Dedicação e forte conhecimento dos sentidos é tarefa fundamental para um bom provador de Café.

A cafeicultura brasileira é considerada uma das mais modernas do mundo. No Brasil, maior produtor e exportador de café mundial e segundo maior consumidor da bebida, a atividade tem contribuído social e economicamente para o desenvolvimento do País, gerando emprego e renda.



Para que o produto tenha valor agregado no mercado, é imprescindível investir na melhoria da qualidade. Um conjunto de tecnologias de pós-colheita desenvolvido no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, de baixo custo e voltado para a agricultura familiar, constitui infraestrutura mínima para produção de café com qualidade.

Alem disso apostar em gente qualificada.
A profissão de classificador e degustador de café é o elo entre a produção e o mercado, ou seja, o profissional tem que ser versátil, saber de onde vem o produto e para onde vai. Essas são orientações do treinamento Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais (Café).
Olfato, visão, audição, tato e paladar apurados são sentidos necessários para um bom Classificador e Degustador de Café e isso o Jhéder Oliveirah, tem de sobra.
Todos complementados com curiosidade, dedicação, persistência, memória e muito estudo para se avaliar com precisão as amostras.

Quem visitou o Festival de Gastronomia e Cultura do Oeste da Bahia, entre os 1 A 4  de outubro, em Luís Eduardo Magalhães, além de apreciar pratos típicos da culinária regional, recheada de aromas e sabores de sua pluralidade cultural, também degustou da autêntica bebida do oeste: o café. O estande da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé) se consagrou, desde as primeiras horas do evento até o fechamento, como ponto de encontro de amigos e lideranças. Afinal, um bom cafezinho sempre vai, seja nas conversas informais ou na mesa de negócios.

Conheci o Jeder Oliveira na sua aula, e fiquei impressionado com seu conhecimento, uma tarefa que exige competência e disciplina.


Na etapa avaliação de defeitos, eles podem ser de natureza intrínseca (grãos imperfeitos), ou seja, grãos avariados pela imperfeita aplicação de processo agrícola, de secagem e beneficiamento; e extrínseca (impurezas), que são os elementos estranhos ao grão já beneficiado como cascas, paus, pedras, entre outros. Após classificados, os grãos verdes ou crus são torrados no laboratório. O parâmetro para a retirada dos grãos torrados do torrador é um barulhinho, como o estalar de milho de pipoca. Então, quando escutamos tal “sinal” sabemos que é a hora de retirar os grãos do torrador.

Enfim, chegamos à degustação. Com base nos sentidos do paladar e olfato, bons indícios da bebida são obtidos cheirando os grãos ainda crus. Só depois analisamos o grão torrado e, em seguida, sentimos o vapor d’água desprendido da infusão após a colocação da água quente. Pelo aroma do vapor já podemos separar vários tipos de bebida.

A responsabilidade é grande: um erro de avaliação pode causar grande prejuízo à marca. Por isso as amostras de grãos são testadas repetidamente por mais de um profissional para evitar resultados subjetivos.

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