Sapucaia: Cumbuca que salta aos olhos
A sapucaia(nome científico: Lecythis pisonis), que também pode ser conhecida como árvore-de-caçamba ou cumbuca-de-macaco, foi descrita pela primeira vez em 1829 (CAMBESSEDES, 1829) e, normalmente, possui de 20 a 30 metros de altura, podendo atingir até 50 metros de acordo com Mori e Prance (1990).
“Sapucaia” este termo se origina do tupi, que significa “ fruto que faz saltar o olho”, e isto se deve ao fato de que ao abrir o opérculo do fruto (estrutura que serve de tampa ou cobertura a uma cavidade ou orifício) a mesma fica com um formato de um olho.
Em contrapartida, há quem acredite que a palavra tem origem na palavra tupi para galinha(elemento de troca entre índios e portugueses, no início da colonização, que as trocavam pelas sementes do fruto – castanhas)
Este será um dos alimentos que terão tratamento especial e receitas na Oficina Sotoko, que acontecerá dias 23 e 24 de abril, em Serra Grande, Baixo Sul da Bahia.
O evento acontece no @hileia_baiana baiana em Serra Grande.
A sapucaia pode ser utilizada de diversas formas: suas sementes, um tipo de castanha, são apreciadas por serem extremamente saborosas, sendo atrativa também para a fauna, além disso, seu fruto lenhoso pode servir de recipiente, como uma espécie de cumbuca, e, por fim, sua madeira ainda é utilizada para diversos fins, sua alta densidade permite que sejam feitos instrumentos musicais, estruturas de construção civil, embarcações, entre outros materiais como armas, ferramentas e moirões.
Sabendo de todo histórico de desmatamento da Mata Atlântica brasileira, é extremamente interessante pensar que essa árvore existe no sul da Bahia desde quando os portugueses chegaram no Brasil pela primeira vez, e que, até os dias de hoje, ela produz sementes viáveis e vigorosas todos os anos! Segundo os populares da região, um dos fatores que pode ter contribuído para sua preservação é uma lenda que diz que esta sapucaia é uma árvore sagrada, são essas as maravilhas que a natureza pode nos oferecer e que agora cabe a nós preservamos e cuidarmos!
Se você for a uma floricultura em Manaus, pode ser que encontre a sapucaia, típica flor da região.
Há controvérsias sobre o significado da palavra, mas sabe-se que sapucaia é de origem tupi. A tese mais aceita é de que o nome vem da junção de “sa”, “puca” e “ia” (olho, que se abre e cabaça, respectivamente), pelo fato de o opérculo do fruto, quando aberto, parecer um olho. A outra explicação é que o termo vem da palavra “galinha”, elemento de troca dos portugueses para a obtenção das castanhas provenientes da árvore.
Seja qual for a explicação, o fato é que a espécie faz muito sucesso na região Norte do Brasil. Seu fruto é grande, tem casca dura e dá origem a sementes oleaginosas perfeitamente comestíveis.
As castanhas de sapucaia, inclusive, podem ser utilizadas com grande vantagem em receitas culinárias que a princípio são feitas com castanha-do-pará. Podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas, em doces e pratos salgados.
Os receptáculos das amêndoas também têm grande utilidade, sendo transformados em diversos objetos, como cumbucas, pratos, potes e tudo mais que for possível.
Já no século 16, os portugueses se apaixonaram pela sapucaia, o nome científico pisonis é uma homenagem ao médico holandês que chefiou a missão científica no Brasil holandês, Gilherme Piso.
É exótica, com sementes comestíveis e muito bonita, com um perfume característico. Em geral, suas folhas são rosas quando jovens e posteriormente, verdes. Na época da floração, a sapucaia é agraciada por uma capa cor-de-rosa, que cobre toda a árvore, formando um espetáculo impressionante. As folhas novas também nascem com uma coloração rosa ou lilás.
A sapucaia floresce de setembro a outubro e frutifica durante os meses de agosto e setembro. Os frutos possuem uma rigidez, já que são espessos.
Uma curiosidade interessante é que os animais responsáveis pela disseminação de castanha são os morcegos, que são atraídos pelo alimento contido nas sementes.Árvore dá origem a castanhas utilizadas em diversos pratos, além de possuir uma beleza única pelo colorido das folhas.
Na Oficina de Culinária Sotoko, teremos rodas de conversa, coleta de plantas alimentícias, trocas de experiêcnias e elaboração de receitas com alimentos da sociobiodiversidade
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Mapear as plantas tradicionais do Baixo Sul da Bahia, é um dos *Objetivos da oficina* , além de:
☘️ Apresentar novas alternativas no uso de alimentos e receituários, entendendo agroecologia como base.
☘️ Trazer diversidade para suas refeições.
☘️ Fomentar multiplicadores da Agroecologia, alimentação saudável e sem desperdício.
🌀Público Alvo
Estudantes, profissionais, amantes e entusiastas da culinária.
*Inscrições abertas pelo link da bio ou WhatsApp (93)992413769*
Produção de Aloyana Lemos, guardiã do Espaço Agroecológico Raiz
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Apoio de Conduru Viva Cerveja Artesanal
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