Cultura alimentar, tradições culinárias, alimentos e territorios.


Semelhanças na Diferença 

A diversidade de países Africanos influenciaram fortemente a cultura alimentar Brasileira.
Também os povos indígenas deixaram sua marca em nossa mesa.
Muito desses alimentos, praticas e saberes, estão profundamente presentes em nosso cotidiano, representam em forma de significado, a memória presente dos povos tradicionais, que contribuíram de forma decisiva na formação de nossos hábitos alimentares, além de exercerem forte impacto na cadeia alimentar.

Alimentos e territórios

As tradições culinárias, segundo o pesquisador Mauricio Antônio Lopes, engenheiro agrônomo e pesquisador da (Embrapa), são cada vez mais atraentes, em especial para o turismo de experiências autênticas e conexão com as culturas locais, segundo texto publocado no Globo Rural em 24/03 2023.
O conceito de território difere dos conceitos de regiões e municípios pois não se baseam em divisões geográficas rígidas ou aspectos políticos e administrativos formais.

Em vez disso, territórios podem ser definidos como espaços geográficos dotados de determinados atributos e funcionalidades relacionados ao potencial econômico e ambiental, estrutura social, cultura, tradições, etc.
A noção de territórios alimentares, por exemplo, nos ajuda a compreender como as condições geográficas, climáticas, ecológicas, demográficas e culturais influenciam a diversidade, a produção e o consumo de alimentos.
No caso brasileiro, os hábitos alimentares são resultado de processos históricos que estão em mudança e evolução há séculos, resultado da interação entre a cultura indígena original e culturas introduzidas pelos imigrantes ao longo da história.

Essa dinâmica resulta na enorme diversidade culinária, que é uma riqueza cultural e parte fundamental de nossa identidade, além de ser uma oportunidade para a valorização da agricultura local e a geração de riquezas e inclusão.

A relação da sociedade com o alimento está em constante mudança, com consumidores interessados não apenas em energia e nutrientes, mas também na alimentação como experiência, com a busca de novos sabores, aromas, texturas e sensações.

O fato é que a riqueza culinária e as tradições culinárias são cada vez mais atraentes para o mundo dos negócios, em especial para o turismo de experiências autênticas e conexão com culturas locais. 
Por isso, ampliar o conhecimento sobre os territórios alimentares do Brasil pode ser uma oportunidade para fomentar economias locais, criar negócios e empregos, além de preservar tradições, costumes e paisagens rurais, tudo isso sem esquecer a participação efetiva das comunidades tradicionais, que mantém viva as tradições.

Um exemplo de sucesso é o Vale dos Vinhedos, baseado no legado histórico e culinário dos imigrantes italianos que chegaram à Serra Gaúcha no século XIX. Nesse território, a combinação entre agricultura, tradição e turismo estimula a economia regional, favorecida pela hospitalidade dos moradores, pelas belas paisagens rurais, pelas vinícolas, pela gastronomia típica e pela infraestrutura turística de qualidade.

Exemplo que bem ilustra o potencial do Brasil, com sua diversidade de territórios dotados de atrativos naturais encantadores, e verdadeiro “fervedouro cultural” que fascina o mundo com sua música, folclore e festividades populares. 
O país tem, portanto, todos os atributos para se tornar destino turístico de destaque, respondendo a consumidores ávidos por belezas naturais, aromas típicos, experiências sensoriais únicas e memoráveis, pela autenticidade dos produtores artesanais e das práticas e hábitos tradicionais.
Atenta a essa realidade, a Embrapa criou, em 2018, a Embrapa Alimentos e Territórios, unidade dedicada à pesquisa e inovação em produtos típicos, nichos de mercado e vocações gastronômicas territoriais. Localizada em Maceió (AL), essa unidade tem a missão de combinar inovação agropecuária com saúde, gastronomia e a indústria do turismo a fim de promover a inclusão social, produtiva e econômica a partir da riqueza natural e cultural do país.

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