A Bahia descobre o requinte dos Queijos de Cabra.

Na Grécia Antiga os médicos já recomendavam o uso de leite de cabra para as crianças enfermas devido ao seu valor nutritivo e alta digestibilidade. 
 No Ocidente o leite de cabra é utilizado principalmente na Europa, com destaque para a França, para fabricação de queijos finos. 





















 No Brasil, o leite de cabra costuma ser indicado para crianças alérgicas, pessoas idosas e ou doentes e a degustação de queijos feitos com leite caprino ainda se restringe a grupos influenciados por hábitos europeus. Entretanto, nos E.E.U.U. o consumo de leite de cabra é estimulado desde 1.939 e pesquisadores publicavam, já naquela época, um estudo que comprovava que o leite de cabra é superior ao de vaca na alimentação do ser humano.

“Mais de 70% dos ingredientes que nós cozinheiros usamos, são de fora, de longe da cadeia produtiva local. 
O Programa “Cabra Produtiva, Rota do Leite” vai poder estimular a cadeia produtiva, uma de forma de gerar mais sustentabilidade é aproximar os cozinheiros de quem produz na Bahia, com produtos de qualidade podem nos ajudar a ter uma cozinha mais autoral e mais sustentável socialmente”.
Utilizando tecnologia francesa, aconteceu o primeiro curso de fabricação de queijos finos utilizando leite de cabra, ministrado pela médica veterinária Maria Helena, consultora do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), no laticínio Bom Sabor em Juazeiro. 


“A Bahia sai na frente, com ação pioneira de fabricação de queijos finos, a partir do leite de cabra, tendo na sua composição e tecnologia, vinhos e cachaças produzidos na região do Vale de São Francisco”, declarou o secretário da Agricultura, Vitor Bonfim.
Cerca de 40 produtores da COOAFJUR estão sendo beneficiados com o projeto. 
“Agora iremos sair da clandestinidade, antes produzíamos o queijo artesanalmente que apesar da qualidade, não eram certificados. Hoje os nossos produtos têm o SIE (Selo de Inspeção Estadual) que possibilita a comercialização para todo estado e estamos lutando para adquirir o SISBI (Selo de Inspeção Interestadual) e o SIF (Selo de Inspeção Federal)”, explicou o produtor, Willames Thiago de Santana. De acordo com o proprietário do laticínio Bom Sabor, Márcio Araújo, a importância do projeto é a inclusão do produtor rural na comercialização do produto. 
“O queijo está sendo produzido pela cooperativa, legalizado via o laticínio e negociado pelos dois agentes. 
No momento, estamos fabricando queijos tipo coalho (com condimentos, vinho, cachaça e o puro), queijo defumado de cabra, queijo balansae e queijo tipo feta”, informou. 
O presidente da COOAFJUR, Emerson José da Silva (Mitú) frisou que o projeto é pioneiro e que o município é o primeiro a produzir os queijos finos de cabra em todo o Estado. “A nossa cooperativa é formada por criadores de caprinos e ovinos e profissionais da área como zootecnistas e veterinários e se estende aos municípios de Uauá, Curaçá e Jaguarari. 
O projeto está proporcionando a fabricação de queijos com alto valor agregado e tecnologia francesa, um grande avanço para a nossa comunidade. É com imensa felicidade que estamos vivenciando tudo isso”, afirmou. Vale destacar que os queijos estão sendo comercializados na Expovale, até o próximo domingo (22), no estande do Centro Público de Economia Solidária (CESOL). 
 Benefícios do Leite de Cabra 
O leite de cabra é de cor branca pura por causa do baixo teor de pigmentos carotenóides. 
A vitamina A entretanto, está presente em maior teor do que nos leites humanos e de vaca. 

Apresenta sabor mais adocicado (tem mais lactose) e odor indiferenciado ao da vaca. É fundamental, para qualquer tipo de leite, que o animal seja mantido e ordenhado sob boas condições higiênicas. No caso da cabra, é princípio básico que ela seja mantida em local distante do bode reprodutor. É um alimento dotado de alto sabor nutritivo e de fácil digestão. 
O valor nutritivo resulta da riqueza em extrato seco e a alta digestibilidade decorre do reduzido tamanho das suas moléculas e da grande dispersão dos glóbulos graxos, assim como dos caracteres próprios de sua caseína que, durante a digestão forma coágulos menos resistentes que os de leite de vaca e são portanto desintegrados mais rapidamente pelas enzimas proteolíticas.

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