COMPOSTO ESCOLA "inventando mundos e práticas político pedagógicas".

Mais de 60 mil escolas rurais foram fechadas no Brasil nos últimos 20 anos. Mais do que um dado, causa impactos reais na vida de quem precisa se deslocar para estudar, como aumento nos custos com transporte, êxodo rural e evasão escolar. 

“O livro é o desdobramento de um projeto que ocorreu entre 2016-2019 intitulado 'Expedição Catástrofe: por uma arqueologia da ignorância'. A partir do dado abismal do fechamento de 60 mil escolas rurais no Brasil, nós iniciamos uma série de viagens pelas regiões do Brasil onde escolas foram fechadas em maior número”, conta o organizador Yuri Firmeza, artista e professor de Cinema da Universidade Federal do Ceará.

Com lançamento simultâneo em Fortaleza e São Paulo, “Composto Escola: comunidades de sabenças vivas” é o segundo livro da série.
Na obra, é explorado de que forma as escolas seguem funcionando, "inventando mundos e práticas político pedagógicas".
O livro resulta de rodas de conversa e imersões no cotidiano das instituições e trocas com quem faz “a escola acontecer”. “São pessoas que acompanhamos e admiramos os trabalhos, as pesquisas, os projetos. Estes encontros foram transcritos, mantendo a dinâmica de conversa no fluxo da edição do texto ao longo do livro”, explica Yuri.

Com cinco organizadores, o teor coletivo da obra vai além da fala “um livro feito adubo, matéria - orgânica, semente e terra das experiências das comunidades tradicionais e dos movimentos sociais”, definem os organizadores.

Experiências com Antônio Bispo dos Santos (PI), Coletivo Intercultural Quilombo Indígena Tiririca dos Crioulos (PE), Élbio Ferreira Britto (GO), Givânia Maria da Silva (PE), Glicéria Tupinambá (BA) e Joelson Ferreira (BA) compõem a obra.

COMPOSTO ESCOLA é um solo fertilizado pelas aprendizagens da jornada pedagógica “Vocabulário para catástrofes” realizada entre agosto e novembro de 2021. 
Um livro feito adubo, matéria - orgânica, semente e terra das experiências das comunidades tradicionais e dos movimentos sociais aglutinados a partir de Antônio Bispo dos Santos (PI), Coletivo Intercultural Quilombo Indígena Tiririca dos Crioulos (PE), Élbio Ferreira Britto (GO), Givânia Maria da Silva (PE), Glicéria Tupinambá (BA) e Joelson Ferreira (BA). Um projeto editorial, de caráter coletivo, que se desdobra da pesquisa sobre o fechamento das 60.065 escolas rurais no Brasil nos últimos 20 anos, intitulada inicialmente de ‘Expedição Catástrofe: por uma arqueologia da ignorância’ (2016 - 2019). Nos dois últimos anos, a pesquisa dá um giro no terreno arqueológico e passa a buscar não apenas as escolas fechadas, mortas, desativadas, mas aquelas que resistem, reinventam, e criam experiências alternativas de escolas vivas a contrapelo do arruinamento do território rural brasileiro pela face contemporânea da modernização conservadora e da expansão ilimitada das fronteiras do capital agro-minero-industrial.

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