Mestre Pena Dourada (o pai do M. Curió de Pastinha)


No final do séc. XIX e início do séc. XX, paralelamente ao nascimento do Mestre Bimba, entre os anos de 1899 e 1900, nascia José Martins que futuramente viria a ser conhecido no mundo da capoeira como Pena Dourada para uns ou Martim Pemba para outros. 

Terceiro de uma linhagem de capoeiristas do recôncavo, José Martins era neto de Besouro de Santo Amaro(não é o Magangá), filho de Pedro Viríco(curió de Santo Amaro), e pai do Mestre Curió de Pastinha(último da linhagem até o séc. XX), Pena Dourada no nasceu no vilarejo Capa de Bode, ao lado da Passagem do Teixeira no distrito de Candeias no Recôncavo baiano. 

 Porém foi na capoeira que se destacou e ganhou fama, conviveu com os grandes mestres da capoeiragem baiana, conheceu o famoso Besouro Magangá e rodou todas as cidades do Recôncavo. 

Famoso e temido na arte de manejar o facão e a navalha, o Mestre enfrentou valentões e policiais pela Bahia e pelo nordeste a fora, nas rodas de samba era sempre destaque, tocava viola como ninguém, era figura sempre presente no meio da batucada.

 

Creditos;

Entrevista ao correrei da Bahia, 

04/08/2001;

Assim como todo capoeirista antigo, era um homem da noite, dos tragos, do gole e da boêmia, e em matéria de mulher o mestre também deu muito o que se falar, foi oficialmente casado com 6 e teve 56 filhos Bahia a fora. Entre essas mulheres está a famosa capoeirista Maria pequena malvadeza(mãe do Mestre Curió de Pastinha), o Mestre conheceu a mesma de passagem pela cidade de Patos na Paraíba e após engravida-la esperou que a mesma tivesse a criança(curió), e depois os trouxeram para a Bahia, onde a mesma viria a morrer anos depois ainda muito jovem.

No ano de 2001 o mestre já contava exatos 101 anos de idade, mas ainda assim não se tornou um sedentário, pois o mesmo ainda plantava e colhia cana verde em sua propriedade em Mapele no distrito de Simões Filho. Porém nessa vida tudo passa e ninguém dura para sempre, e com o Mestre não foi diferente, depois de muitas aventuras, muitas histórias e estórias, muito samba e muita capoeira o mestre deixou esse plano aos 106 de idade no ano de 2006. 


Créditos;

Entrevista concedida pelo mesmo ao jornal O CORREIO DA BAHIA

04 de agosto de 2001;

Jornal do CAPOEIRA

Responsável: Miltinho Astronauta

Desde 28/10/2004

Jornal do Capoeira www.capoeira.jex.com.br

Edição 71 - de 30/Abril a 06/Maio de 2006

Jornal do Capoeira (on line)

www.capoeira.jex.com.br 

02 de Maio de 2006;

José Castro

CORREIO DA BAHIA

04 de agosto de 2001;


Carmen Vasconcelos

CORREIO DA BAHIA

10 de outubro de 2000;


Texto

Antônio Luiz dos Santos Campos (boa alma)

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