22 DE ABRIL – DIA da MANDIOCA – A RAINHA DO BRASIL

"Se farinha fosse americana mandioca importada banquete de bacana era farinhada Farinheiro, farinheiro 
Quem começou a farinhada 
Foi o índio brasileiro, na maloca encantada." 
(cantor e compositor Juraildes Cruz)  





















A Embrapa Mandioca criou o Dia da Mandioca em 2007 e o 
dia coincide com o Descobrimento do Brasil propositalmente devido a sua relevância para o país, desde a sua colonização. Porém para oficializar o Dia Nacional da Mandioca, tramita na Câmara Federal um projeto de lei de autoria do Deputado Federal Fernando Melo, do Acre. 

“Basta um talo enterrado para ela se multiplicar. Resistente a pragas, dispensa agrotóxico. Alimenta gente e criação. Dela se extrai de álcool a plástico. Uma planta rainha, classificou-a Câmara Cascudo. Pão dos pobres, diz o povo.” (SEVERIANO, M. In Brasil – Almanaque de cultura popular, n° 97, 2007.) 

De Norte a Sul do Brasil a mandioca é cultivada e consumida. Citada por Gilberto Freyre como a Rainha da Mesa Brasileira a Manihot esculenta (sinônimo M. utilissima).
Descrita por Crantz, é uma espécie de planta tuberosa da família das Euphorbiaceae, tem uma variedade de nomes em todo o território: Mandioca, aipi, aipim, castelinha, uaipi, macaxeira, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre, mandioca-brava e mandioca-amarga são termos brasileiros para designar a espécie. 

O nome dado ao caule do pé de mandioca é maniva, o qual, cortado em pedaços, é usado no plantio. Trata-se de um arbusto que teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica (Guatemala, México). 
As denominações "aipim" e "macaxeira",entre outras, são usadas para os tipos com baixa toxicidade e que podem ser consumidos in natura.Tanto as mandiocas de uso industriais e tóxicas, quanto as de uso doméstico estão enquadradas nessa especiação. 
A mandioca é a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois de arroz e milho, é ainda um dos principais alimentos básicos no mundo em desenvolvimento, existindo na dieta básica de mais de meio bilhão de pessoas. Alguns tipos possuem elevada toxicidade, porém, podem ser consumidas após um preparo especial. Espalhada para diversas partes do mundo, tem hoje a Nigéria como seu maior produtor.
















A mandioca de mesa sempre foi um prato tradicional, mas, recentemente, os produtos da raiz têm se sofisticado, podendo ser encontradas várias opções nos mercados, para aumentar o consumo culinário: minimamente processadas, congeladas ou refrigeradas, pré-cozidas e congeladas, e mais recentemente, french fries e chipps. Alguns desses produtos, porém, são obtidos em fabricações caseiras, descontínuas, com pequeno aproveitamento. A farinha de mandioca é um produto muito generalizado e sua fabricação é muito ampla no país, constituindo a base da alimentação em vários estados. 
A fécula é o mais importante, com possibilidades de crescimento no mercado interno, bem como na exportação para o mercado norte-americano e europeu. A indústria de alimentos preparados (congelados, prontos e semiprontos) está se desenvolvendo no Brasil. 
Existem várias opções no mercado, que vêm ao encontro das necessidades dos consumidores modernos, que querem praticidade e rapidez no preparo de alimento. A mandioca minimamente processada, congelada, ou refrigerada; a mandioca pré-cozida e congelada, na forma de palitos ou toletes e; ainda, como chips, são ótimas opções de comercialização. Também a procura do polvilho azedo é grande, principalmente para usos em produtos de confeitaria, na forma de biscoitos, sequilhos, pão-de-queijo e bolos.

Segundo a FAO, a mandioca é plantada em mais de 80 países, sendo os maiores produtores a Nigéria, a Tailândia, o Brasil, a Indonésia e a República Democrática do Congo, respectivamente. 
Segundo a FAO, em 2008, foram produzidas aproximadamente 25,9 milhões de toneladas, no Brasil;8,9 milhões, em Angola; 5 milhões, em Moçambique; 50 mil, em Timor-Leste; 48 mil, em Guiné-Bissau e 6,3 mil toneladas, em São Tomé e Príncipe .

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