Que relação há entre os Cafés Especiais, a Muvuca e a Farofa?

E lá se vão muitos anos desde que conheci a Brigida Salgado, essa conexão tem muita história com a culinária, com pão de queijo, cafés especiais, e o prazer de uma boa prosa.

A Chapada Diamantina sempre foi um lugar de muito interesse nas questões sócio ambientais, e a Brígida Salgado quando decidiu ir morar na região, foi uma das pioneiras também na produção de cafés orgânicos e especiais.

Durante esses 25 anos, que está à frente da fazenda, sempre sonhou em transformá-la num centro de formação da Agroecologia, e no feliz encontro com a TEIA DOS Povos e com Mestre Joelson, vem construindo juntos esse espaço como Polo Pedagógico Permanente da Teia dos Povos, na Chapada Diamantina, e quem sabe faremos parte dessa construção.

A Fazenda Flor de Café produz cafés arábica, orgânicos e especiais.

Neste mutirão que a Flor de Café, que acontece entre 13 e 15 de dezembro, serão feitos o plantio de mudas de cafés das variedades Nacional, Arara e Acauã, em área sombreada com árvores nativas da região, com a presença de João Paulo (Agricultura Sintrópica) , Fábio Lúcio (Agricultura Regenerativa) e Participação Especial de Hugo Wolff com provas de cafés.

Saiba como participar do Mutirões e da Oficina de Cafés Especiais aqui

Muvuca ou Farofa

Quando falamos em técnicas agrícolas tradicionais, sempre esquecemos de mencionar de onde provém, como adquiriram seus deliciosos nomes, do que se trata, enfim...

A pesar disso, esses modos surpreendentes encontrados pelos povos tradicionais, se mantém vivo nas zonas rurais, e dando bons frutos.

A Muvuca ou Farofa é uma tecnologia tradicional de manejo do solo, consiste é um tipo de adubação verde, onde as sementes são misturadas com cinzas humedecidas, formando pequenas bolinhas, as cinzas funcionam como um adubo natural rico em potássio que contribui para o enriquecimento do solo e crescimento das suas culturas.

As cinzas de madeira funcionam como um produto de calagem, uma vez que vão reduzir a acidez do solo, em seguida são semeadas nas leiras, esse processo propicia o desenvolvimento das sementes, hidrogenando o solo.

Neste momento ela está fazendo Feijão de Porco, Crotalaria, Aveia Preta, Feijão Guandu e Girassol.

Tradicionalmente e com muita ética Brigida usa tecnologias de manejos que respeitam o solo, o meio ambiente e sobretudo as pessoas, ela tem feito um grande trabalho na promoção da Agroecologia como principio científico e os conhecimentos ancestrais das diversas agriculturas da a direção dos trabalhos realizados na Fazenda For de Café. Essa forma de produção é promotora da vida com todos os benefícios que acreditamos, desde a vida dos solos, dos microorganismos, até a vida planetária e baseada também nas influências cósmicas, passando claramente pela produção de alimentos, limpos, saudáveis e justos.

Essa atividade faz parte dessa construção. Os Mutirões são uma forma de engajamento e entrosamento entre os núcleos da Teia;

A oficina sobre provas de cafés especiais, faz parte de uma estratégia de que os produtores conheçam e melhorem cada vez mais a qualidade da bebida dos cafés produzidos e possam negociar seus produtos diretamente com torrefadores, com geração de preços mais justos e relacionamentos duradouros.

Quem são os facilitadores:

João Paulo Silva, técnico em agroecologia pelo IF – CAMPUS MACHADO em Minas Gerais, é filho de agricultores e trabalha com cafés e sistemas agroflorestais orgânicos desde o tempo de estudante

Fábio Lúcio, Doutor em agroecologia pela UFV – foi professor no Assentamento Terra a Vista, no curso de Agroecologia é filho de Brígida e trabalha com cafeicultura regenerativa com grupos de agricultores familiares na região de Ibicoara, Mucugê e Barra da Estiva, atrvés de sua empres Agrobiota


Hugo Wolff, Torrefador de cafés especiais buscando sempre uma aproximação entre os produtores e agricultores familiares e os consumidores finais.

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