Estudo transforma bagaço de cerveja em “ouro nutricional”
A partir de resíduos da fabricação de cerveja, pesquisadores conseguiram extrair proteínas que podem enriquecer dietas vegetarianas.
A pesquisa do programa de Ciência e Tecnologia de Alimentos da NTU criou um método que extrai mais de 80% da proteína disponível nas sobras de grãos da fabricação de cerveja. O resultado é um produto capaz de enriquecer dietas vegetarianas e até mesmo ser aplicado em fins cosméticos.
Confira algumas vantagens observadas pelos pesquisadores no uso desse bagaço:
- São seguras para consumo humano e de alta qualidade, o que as torna adequadas para uso direto em suplementos;
- Também podem aumentar o teor de proteína de alimentos vegetais;
- Pode ainda ajudar a reduzir as emissões de carbono ao evitar o descarte
- As proteínas são ricas em antioxidantes, o que poderia não só proteger a pele humana dos poluentes, mas também prolongar a vida útil de cosméticos, como loções corporais e hidratantes;
Além de de aumentar o potencial do valor nutricional de uma dieta à base de vegetais, os pesquisadores acreditam que o uso do bagaço de cerveja “ajudaria a mitigar uma possível deficiência de proteínas devido a um aumento previsto de 73% no consumo de carne até o ano 2050, após o rápido crescimento da população global”, como prevê a FAO.
Como a proteína foi extraída do bagaço de cerveja
Para extrair a proteína, os pesquisadores esterilizaram o Rhizopus oligosporus, um fungo alimentar de qualidade comumente usado para fermentar a soja para produzir tempeh -, um alimento à base de soja popular no Sudeste Asiático. O processo de três dias ajuda a quebrar a estrutura complexa do BSG, tornando seu conteúdo proteico mais facilmente extraível.
O BSG fermentado é então seco, moído até virar pó, peneirado e centrifugado para separar a proteína, que flutuaria até o topo do resto da mistura. Uma vez extraída, a proteína pode ser adicionada aos alimentos para aumentar seu teor proteico ou combinada com loções ou cremes para aumentar suas propriedades hidratantes e antioxidantes.
As descobertas foram publicadas na revista científica Innovative Food Science and Emerging Technologies.
Fonte: Ciclovivo
@elcocineroloko
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