REGISTROS DA CULINÁRIA BAIANA TRADICIONAL

O livro aborda diversos temas relacionados à vida e ao legado de Lindinalva de Assis, conhecida como Dinha, e à cultura baiana. 

Ubaldo Marques Porto Filho é um escritor brasileiro nascido em Salvador, em 5 de janeiro de 1945. Diplomado em administração de empresas pela Universidade Federal da Bahia, ele possui dezenas de trabalhos centrados em temáticas como turismo, cultura e história do Rio Vermelho.

Das 27 obras editadas, 15 estão relacionadas com o Rio Vermelho, conferindo-lhe o recorde nacional de escritor com o maior número de obras sobre um único bairro de cidade brasileira.

Os principais temas incluem a tradição e a cultura alimentar de matriz afro-brasileira.

A importância do acarajé como um símbolo da cultura afro-brasileira e das religiões de matriz africana.

A preservação e valorização da profissão das baianas de acarajé como um patrimônio cultural.

O acarajé é um símbolo potente da cultura afro-brasileira e das religiões de matriz africana, refletindo a riqueza cultural e religiosa que os povos africanos trouxeram para o Brasil. Originário da tradição culinária iorubá, o acarajé tem raízes no àkàrà (bolinho de feijão-fradinho frito em azeite de dendê), utilizado em rituais religiosos e como alimento sagrado oferecido a orixás, especialmente a Iansã (Oyá).

O Ofício das Baianas de Acarajé foi registrado em 2005 como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

"A baiana do acarajé é uma herança do candomblé. Antigamente, dentro dos preceitos como filhas-de-santo, elas saiam para mercar de porta em porta, em pregões noturnos pelas ruas de Salvador. De tabuleiro na cabeça, soltavam a voz para que as pessoas dentro das casas pudessem ouvi-las.

Com o passar do tempo, a venda ambulante foi sendo substituída pelos pontos fixos, nas esquinas das vias públicas. As baianas chegavam à tardinha, com os tabuleiros, apetrechos e a massa de feijão fradinho para fritar os acarajés no azeite de dendê, usando fogareiros a carvão. Os abarás eram levados prontos, feitos em casa, onde também preparavam um molho especial, complemento indispensável, de pimenta malagueta cozida no camarão seco." 

O livro conta a trajetória de Dinha como uma mulher negra que superou adversidades e conquistou reconhecimento em Salvador, seu papel como referência para outras baianas e empreendedora, o livro tem registro fotográfico que mostra o ofício, a intimidade familiar e famosos saboreando seu acarajé.

Por causa da transformação da Dinha do Rio Vermelho numa celebridade, a profissão ganhou valorização e abriu o caminho para a fama de outras baianas, tais como Cira de Itapuã e Regina da Graça. Com o Rio Vermelho também em evidência, as duas resolveram colocar filiais nesse bairro. Cira escolheu o Largo da Mariquita, mas Regina preferiu justamente o Largo da Dinha, provocando o que a imprensa denominou de “guerra das baianas”. A polêmica gerada em 1998, pelos jornais de Salvador, ganhou espaço nos canais da televisão, com direito a divulgação nacional. 

A história do Rio Vermelho, e as transformação do Largo de Santana em um ponto cultural e culinário reconhecido, graças à presença de Dinha, e a integração do espaço com a vida comunitária e o turismo.

Dinha, a "Pelé das baianas"

Sua influência na popularização do acarajé e na elevação dessa iguaria ao status de símbolo baiano, e a construção de um legado que inspira outras gerações de baianas do acarajé.

Em 2002 Dinha recebeu o prêmio Top of Mind Bahia, levando a famosa baiana a fazer acarajés em eventos realizados em quase todas capitais brasileiras. 

Sempre viajou a convite da Bahiatursa, como eminente representante das baianas. Já esteve também na Argentina, Paraguai, Portugal, Espanha, Itália, Suíça, França e Mônaco. Neste último, o príncipe Rainier foi conhecer o seu tabuleiro, onde comeu um bolinho de estudante. Suas filhas, princesas do Mônaco, degustaram acarajés.

Personalidade de Dinha

Ubaldina, ou simplesmente Dinha do Acarajé 

Relatos sobre sua simpatia, carisma e capacidade de atrair clientes.

A relação dela com sua avó Ubaldina, que a ensinou a arte de fazer acarajé. O livro explora, assim, não só a história de Dinha, mas também aspectos mais amplos da identidade cultural e social da Bahia.


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Para adquirir o livro ou obter mais informações, é possível entrar em contato pelo telefone ou WhatsApp: (71) 99982-0451, ou pelo e-mail: umpn@hotmail.com. 


Agradecimento especial à Mary Santana, e do acervo Valdeloir Rego da Biblioteca Central dos Barris.


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