Considerado “A fruta do século", o Maná Cubiu faz parte da alimentação dos Indios WAONRANI do Peru e Equador.
O Mana Cubiu (Solanum Sessiliflorum Dunal) é uma hortaliça da Amazônia, domesticada pelos índios, que pode produzir até 100 t/ha de frutos ricos em sais minerais e vitaminas.
Conhecido como topiro e tupiro no Perú, cocona na Colômbia, Peru e Venezuela, tomate de índio no Estado de Pernambuco, orinoco apple e peach tomato nos países de língua inglesa.
Fruta nativa da Amazônia Ocidental e domesticada a séculos pelos índios pré-colombianos
O fruto é rico em minerais, aminoácidos, ácido cítrico, tem baixo teor de gordura e alto teor de umidade.
O Mana Cubiu (Solanum sessiliflorum) é um fruto bastante nutritivo de sabor e aroma agradáveis.
Na Amazônia, o cubiu é usado pelas populações tradicionais como alimento, medicamento e cosmético. Imensurável é a riqueza contida na biodiversidade de nossa floresta Amazônica.
O Cubiu é uma fonte significativa de compostos bioativos, como clorofilas, flavonóides e carotenóides.
O cubiu é um arbusto ereto e ramificado de ciclo anual, com altura variando de 80 centímetros a 2 metros.
A planta pode produzir de 30 a 100 toneladas de frutos por hectare. Em testes de processamento, observou-se que 10 quilos de frutos podem ser transformados em aproximadamente 3 quilos de doce e 1,5 quilo de geléia ou 7,5 litros de suco puro.
Portanto, uma plantação com um rendimento de 70 toneladas por hectare poderá render 21 toneladas de doce e 10,5 toneladas de geléia ou 52.000 litros de suco por hectare.
O MANÁ CUBIU é chamado de “A fruta do século", por conter um alto teor de NIACINA (vitamina B3) e princípio ativo também contido na berinjela (contém 3 vezes mais que a berinjela) , o MANÁ CUBIU é um verdadeiro presente da nossa Amazônia. Com propriedades provenientes da sua riqueza em vitaminas, o Maná Cubiu certamente veio para estar presente na alimentação daqueles que cuidam da saúde.
Os índios peruanos WAONRANI utilizam seus galhos, folhas e raízes como poderoso cicatrizante e analgésico em ferimentos externos, queimaduras e contra picadas de aranha bem como seu suco é utilizado para dar brilho e revitalizar os cabelos.
Os Waorani acreditam que os animais em sua floresta têm espíritos. Esta é a base de uma mistura peculiar de práticas que reconhecem e respeitam os animais, mas não os protegem de danos para uso humano.
A caça fornece uma parte importante da dieta Wuaorani e é de importância cultural. Para contrabalançar a ofensa, os waranis localizam-se no centro norte, ritual de preparação do curare usado nos dardos.
Caçar com esses dardos não é considerado matar, mas sim recuperar, colher nas árvores. Tradicionalmente, eles limitaram suas espécies- alvo a macacos , pássaros e queixadas . Eles nunca caçam veados, nem cobras ou onças.nem outros predadores carnívoros como a águia . Supõe-se que os Wuoranis descendem da união de um jaguar e uma águia e que as cobras são um péssimo presságio e a matança delas é um poderoso tabu.
Além da NIACINA o MANÁ CUBIU é muito rico em fibras, fósforo, vitamina C e PECTINA, substância utilizada para dar ponto em doces e geléias.
CURIOSIDADE: o Maná Cubiu (Solanum Sessiliflorum ) é facilmente confundido com o seu “primo” andino Naranjilla ou Lulo (Solanum quitoense) que é da sua mesma família.
Seus frutos também são consumidos in natura ou em sucos como o nosso Maná.
Fonte da informação: Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas, Harri Lorenzi, página 625.
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