Turismo, Porque não conseguimos avançar?

O turismo movimenta mundialmente mais de sete trilhões e meio de dólares por ano, o que representa 10% de toda a riqueza gerada no planeta. 
Ao todo, gera mais de 270 milhões de empregos, o que representa a ocupação de uma em cada onze pessoas no mundo. 
























No Brasil, o turismo movimenta quase meio trilhão de reais, ou 9,5% do nosso PIB, e quase 9% do total de empregos. Apesar de ter sido classificado, em uma lista com 140 países, como o primeiro país em oferta de recursos e atrativos naturais, o 7º em potencial econômico turístico e o 23º em recursos culturais, o Brasil ficou na 51ª posição quanto à competitividade, na 60ª quanto à infraestrutura turística, na 126ª em relação aos preços praticados e na 129ª em qualidade dos transportes terrestres. Embora o país tenho grande potencial de atração de turistas, os brasileiros gastam muito mais no exterior do que estrangeiros gastam dinheiro no Brasil. 
Em 2013, por exemplo, os turistas estrangeiros deixaram no país aproximadamente 6,7 bilhões de dólares, enquanto os brasileiros levaram mais de 25 bilhões para o exterior.


Segundo o pesquisador Mario Carlos Beni o "Turismo é uma importante indústria nacionalmente identificável. Compreende um amplo corte transversal de atividades componentes, incluindo a provisão de transporte, alojamento, recreação, alimentação e serviços afins" 
O turismo pode ser considerado uma atividade transformadora do espaço, uma que necessita da existência de uma organização dentro do setor que promove as viagens e beneficia os locais receptores, pelos meios que utiliza e pelos resultados que produz. 


A atividade aproveita os bens da natureza sem consumi-los, nem esgotá-los; emprega uma grande quantidade de mão-de-obra; exige investimento de enormes somas de dinheiro; gera rendas individuais e empresariais; proporciona o ingresso de divisas na balança de pagamentos; origina receitas para os cofres públicos; produz múltiplos efeitos na economia do país, valoriza imóveis e impulsiona a construção civil. 

Não podemos seguir permitindo que o "Turismo" visto de forma empresarial, apoie apenas grandes empresários e seus esquemas, é fundamental a estima da cultura local e regional, e falar sobre o tema seriamente é compreender a importância no trato com as cidades e seus fluxos, a qualidade de vida dos que ali vivem. A "indústria" do Turismo, se podemos considerar assim, não se constituí pelo conjunto de empresas que produzem "bens" turísticos, muito pelo contrario, estes "bens" são as marcas da cultura local, que ao longo dos anos e seculos foram sendo moldadas, este seu grande capital. 

Turismo Gastronômico
Em livreto, editado pelo Ministério do Turismo, no ano de 2010, TURISMO CULTURAL: Orientações Básicas 3ª Edição:
"O turismo gastronômico surge como um segmento turístico emergente capaz de posicionar destinos no mercado turístico, quando utilizado como elemento para a vivência da experiência da cultura local pelo turista por meio da culinária típica. A oferta turística de serviços de alimentação, item que faz parte da estada do turista, apresenta-se, portanto, como uma vantagem competitiva no desenvolvimento do turismo de uma localidade, podendo ser utilizada como um diferencial passível de proporcionar experiências únicas para o turista, e assim tornar-se também um diferencial para sua comercialização. 

O segmento deve ser entendido a partir da articulação da atividade turística com a oferta gastronômica, que deve estabelecer uma conexão com a identidade da cultura local ao compartilhar os valores e costumes de um povo. 
Pode ser definido como “uma vertente do Turismo Cultural no qual o deslocamento de visitantes se dá por motivos vinculados às práticas gastronômicas de uma determinada localidade”. 
As principais atividades que podem ser realizadas pelo turista que tem por motivação o segmento são: participação em eventos gastronômicos cujo foco de comercialização é a gastronomia típica de determinada localidade e a visitação a roteiros, rotas e circuitos gastronômicos. 

Além destes, a oferta de bares, restaurantes e similares de um destino são insumos para a viabilização do turismo gastronômico, podendo integrar e complementar a oferta turística do destino, além de se tornarem espaços de aproximação entre turista e comunidade local. 
Importante ressaltar que esse contexto no qual o turismo gastronômico se insere vai ao encontro das atuais mudanças que vem sendo observadas no padrão de consumo do produto turístico, resultantes de transformações configuradas pelas tendências econômicas mundiais oriundas da sociedade da informação. 


Tal fato está levando os turistas a almejarem cada vez mais a vivência de experiências únicas em suas viagens e a buscarem a autenticidade dos atributos históricos e culturais que uma localidade pode oferecer.
Confira o Programa #Eu Fiscalizo sobre Turismo

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