A idade da múmia ainda não foi determinada.
Foram encontrados resquícios de ovos de mosca ao lado do esqueleto, indicando que o corpo ficou exposto por dias antes de ser coberto de terra.
O esqueleto, com cabelos escuros e longos, estava deitado de bruços, com as extremidades inferiores amarradas por uma corda trançada feita de material vegetal — característica padrão, vista em cerimônias semelhante a outra múmia encontrada em uma região diferente de Lima.
Segundo Aguilar, o enterro da múmia ocorreu em um ritual que envolvia folhas de coca e conchas. A sepultura foi realizada no topo de uma estrutura de barro em formato de U, típica de algumas construções pré-hispânicas que apontavam para o nascer do sol.Antes do achado, a equipe de escavação passou meses removendo oito toneladas de lixo que cobriam o topo da colina ao lado do campo de treinamento e sede do clube de futebol Sporting Cristal.
O local, que apresenta vestígios de antigas paredes de barro, é uma das 400 "huacas" — termo quechua para local sagrado — de Lima, de acordo com autoridades locais.
Coca Ritual
Para os indígenas Aymaras e Quechuas, a folha da coca é sagrada, como a hóstia dos cristãos. É utilizada em cerimônias sociais e rituais.
Uma lenda diz que o fundador do império inca, Manco Cápac, filho do sol, desceu um dia do céu e se dirigiu ao lago do Titicaca para ensinar aos homens a cultivar as terras, e oferecendo-lhes a planta divina, cujas as folhas, mascadas, faziam recuperar as forças perdidas pela altitude e trabalho duro do dia-a-dia.
Durante o Tahuantinsuyo (as quatro regiões do império inca: altiplano, selva, costa e chaco), seguiu-se com está prática, mas nessa época a folha de Coca estava restrita ao uso dos nobres, chamemos de Incas, seus familiares e curacas, quem acreditava que a Coca era um presente dos deuses. Com a expansão do império incaico, a utilização da folha de Coca propagou-se as terras conquistadas tendo papel inclusive de moeda entre os povos.
As folhas de coca têm sido tradicionalmente usadas para mastigar ou preparar chá há séculos entre a população indígena da região andina. Há uma crença tradicional de que mascar coca não causa danos, mas ajuda a superar o mal da altitude, suprimindo a fadiga e ajudando na digestão.Fonte: Redação Byte
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