais entre dois comensais.
O autor aborda a dimensão alimentar da vida, como algo que vai além do simples ato de ingerir alimentos para adquirir nutrientes, para se concentrar nas implicações culturais da alimentação. Comer é mais do que se alimentar, pois comer nunca é por si só um ato totalmente inocente; ou seja, comer nunca é totalmente despojado das relações sociais daqueles que se reúnem em torno de uma mesa. Nessa perspectiva, o artigo examina a colonialidade em todas as suas formas (de poder, de saber e de ser), e mostra sua função como mecanismos tanto de enunciação quanto de classificação alimentar, responsáveis pela suplantação gastronômica dos produtos e alimentos do Novo Mundo com as mercadorias e costumes tão caros aos colonos europeus (não esquecendo que o fluxo de produtos e temperos também ia no sentido inverso). O projeto colonizador incluía assim, além de suas pretensões religiosas, políticas e administrativas, um elemento gastronômico, que se encontrava na ânsia dos colonizadores de reproduzir a marca alimentar de sua pátria nos novos territórios descobertos, pelo menos quanto às circunstâncias e o clima permitiu.
Dentre todas as facetas que a produção de conhecimento pode adquirir, a gastronomia tem sido pouco estudada —para não dizer completamente silenciada— em seu papel de símbolo de clivagens culturais, nas quais se exerce uma colonialidade de sabores e paladares. pelo menos até onde as circunstâncias e o clima o permitiam. Dentre todas as facetas que a produção de conhecimento pode adquirir, a gastronomia tem sido pouco estudada —para não dizer completamente silenciada— em seu papel de símbolo de clivagens culturais, nas quais se exerce uma colonialidade de sabores e paladares. pelo menos até onde as circunstâncias e o clima o permitiam. Dentre todas as facetas que a produção de conhecimento pode adquirir, a gastronomia tem sido pouco estudada —para não dizer completamente silenciada— em seu papel de símbolo de clivagens culturais, nas quais se exerce uma colonialidade de sabores e paladares.
Nessa perspectiva, trata-se do colonialismo em todas as suas formas (de poder, de saber e de ser), presentes como dispositivos tanto de enunciação quanto de classificação alimentar que levarão à suplantação gastronômica, já que a importação de produtos da Europa tentou reproduzir gostos, práticas e sabores a todo custo, em detrimento dos alimentos e produtos do Novo Mundo, mas não podemos ignorar que o "Velho Mundo" também foi afetado por produtos americanos que afetariam sua dieta. Da mesma forma, o projeto colonizador, além de suas pretensões religiosas e político-administrativas, também possui características gastronômicas, na medida em que o colonizador traz sua peculiaridade alimentar e tenta reproduzi-la, por todos os meios, na medida em que as circunstâncias ou nos permitem.
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