A falácia sustentável da alimentação do futuro

Sustentabilidade é realmente um termo que pode seduzir os mais diversos interesses, um balaio de gato ainda mais quando se trata de alimentação e gastronomia, aí a coisa pode assumir mil tons de cinza.

Sal do Himalaia, Carne vegana feita em laboratório, tudo assume um ar sofisticado, quando se trata de fazer os incautos consumirem.

Não precisa muito para encantar chefs, uma forma singular, é encantar através do fetiche, do que é produzido fora, mesmo que tenhamos similares de boa, ou melhor qualidade.

Fiz em 2019 uma postagem sobre a Salicornia, uma erva que vem sendo processada e industrializada em Portugal e que tive o prazer de conhecer quando vivi por ai.
Não me surpreende a notícia, Startup Salty vem fornecendo a Salicornia para Restaurantes sofisticados.


Erva Sal no Sertão de Monte Santo

Mas, falando das nossas potencialidades, esquecendo um pouco os biomas Portugueses, quando estive no Sertão Baiano, na cidade de Monte Santo conheci uma planta com alto potencial de sabor e generosa quantidade de SAL, e o melhor de tudo, faz parte do nosso bioma caatinga.


Confira: 
Uma espécie de saltbush da família Amaranthaceae e é um grande arbusto lenhoso conhecido comumente como oldman saltbush.
A. nummularia é nativa da Austrália e ocorre em cada um dos estados do continente, prosperando em regiões áridas e semi-áridas do interior.
É uma planta caducifólia, com folhas simples e alternadas que freqüentemente têm dentes opacos e são irregulares, variando entre circular e triangular. 
As folhas variam entre 1 e 5 cm de comprimento e têm uma camada cinza prateada em ambos os lados com uma textura escamosa.
A. nummularia está entre os arbustos forrageiros mais comumente utilizados na Austrália e tornou-se amplamente cultivada para forragem.
Isto é principalmente um resultado de sua propensão para sobreviver em ambientes agressivos, sujeitos a inundações, secas e altos níveis de salinidade, além de ser palatável para o gado, devido ao elevado conteúdo mineral da planta. 


As sementes da planta são uma fonte de alimento tradicional para muitas comunidades aborígenes australianas, consumindo-as por conta própria e como um componente das refeições. 
A. nummularia também é usado como corta-vento, sombra de estoque, cinturão de cobertura de colheitas, tela ou sebe, corta-fogo, controle de erosão e ligante de solo, particularmente para estabilizar dunas de areia, bem como reabilitar solos corroídos ou queimados.
Teste de toxicidade realizado com Artemia Salina resultou positivamente, tendo como resultado que a 15g de extrato de Atriplex nummularia não há presença de efeitos toxicológicos, as análises realizadas pela CONIDIS, tanto no quesito sabor salgado, quanto no sabor foram satisfatórias pois o molho elaborado a partir das folhas processadas da Atriplex nummularia foi bem aceito pela maioria de seus provadores. 

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