BANANA GANHA VALOR DE MERCADO

Em 2020, as balas de banana de Antonina conquistaram o selo de Indicação Geográfica de Procedência - que protege o nome da região onde o produto se tornou notório

Já imaginou saborear balas produzidas com bananas cultivadas no litoral paranaense? Hum…, elas são, na verdade, a sensação de uma cidade chamada Antonina, no Paraná. 

A banana madura, que muitas vezes não tinha valor de mercado e frequentemente amadurecia antes de chegar ao consumidor, foi transformada em doce e virou um negócio lucrativo e que já está na terceira geração. 

A história da bala de banana de Antonina começa em 1979, quando as balas eram fabricadas e vendidas em pacotes nas bancas à beira da estrada.

A receita não é tão simples assim, não. O processo exige muita experiência, e só o baleiro sabe o ponto certo. Não há tecnologia que substitua o conhecimento conquistado por anos de produção.



Depois que o baleiro encontra o ponto ideal, as balas são cortadas, recebem uma cobertura de açúcar e são embaladas individualmente.

 “Uma das principais partes da produção das nossas balas é preservada, que é o ‘saber fazer’, porque os baleiros interferem no preparo da massa. Já a parte final de embrulhar e empacotar, aí sim, é todo industrializado”, explica Rafaela Takasaki Corrêa, sócia e diretora-executiva da empresa, que faz parte da terceira geração da família junto com o seu irmão.

Foi neste processo que, em 2020, a bala de banana de Antonina conquistou o selo de Indicação Geográfica de Procedência – que protege o nome onde o produto se tornou notório. 

A certificação foi garantida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). E para manter este selo é preciso que a fabricação siga todas as exigências estabelecidas no regulamento.

“A Indicação Geográfica aumenta a visibilidade do produto. A nossa bala é reconhecida no país, porque tem história, tradição e qualidade. A marca e os produtos estão diretamente ligados à região”, diz Corrêa.

O doce que ganhou o estado do Paraná, já é reconhecido em todo o Brasil. Um legado que passa de geração a geração.

Por dentro da Indicação Geográfica

De uma forma simples, sabe quando você vai comer um queijo, tomar um suco ou comprar algo especial, e alguém fala que só é tão gostoso e bom porque veio de um lugar diferente? 

É essa diferença que faz com que um produto ou um serviço de uma determinada região, feito de um jeito único e com muita tradição, receba o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) em forma de selo.

Existem dois tipos de IG:

Indicação de Procedência: É quando a região onde o produto é feito já ficou famoso. Por exemplo, Pelotas, no Rio Grande do Sul, faz doces maravilhosos, o local é conhecido como a capital nacional do doce! Então, a guloseima ganhou esse selo porque as pessoas já confiam que é especial.

Denominação de Origem: É quando o produto só pode ser feito naquele lugar específico, porque depende da terra, do clima ou de algo que só existe no local. Por exemplo, a Cachaça e Aguardente de Luiz Alves, em Santa Catarina, o jeito de fazer e os ingredientes são únicos do lugar.

“A gente sempre fala que um produto tem um nome e sobrenome, como, por exemplo, ‘abacaxi de Novo Remanso’, ‘laranjas de Tanguá’ para identificar de onde vem o produto”, diz Hulda Giesbrecht, coordenadora de tecnologias portadoras do futuro do Sebrae.

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