Barulhinho bom-Itacaré “rio de ruído diferente”

Impossível ficar imune as belezas naturais de Itacaré 
A palavra Itacaré ainda hoje causa algumas dúvidas; uns dizem que é “Pedra Redonda”; outros que é “Pedra Bonita”. Recentemente foi feita uma pesquisa junto à Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia. 


A palavra Itacaré é formada por: “itacá” (rio ruidoso) e “ré” (diferente). Assim, Itacaré significaria “rio de ruído diferente”.
Itacaré tem suas origens mais remotas em uma aldeia indígena que vivia da caça, pesca e agricultura de subsistência. Nesta região a colonização portuguesa teve início por volta de 1530, com a implantação das capitanias hereditárias. 
Os portugueses trouxeram consigo os Jesuítas que tinham como um de seus objetivos a demarcação de terras. Por volta do ano de 1720, o Jesuíta Luis da Grã ergueu uma capela sob a invocação de São Miguel, batizando a população com o nome de São Miguel da Barra do Rio de Contas. 


Ainda assim, o povoado só se tornaria um município em 1732, por obra e graça da Condessa do Resende – Dona Maria Athaíde e Castro. 


A Condessa era a donatária da capitania de Ilhéus e, em 26 de janeiro, elevou Itacaré à categoria de município. 
Os principais monumentos históricos de Itacaré são a Casa dos Jesuítas e a Igreja Matriz (1723), primeiro bem oficialmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Ambiental e Cultural da Bahia (IPAC). 

Itacaré- Joia da Costa do Cacau
Itacaré possui uma paisagem encantadora, formada por uma seqüência de praias, cuja natureza ainda está praticamente intocada pelo homem, com morros cobertos por florestas e muitos coqueiros. É a primeira praia da “Costa do Cacau”, no litoral baiano, ao sul de Salvador. 

Situada entre o mar e a Mata Atlântica, Itacaré é a opção ideal para quem gosta de praia aliada à vida noturna com bastante agitação, pois sempre há shows e festas, além dos bares e boates que funcionam o ano todo. As praias de Itacaré atraem muitos surfistas, em função das ondas fortes, consideradas as melhores da Bahia, e das águas quentes o ano inteiro, inclusive no inverno. 
Itacaré também é um ótimo destino para os adeptos do ecoturismo e os praticantes de esportes radicais. Há uma Área de Preservação Ambiental, por onde é possível fazer rafting, moutain bike, arvorismo, trilhas e rapel – ou simplesmente curtir a exuberância da Mata Atlântica com seus rios e cachoeiras. 

Com quase 300 anos a igreja de Itacaré, cujo padroeiro é São Miguel Arcanjo, dispõe de oratório rococó, com imagens de São Miguel, São Sebastião, Santo Antônio e Senhor dos Passos. Em alvenaria mista, a edificação tem capela-mor com sacristia, andar superior com coro, galeria e sala do consistório. 

O município ainda preserva sobrados e casarões transformados em pousadas e casas comerciais, alguns preservados e que valem uma visita. Contam os mais antigos que, durante o período de colonização, os indígenas que aqui viveram (gueréns e tupiniquins) atacavam constantemente moradores e jesuítas. 
Foi por isso que os padres decidiram construir um túnel ligando a Igreja e a Casa dos Jesuítas, por onde fugiam das perseguições, embrenhando-se pelas matas. 
O primeiro Prefeito Municipal (Intendente, como era chamado na época) foi Joaquim Vieira dos Santos, que comandou Itacaré entre os anos de 1890 e 1893. 
A base econômica, não só do município de Itacaré, como da região sul da Bahia era a produção de cacau.
Seu porto era um dos principais pontos de escoamento da produção agrícola do estado e, durante muitas décadas, os grandes senhores do cacau ditaram as regras e produziram a riqueza. Em meados dos anos 70, quando a vassoura de bruxa – praga que ataca as lavouras de cacau – chegou por aqui, começamos a assistir ao declínio e empobrecimento de toda a região. Enquanto se desenvolve a alternativa do cacau híbrido o povo itacareense, valente e resistente, vai também vislumbrando e planejando um novo caminho para o desenvolvimento: o turismo sustentável.
Saiba mais aqui.

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