ENOTURISMO NO NORDESTE-Vinhovasf quer obter Indicação de Procedência para vinhos do Vale do Submédio São Francisco

Enoturismo é um segmento da atividade turística que se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura da localidades que produzem esta bebida. 











O enoturismo envolve o visitante na cultura e nos detalhes da bebida. (VALDUGA, 2011). 
É uma atividade que não se refere exclusivamente ao espaço rural, há inúmeros roteiros enoturisticos urbanos. 
Da mesma maneira, o enoturista não é, necessariamente, consumidor de vinhos, é interessado na produção e cultura que poderá se tornar consumidor. 
Além de conhecer a história, cultura e tradições do local, o enoturista pode ver o modo de elaboração das viniculturas, com todas as etapas, entendendo o que compõe aquele produto. 
O Vale do Rio São Francisco já é responsável por 15% da produção nacional de vinhos e atrai milhares de pessoas para conhecer suas vitivinícolas. 
A região do Vale do São Francisco vem se destacando no cenário nacional como o mais novo destino enoturístico. 
A atividade cresce no mundo como uma alternativa interessante para as regiões vitivinicultoras agregarem valor aos seus produtos e diversificarem a fonte geradora de renda ao mesmo tempo em que envolvem outros setores da região, distribuindo os frutos do seu negócio. 
Por meio da realização de entrevistas e de uma extensa pesquisa de dados secundários, este trabalho objetivou descrever como esse processo vem se desenvolvendo em pleno semiárido nordestino. 
Verificou-se como principais evidências do franco crescimento do enoturismo no Vale do São Francisco o envolvimento crescente das vinícolas da região com a atividade, o forte investimento do poder público em prol do segmento e a recente diversificação dos produtos turísticos oferecidos. 
Os bons resultados que o enoturismo vem apresentando na região podem ser atribuídos ao esforço e integração dos agentes envolvidos e ao contraste de paisagens promovido pela inserção da atividade de fruticultura irrigada, e deve ser interpretada como ferramenta de transformação social e econômica. 

Vapor do Vinho no Vale do São Francisco 

Inaugurado em Abril de 2011 o roteiro enoturístico denominado “Vapor do Vinho” que recebeu este nome em alusão aos antigos vapores que contribuíram para o desenvolvimento do Nordeste Brasileiro e em especial o Vale do São Francisco. 
O Vapor do Vinho é uma parceria entre as empresas: Fazenda Fortaleza (Fruticultura de Uva e Manga), Vinícola Terranova (Miolo Wine Group) e o Vapor do Vinho (Barca Rio dos Currais). 
Além do apoio promocional dos órgãos responsáveis pelo turismo nos estados da Bahia e Pernambuco sendo estes Bahiatursa e Empetur. 
Vinhovasf quer obter Indicação de Procedência para vinhos do Vale do Submédio São Francisco Petrolina 
Já está bem encaminhado o projeto que vai instituir a Indicação de Procedência para os Vinhos do Vale do Submédio São Francisco. 
A iniciativa vai possibilitar uma maior divulgação e notoriedade dos vinhos da região, melhor reconhecimento pelos consumidores nacionais e estrangeiros, garantia de qualidade, incremento do Enoturismo e a sustentabilidade dos produtores e vinícolas. 

Tendo à frente o Vinhovasf – Instituto do Vinho do Vale do São Francisco, em parceria com a Embrapa, UCS – Universidade de Caxias do Sul, UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o IF Sertão – PE, o projeto será implementado na RIDE – Região Integrada de Desenvolvimento, que abrange uma área de 35 mil quilômetros quadrados distribuída em quatro municípios pernambucanos (Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó) e quatro baianos (Juazeiro, Sobradinho, Curaçá e Casa Nova). 
Nesta região, estão implantados 400 hectares de uvas viníferas ( para vinhos) e funcionam seis vinícolas que juntas produzem quatro milhões de litros de vinhos finos e espumantes por ano. 
De acordo com o pesquisador em Enologia da Embrapa, Giuliano Pereira o Vale possui hoje cerca de 50 rótulos de vinhos e espumantes que já são reconhecidos nacional e internacionalmente através da conquista de vários prêmios em concursos pelo mundo inteiro. 
“São 20 variedades de uvas finas que permitem a elaboração de vinhos jovens, leves e frutados com aromas e coloração intensas, que após a conquista desta Indicação vai obter novos investimentos e o surgimento de novas vinícolas”, prenunciou. 
Segundo o presidente do Vinhovasf, José Gualberto Almeida a delimitação da área geográfica do projeto permitiu a descrição dos climas e solos, do sistema de produção das uvas e a caracterização físico-química e sensorial dos vinhos. O polo vitivinícola do Vale do São Francisco responde hoje por 15% do mercado nacional. 

“O passo seguinte é a elaboração do “Dossiê” que será entregue ao INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial (órgão que estabelece as condições de registro) até junho de 2017. 
A perspectiva é que o Vale tenha a certificação já em dezembro deste mesmo ano”, concluiu o presidente do Vinhovasf.

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