Com tiranos não combinam Brasileiros Corações
A Independência do Brasil não se definiu com o discurso de D. Pedro I em Sete de Setembro de 1822.
O Grito do Ipiranga foi, na verdade, um grito de guerra e ela ocorreu no Norte e Nordeste do País. As lutas no Recôncavo baiano foram as mais sangrentas e a Independência da Bahia teve um papel chave na consolidação da Independência do Brasil. Até 1763, Salvador foi a capital do Brasil.
O processo de independência do país iniciou-se com os movimentos separatistas do fim do século 18, principalmente em Minas Gerais e Bahia.
A cabocla é a representação do desejo de liberdade, e é um simbolo da nossa miscigenação.
Os portugueses estavam instalados na região há mais de 200 anos. Portugal era, na época, uma das maiores potências mundiais.
A cabocla do 2 de julho representa a lendária Catarina Paraguaçu, a índia pela qual o náufrago português Diogo Álvares Correia, apelidado de Caramuru, teria se apaixonado.
Após deliberação os membros do Instituto permitiram que apenas a Cabocla desfilasse, temendo que a figura de desafio do Caboclo viesse a provocar conflitos.
Desta forma, a Cabocla foi às ruas para comemorar a Abolição da Escravatura, uma liberdade que não fora conquistada junto com a Independência mas que, ainda assim, é associada aos heróis da liberdade no Panteão do 2 de Julho.
Nas tradições religiosas afro-brasileiras, os caboclos são reverenciados como seres encantados, afinal, já estavam aqui, eram os donos da terra, quando os africanos chegaram ao Brasil trazendo consigo os seus orixás. A figura do caboclo, que ainda hoje é o núcleo do cortejo cívico do 2 de julho, teria surgido como um símbolo das lutas de 1822-23, desde o momento em que as tropas brasileiras, após vencerem os portugueses na batalha de Pirajá, adentraram em Salvador.
Confira aqui o vídeo onde Elide Rugai Bastos analisa como o pensamento de Gilberto Freyre constitui elemento fundamental da vida cultural e política que emerge no brasil a partir da revolução de 30, tendo ainda reflexos na vida social brasileira. através da tese da democracia racial, elide aborda, em que sentido a análise do autor representa um momento importante na constituição da sociologia no brasil e, portanto, da própria interpretação do país.
Elide Rugai Bastos é professora do departamento de sociologia do instituto de filosofia e ciências humanas da unicamp (ifch) onde é diretora do centro de estudos brasileiros (ceb). é secretária adjunta da associação nacional de pós-graduação e pesquisa em ciências sociais (anpocs). e autora, entre outros, dos livros: as ligas camponesas (1994) e gilberto freyre e o pensamento hispânico ヨ entre dom quixote e alonso el bueno (2003).
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