Feira da Agricultura Familiar movimenta comércio na Expomontes
A roça e a cidade se encontram pela sexta vez na Exposição Agropecuária de Montes Claros (Expomontes).
Feira da Agricultura Familiar reúne 100 famílias de 39 comunidades rurais do Norte de Minas, com stands que vão desde artesanatos de madeira às produções variadas que usam o pequi.
Não há uma projeção exata de quanto a feira movimenta economicamente, mas os produtores garantem que a divulgação tem relação direta com o aumento da demanda do que é produzido ao longo do ano. Para o técnico agropecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), José Carlos Santos, incentivar os produtores rurais a empreender é uma forma de valorizar o que é feito no campo.
“Sabemos que 70% do que é consumido nas mesas das famílias é produzido pela agricultura familiar. É hora de valorizarmos o homem do campo, e a feira contribui com este ideal. Além das vendas, a divulgação do que é feito nas fazendas possibilita que bons contatos sejam feitos e a procura daquelas produções aumente mais de 50%. Muitas pessoas não estão dando conta da demanda, e isso é muito bom”, afirma o técnico.
Dona Nenzinha apostou na torrefação do café e a iniciativa deu certo (Foto: Juliana Gorayeb)
A produtora Maria Madalena Leite, conhecida como Dona Nenzinha, participa da feira pela quarta vez consecutiva.
Nesta edição, ela apostou em uma inovação: cafezinho torrado e coado na hora.
Ela conta que não enxergava o potencial do produto, até a comissão da feira sugerir que ela trouxesse para a Expomontes.
“Nós desperdiçávamos café. Não usávamos para nada, além de consumo próprio. Trouxemos uma proposta diferente e realmente foi muito bom. Todo mundo que prova dá nota dez e a gente fica muito feliz com isso. Entra mais dinheiro para investirmos na propriedade e todo mundo fica satisfeito”, conta Nenzinha.
A aposta de um grupo da zona rural de Januária é justamente criar produtos inovadores para atrair atenção do público.
A produtora Vicentina Bispo investe em frutos típicos do cerrado, sobretudo o pequi, para fabricar doces, castanhas, geleias, condimentos e até pipocas. Alguém já comeu em algum lugar do mundo pipoca de pequi?
A dona Vicentina aposta que não. “Temos geleia de umbu com goiaba, pipoca de pequi, castanha do pequi, doce de jenipapo e vários condimentos exclusivos. Nosso cerrado é muito rico e as pessoas precisam conhecê-lo e valorizar as coisas da terra.
A intenção do nosso stand é valorizar estes elementos e tem chamado muita atenção do público”, esclarece a produtora.
Produtos inusitados feitos com pequi são a aposta de produtores de Januária (Foto: Juliana Gorayeb)
Para o diretor executivo da Sociedade Rural de Montes Claros, Sérgio Peres, a proposta agrega valor não só aos produtores, mas à própria Expomontes, no sentido de que a festa passa a ter mais uma atração. “A feirinha começou em 2010 com a proposta de ser temporária, em um final de semana apenas daquele ano. Em 2011, ela já passou a participar de todos os dias da programação. Desde então, é uma atração do evento que tem se tornado tradicional. Trazer o produtor para a exposição é uma forma de valorizar quem é da terra, já que eles trazem o dia-a-dia da fazenda para a cidade”, afirma o diretor.
Social
A solidariedade também ganhou espaço na Feira da Agricultura.
O stand “Viva Arthur” busca arrecadar fundos para o tratamento de uma criança de quatro anos, portadora de uma síndrome rara.
O pequeno Arthur não fala, anda ou enxerga; ele depende de medicamentos caríssimos que garantem que ele sobreviva, além de uma quantidade grande de fraldas e até cirurgias, as quais precisa se submeter.
O pai do Arthur, Geraldo Magela Abreu, explica que os resultados da feira são extremamente positivos.
“O tratamento do Arthur é muito caro, ele usa remédios contínuos para controlar convulsões e uma série de problemas.
Quem compra aqui, nos ajuda muito. Quase todos os produtos vendidos pela barraca ‘Viva Arthur’ foram doados pelos produtores, e toda a renda será revertida para o tratamento dele.
O resultado tem sido muito positivo e a comida também é muito boa”, garante Geraldo.
A Feira da Agricultura Familiar acontece das 8h às 23h, na quadra do Clube dos Fazendeiros, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, até o próximo domingo (10).
Feira da Agricultura Familiar reúne 100 famílias de 39 comunidades rurais do Norte de Minas, com stands que vão desde artesanatos de madeira às produções variadas que usam o pequi.
Não há uma projeção exata de quanto a feira movimenta economicamente, mas os produtores garantem que a divulgação tem relação direta com o aumento da demanda do que é produzido ao longo do ano. Para o técnico agropecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), José Carlos Santos, incentivar os produtores rurais a empreender é uma forma de valorizar o que é feito no campo.
“Sabemos que 70% do que é consumido nas mesas das famílias é produzido pela agricultura familiar. É hora de valorizarmos o homem do campo, e a feira contribui com este ideal. Além das vendas, a divulgação do que é feito nas fazendas possibilita que bons contatos sejam feitos e a procura daquelas produções aumente mais de 50%. Muitas pessoas não estão dando conta da demanda, e isso é muito bom”, afirma o técnico.
Dona Nenzinha apostou na torrefação do café e a iniciativa deu certo (Foto: Juliana Gorayeb)
Nesta edição, ela apostou em uma inovação: cafezinho torrado e coado na hora.
Ela conta que não enxergava o potencial do produto, até a comissão da feira sugerir que ela trouxesse para a Expomontes.
“Nós desperdiçávamos café. Não usávamos para nada, além de consumo próprio. Trouxemos uma proposta diferente e realmente foi muito bom. Todo mundo que prova dá nota dez e a gente fica muito feliz com isso. Entra mais dinheiro para investirmos na propriedade e todo mundo fica satisfeito”, conta Nenzinha.
A aposta de um grupo da zona rural de Januária é justamente criar produtos inovadores para atrair atenção do público.
A produtora Vicentina Bispo investe em frutos típicos do cerrado, sobretudo o pequi, para fabricar doces, castanhas, geleias, condimentos e até pipocas. Alguém já comeu em algum lugar do mundo pipoca de pequi?
A dona Vicentina aposta que não. “Temos geleia de umbu com goiaba, pipoca de pequi, castanha do pequi, doce de jenipapo e vários condimentos exclusivos. Nosso cerrado é muito rico e as pessoas precisam conhecê-lo e valorizar as coisas da terra.
A intenção do nosso stand é valorizar estes elementos e tem chamado muita atenção do público”, esclarece a produtora.
Produtos inusitados feitos com pequi são a aposta de produtores de Januária (Foto: Juliana Gorayeb)
Para o diretor executivo da Sociedade Rural de Montes Claros, Sérgio Peres, a proposta agrega valor não só aos produtores, mas à própria Expomontes, no sentido de que a festa passa a ter mais uma atração. “A feirinha começou em 2010 com a proposta de ser temporária, em um final de semana apenas daquele ano. Em 2011, ela já passou a participar de todos os dias da programação. Desde então, é uma atração do evento que tem se tornado tradicional. Trazer o produtor para a exposição é uma forma de valorizar quem é da terra, já que eles trazem o dia-a-dia da fazenda para a cidade”, afirma o diretor.
Social
A solidariedade também ganhou espaço na Feira da Agricultura.
O stand “Viva Arthur” busca arrecadar fundos para o tratamento de uma criança de quatro anos, portadora de uma síndrome rara.
O pequeno Arthur não fala, anda ou enxerga; ele depende de medicamentos caríssimos que garantem que ele sobreviva, além de uma quantidade grande de fraldas e até cirurgias, as quais precisa se submeter.
O pai do Arthur, Geraldo Magela Abreu, explica que os resultados da feira são extremamente positivos.
“O tratamento do Arthur é muito caro, ele usa remédios contínuos para controlar convulsões e uma série de problemas.
Quem compra aqui, nos ajuda muito. Quase todos os produtos vendidos pela barraca ‘Viva Arthur’ foram doados pelos produtores, e toda a renda será revertida para o tratamento dele.
O resultado tem sido muito positivo e a comida também é muito boa”, garante Geraldo.
A Feira da Agricultura Familiar acontece das 8h às 23h, na quadra do Clube dos Fazendeiros, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, até o próximo domingo (10).
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